Trilogia Europeus
1° ERLEBNISSE
2° SFOGARSI
3° INEFABLE
Nascida e criada no interior de Minas Gerais Lina tornou-se uma jovem determinada e corajosa.
Com a volta inesperada de sua tia para o Brasil ela encontra-se extremamente atraída pelo marido d...
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Observo a garota vestir sua roupa com majestade, por nenhum segundo o sorriso estampado em seu rosto se esvaiu e consequentemente o meu também não.
- Agora nós vamos tomar sorvete - diz abotoando os últimos botões de seu macacão.
- Eu tenho muito trabalho, isso é impossível - respondo de imediato.
- Nós vamos sim - insiste ela determinada.
- Você as vezes é tão inconsequente - declaro risonho - Não acha que já demos pauta suficiente para os meus funcionários falarem de mim pelas costas por várias semanas?
- Não. Precisamos dar mais assunto a eles, isso ajuda na produtividade.
- E como você sabe disso? - questiono entre risos.
- Você faz muitas perguntas. Vamos? - reviro os olhos e respiro fundo em frustração.
- Tenho outra opção?
- Sabe que não - me responde com atrevimento.
Me levanto de minha cadeira e termino de ajustar a roupa em meu corpo. Tento desamassar um pouco da blusa social, sem sucesso, então apenas dobro minhas mangas e ajusto o cinto.
Vou em direção a porta e a abro, dou espaço para que a jovem passe e vou logo em seguida.
Cumprimento Valéria com um aceno de cabeça e um olhar firme dizendo para ela apenas em gestos evitar qualquer tipo de murmurinho entre os funcionários durante minha ausência.
Enquanto caminhamos percebo os olhares acompanhando os passos de Lina e os meus, lanço uma feição nada agradavel para todos que os fazem tirar imediatamente a atenção de nós dois, ou pelo menos fingirem.
Ela anda a minha frente, observo enquanto confere os dois lados da rua para que possamos atravessar. Quando satisfeita ao confirmar que nenhum carro se aproxima ela olha para trás, sorrio e a mineira estende seu braço dando-me a mão.
Juntos enfim atravessamos a rua, a sorveteria fica logo a frente da empresa, portanto depois de atravessarmos logo adentramos o ambiente e nos sentamos em uma mesa um pouco afastada da porta.
Uma moça se aproxima, a qual deduzo ser a garçonete do lugar. Fazemos nossos pedidos e ela se afasta.
- Já te falei o quão sexy você fica com esse uniforme?
- Todas as vezes que me viu com ele - relato divertidamente.
- Posso dizer mais uma vez?
- Pode - concordo.
- Você fica tão lindo com esse uniforme - exclama esticando o braço e passando a mão pelo tecido da minha camisa social.
- Acho que você nunca vai deixar eu trocar o uniforme da minha própria empresa.
