▪︎ fünfzig

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Com o auxílio de uma enfermeira me ajeito na maca

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Com o auxílio de uma enfermeira me ajeito na maca. Minha respiração está ofegante e tento mentalizar coisas positivas a fim de mascarar tamanha dor.

- Pai por favor me acompanhe, vamos colocar o traje necessário para que possa acompanhar o parto - ouço a enfermeira chamar Herbert, o homem parece engolir seco fixando um olhar amedrontado em mim.

- Eu tenho fobia de sangue - solta as palavras com um constrangimento aparente.

- E você me fala isso e agora? - esbravejo.

- Se acalme, sua mãe provavelmente já deve estar aqui. Vou chama-la - diz o homem virando as costas indo em direção a saída da sala.

Eu e a enfermeira nos entreolhamos por alguns minutos, até que percebemos a aproximação do europeu. Quando dirijo meu olhar a ele me surpreendo vendo que no lugar de minha mãe ele trouxe Camila.

- Sua mãe ainda não chegou, mas Camila se prontificou a te acompanhar - exclama Herbert se aproximando ainda mais ou juntamente com a filha.

- Se importa se eu for com você? - questiona a morena.

- Vou adorar te ter ao meu lado..- antes que eu consiga terminar a frase uma pontada de dor aguda me faz soltar mais um grito.

- Por favor me acompanhe - diz a enfermeira e a menina faz o que foi pedido.

Em poucos segundos Camila aparece no meu campo de visão trajando a roupa necessária para que possa estar ao meu lado. A maca começa a ser movida pela enfermeira presente, logo que saímos da sala avisto Amanda, mas no momento não consigo sequer lhe cumprimentar devidamente, apenas dirijo meu olhar a ela que sorri deixando explícita compreensão.

Herbert e Camila me acompanham, logo ultrapassamos uma porta e sem que eu percebesse o alemão é impedido de entrar e só Camila segue ao meu lado.

Não consigo observar o caminho percorrido, apenas vejo quando entramos em um cômodo totalmente esterilizado e então a maca em que estou é posicionada no centro do lugar e tem suas rodas travadas.

O obstetra e toda equipe já estão presentes no espaço devidamente protegidos com máscaras e luvas assim como Camila.

- Está tudo bem Maria Lina, preciso que tente manter a calma. Ja iremos começar - ouço a voz grave do senhor que aparenta ser um médico bastante experiente.

Olho para Camila e ela sussurra um "Vai ficar tudo bem". Minhas pernas são abertas cuidadosamente com a ajuda de uma enfermeira, o mais velho se posiciona no meio delas e dirige o olhar a mim.

- Vamos lá, preciso que faça força agora - respiro fundo antes de fazer o que foi pedido.

Contraio todo meu corpo enrijecendo todos meus músculos, um grito agudo escapa de mim. Camila segura minha mão e lágrimas começam a cair pelo meu rosto.

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