Meu corpo está sob o do homem, uma perna de cada lado, ainda vestida esfrego minha intimidade na ereção do europeu.
- Abra essa porta! - ouvimos o tom de voz alterado. Meu coração bate freneticamente e sinto um frio se espalhar por toda minha espinha. Tombo meu corpo para o lado e um suor frio começa a se formar em mim.
É minha mãe.
- Eu sei que está aí Maria Lina, abra essa porta antes que eu a quebre - eu e Herbert nos entreolhamos, assustados.
- Não abre - peço e lágrimas começam a cair pelo meu rosto - Não abre essa porta.
- Não vou abrir - afirma - Quando ela se acalmar nós saímos. Está bem?
Assinto com a cabeça e a porta começa a vibrar com os batidas fortes que minha mãe dá contra a madeira.
- Abre ou eu quebro toda essa casa - esbraveja.
- Eu conheço minha mãe e ela vai fazer o que está dizendo - exclamo amedrontada.
- Não tem problema, se acalme - em seguida começamos a ouvir barulho de objetos se chocando contra o chão, tampo minha boca extasiada tentando fazer com que o som de meu choro se torne inaudível.
Não era pra ser assim.
- Vamos abrir, ela vai cumprir sua palavra - me coloco de pé e o alemão também. Trocamos um olhar de cumplicidade e sinto a mão sutil dele secar a região abaixo dos meus olhos.
- Eu vou abrir - diz em meio ao som de objetos sendo quebrados do lado de fora do quarto - Tente se acalmar, eu estou aqui.
E então o observo se afastar, indo em direção a porta, ele vira a chave e a abre calmamente. A visão de minha mãe completamente descabelada e transtornada aparece, antes de dizer qualquer coisa num impulso ela faz menção a me agredir, mas antes que isso se concretize Herbert a segura com força a impedindo.
Dou passos para trás apoiando meu corpo na parede, estática, com o rosto avermelhado e molhado pelas lágrimas. Os soluços escapam enquanto vejo minha mãe se debatendo para vir até mim.
Instantaneamente sua força parece se esvair, lágrimas começam a molhar seu rosto e seu corpo padece nos braços de alemão.
- Me deixe falar com minha filha - pede firmemente.
O europeu olha para mim e eu assinto com a cabeça.
- Onde eu errei? - diz quando é solta pelo homem, da alguns passos em minha direção ficando em uma distância considerável - O que eu fiz pra merecer essa vergonha Maria Lina?
Não consigo a responder, apenas abaixo meu olhar para o chão, minha visão está embaçada por causa das lágrimas.
- Me responde! - exige - Olhe para mim, olhe para sua mãe. Eu mereço ao menos uma resposta!
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ERLEBNISSE
ChickLitTrilogia Europeus 1° ERLEBNISSE 2° SFOGARSI 3° INEFABLE Nascida e criada no interior de Minas Gerais Lina tornou-se uma jovem determinada e corajosa. Com a volta inesperada de sua tia para o Brasil ela encontra-se extremamente atraída pelo marido d...