▪ neununddreißig

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Meu corpo está sob o do homem, uma perna de cada lado, ainda vestida esfrego minha intimidade na ereção do europeu

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Meu corpo está sob o do homem, uma perna de cada lado, ainda vestida esfrego minha intimidade na ereção do europeu.

- Abra essa porta! - ouvimos o tom de voz alterado. Meu coração bate freneticamente e sinto um frio se espalhar por toda minha espinha. Tombo meu corpo para o lado e um suor frio começa a se formar em mim.

É minha mãe.

- Eu sei que está aí Maria Lina, abra essa porta antes que eu a quebre - eu e Herbert nos entreolhamos, assustados.

- Não abre - peço e lágrimas começam a cair pelo meu rosto - Não abre essa porta.

- Não vou abrir - afirma - Quando ela se acalmar nós saímos. Está bem?

Assinto com a cabeça e a porta começa a vibrar com os batidas fortes que minha mãe dá contra a madeira.

- Abre ou eu quebro toda essa casa - esbraveja.

- Eu conheço minha mãe e ela vai fazer o que está dizendo - exclamo amedrontada.

- Não tem problema, se acalme - em seguida começamos a ouvir barulho de objetos se chocando contra o chão, tampo minha boca extasiada tentando fazer com que o som de meu choro se torne inaudível.

Não era pra ser assim.

- Vamos abrir, ela vai cumprir sua palavra - me coloco de pé e o alemão também. Trocamos um olhar de cumplicidade e sinto a mão sutil dele secar a região abaixo dos meus olhos.

- Eu vou abrir - diz em meio ao som de objetos sendo quebrados do lado de fora do quarto - Tente se acalmar, eu estou aqui.

E então o observo se afastar, indo em direção a porta, ele vira a chave e a abre calmamente. A visão de minha mãe completamente descabelada e transtornada aparece, antes de dizer qualquer coisa num impulso ela faz menção a me agredir, mas antes que isso se concretize Herbert a segura com força a impedindo.

Dou passos para trás apoiando meu corpo na parede, estática, com o rosto avermelhado e molhado pelas lágrimas. Os soluços escapam enquanto vejo minha mãe se debatendo para vir até mim.

Instantaneamente sua força parece se esvair, lágrimas começam a molhar seu rosto e seu corpo padece nos braços de alemão.

- Me deixe falar com minha filha - pede firmemente.

O europeu olha para mim e eu assinto com a cabeça.

- Onde eu errei? - diz quando é solta pelo homem, da alguns passos em minha direção ficando em uma distância considerável - O que eu fiz pra merecer essa vergonha Maria Lina?

Não consigo a responder, apenas abaixo meu olhar para o chão, minha visão está embaçada por causa das lágrimas.

- Me responde! - exige - Olhe para mim, olhe para sua mãe. Eu mereço ao menos uma resposta!

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