Capítulo doze - Peter

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    Fazemos uma pequena caminhada depois do jantar. Reservei um quarto num hotel perto daqui, mas não quero parecer desesperado e deixar Esmeralda desconfiada. Ela tem se divertindo muito esses dias, pelo menos nunca pode dizer que não esteve em restaurantes caros, no nosso clube de milionários ou em grandes hotéis.
   Também tive a sorte dela não cruzar com a minha mãe ou os meus irmãos. Felizmente só terei que cruzar com ela no trabalho, não terei que me preocupar com ela depois de algum tempo. Eu sei que quando faço isso elas ficam com raiva e ligam para mim o tempo todo, mandam mensagens, vão atrás de mim tentando entender meus motivos ou mesmo me pedindo para voltar. Mas não é nada com que já não esteja acostumado.
    Tenho que fazer isso antes que seja tarde demais. Esmeralda me faz sentir coisas estranhas, como se estivesse trazendo de volta coisas que eu não quero sentir. E isso só está acontecendo porque tive que fingir um relacionamento com ela. Então, a solução é acabar com isso de uma vez por todas e seguir com a minha vida do jeito que tenho feito nesses últimos quatro anos. Ninguém pode estragar isso, muito menos ela.
    Caminhamos de mãos dadas na calçada, parecendo um casal de verdade. Se ela soubesse que é tudo mentira! E ela vai saber. Amanhã ela vai saber de tudo e vai aprender a não ser tão ingênua. Só espero que hoje se entregue para mim. Algo me diz que ela irá. Eu tenho tudo planejado.
   — O céu está tão lindo! — Ela sorri.
   — A noite está perfeita. — Beijo a sua bochecha. — Você está perfeita, tudo parece perfeito.
    — Parece sim. Muito obrigada por tudo. Você é um homem incrível e eu adoro ser a sua namorada. — Esmeralda olha para mim e pára seus passos, me fazendo parar também.
   — É muito bom ouvir isso, meu amor. Eu sinto o mesmo. — Acaricio seu rosto com ambas as mãos.
   — Eu sou muito apaixonada por você, Peter. — Ela desvia o olhar. — E faz tempo.
   Eu não sei o que dizer para ela, então faço o que sei fazer muito bem quando não tenho nada a dizer para uma mulher. Eu beijo ela. Beijo de um jeito romântico e quente, para que ela possa se entregar para mim de uma vez por todas. Eu estou ansioso para poder tocar no seu corpo e fazê-la minha por essa noite, depois ir para a minha vida.
    Esmeralda põe as mãos no meu cabelo e me beija também, mas dessa vez é diferente. Dessa vez, eu sei que ela está disposta a se entregar. A margem de erro é de 10%.
    Mordo seu lábio e depois me aproximo da sua orelha, quando me afasto. Quero deixar ela louca e fazer de tudo para que não possa resistir a mim.
    — Eu tenho uma surpresa para você!
    — Sério? — Ela olha para mim, sorrindo.
    — Sim. Vamos! Estamos quase chegando. — Seguro a sua mão e caminhamos até o hotel Blue Mountain. Esmeralda olha estupefacta para o hotel que é absurdamente grande, talvez três vezes maior que o York Hotel.
    — Essa é a minha surpresa? — Pergunta.
    — Não!
    Entramos no hotel. Já tenho as chaves então, vamos direito para o elevador. Esmeralda continua sorrindo, não faz ideia de que estou prestes a partir o seu coração. Mas é melhor assim, tem que aproveitar sorrir, tocar em mim e me beijar enquanto ainda pode.
   Ela me abraça, aproveitando que estamos sozinhos no elevador. Eu acho que ela está muito apaixonada e não sei se isso é bom ou ruim. Talvez signifique que ela irá atrás de mim o tempo todo quando isso terminar ou irá se tornar numa obcecada. Espero mesmo que não. Mas eu estou fazendo um favor. Eu não a amo.
    — Você parece muito feliz! — Digo.
    — Porque você me faz feliz, Peter. Eu acho que sou a mulher mais feliz do mundo. — Seus olhos verdes estão brilhando. Mais uma vez, dou um beijo nela.
     As portas do elevador se abrem e saímos, vamos para o nosso quarto. Eu uso a chave, e a porta se abre. Deixo Esmeralda entrar primeiro para que veja o quarto. Paguei uma camareira para colocar pétalas de rosas vermelhas no chão, na cama, um champanhe rosa por cima da mesa, chocolates, tudo muito romântico. Com certeza absoluta que Esmeralda vai transar comigo hoje. Não tenho um plano B.
    — Peter! — Ela põe a mão na boca. — Você fez tudo isso? Eu não acredito!
    — Sim. Eu quero que seja especial para você. — Seguro a sua mão. — Eu quero que seja inesquecível. Quero te mostrar o quanto eu quero você!
    Ela sorri de orelha a orelha e me beija, depois me abraça. Eu quero pular para a parte em que a gente tira a roupa, mas não. Eu tenho que fazer tudo certo, ter paciência. Não quero que seja como da última vez.
    Ela olha para o champanhe e as taças e se aproxima da mesa. — O que estamos comemorando?
    — Estamos comemorando por estarmos juntos, por essa noite, por qualquer coisa que você quiser, meu amor. — Me aproximo e afasto seu cabelo do seu rosto.
    — Podemos comemorar porque amanhã o nosso namoro será oficial e iremos contar para todos. — Diz. Coitada!
    — Claro que sim, meu amor! Você é que manda. — Abro o champanhe e sirvo nas taças. Entrego uma para ela e sorrio. — Ao nosso namoro oficial!
    — Ao nosso namoro oficial! — Brindamos.
    Bebo tudo de uma vez sem tirar os olhos dela e pouso a taça na mesa. Esmeralda mal tocou na sua bebida. Então, tento provocá-la, tocando o seu pescoço e descendo até seus braços. Estou tentando ser delicado.
   — Você está tão linda essa noite! E é tão bom saber que é só para mim. — Recebo a sua taça e bebo tudo também, depois beijo seus lábios para saciar a minha fome.
   — Peter... — Ela se afasta. Se ela disser que não quer, eu juro que vou embora daqui e esfrego tudo na cara dela.
    — O que foi, meu amor? Eu fiz algo errado?
    — Não! Não! É só que eu quero dizer uma coisa muito importante para você. — Seus olhos estão brilhando de novo. Eu acho que ela está realmente apaixonada por mim.
   — Depois... — Eu estou sentindo algo. Eu não quero sentir. Ela não vai conseguir entrar. Eu não vou deixar. Tudo que tenho que fazer aqui e agora é acaba com isso de uma vez. Eu sou forte e vou provar que tudo que eu preciso é apenas uma noite de prazer com Esmeralda. Mas nada! — Depois você diz. Eu não vou a lugar nenhum. Confia em mim?
    — Eu confio! — Ela fecha os olhos.
    Toco o seu rosto lentamente, descendo até seus lábios, seu queixo e chego até ao pescoço, onde eu distribuo beijos por lá. Ela tem um cheiro agradável, uma pele macia e suave, como de uma pérola polida.
   — Você é muito bonita! — Sussurro no seu ouvido.
    Em seguida, abro o ziper do seu vestido, deixo ele cair aos seus pés. Para a minha surpresa, ela está usando uma lingerie muito sexy branca de renda. Acho que ela sabia o que a gente faria essa noite, porque veio preparada.
    Seguro as suas mãos e beijo, fazendo ela olhar para mim. — Porquê você não me ajuda a tirar a minha roupa?
   Ela assente e tira a minha camisa lentamente, mas pára quando chega na minha calça e olha para mim. Não posso negar que esse ar tão inocente é um pouco excitante. Ela está me deixando louco.
    Beijo seus lábios ao mesmo tempo que tento tirar a minha calça e os meus sapatos, depois nos jogamos na cama. Finalmente, Esmeralda reage, me beijando como se estivesse faminta, puxando meu cabelo. Eu sabia que não passava dessa noite. Sempre consigo o que eu quero.
    E eu sou bastante delicado com ela. Toco seu corpo cuidadosamente, dou beijos carinhosos, tiro a sua roupa interior com delicadeza e fazemos sexo lentamente, mas não deixa de ser muito bom. Ela finalmente me dá o que eu queria.

Esmeralda - Pedras preciosasOnde histórias criam vida. Descubra agora