Esmeralda - Pedras preciosas

Capítulo vinte e cinco - Esmeralda

     Não consigo parar de pensar no Peter. O meu final de semana foi bastante intenso por causa dele. Ele parece estar sendo sincero comigo, eu notei uma coisa diferente, mas pode ser apenas o meu lado ingênuo falando. Ele pode estar tentando me enganar de novo, mas como eu vou saber? Se eu tivesse a possibilidade de ler a sua mente, seria mais fácil.
    Mas não vou deixar os meus pensamentos atrapalharem o meu trabalho. Não importa quantas vezes Peter passe na minha frente, eu vou fingir que nada aconteceu. Na verdade, aqui ele é apenas o senhor Tales.
    Rebecca olha para mim depois de eu contar sobre a festa na mansão Tales, na hora da nossa pausa. Mas é claro que ela não sabe sobre o meu envolvimento com Senhor Tales e nem conto sobre os nossos momentos. Apenas falo do momento em que ele me defendeu na frente de todos.
    — Isso é sério? — Ela sorri. — Acho que alguém está querendo alguma coisa com certa empregadinha!
   — Eu mais Peter é igual a nunca.
   — Sério? Eu ia jurar que semanas atrás você estava morrendo por ele. — Estreita os olhos para mim. — Você descobriu alguma coisa.
    — Sim. Descobri que ele não é tão incrível como eu pensava. As aparências enganam.
    — Está bem. Então, vai mudar o seu foco? Eu tenho uma ótima sugestão para você. — Ela me empurra.
   — E quem seria?
   — Nicholas Tales. Ele é um pouco frio e arrogante, malvado algumas vezes, mas quem não gosta de homens maus?
    — Eu! Não acho que nenhum Tales seja compatível comigo. Na verdade, eu devia esquecer essa família.
    — Nossa! O que deu em você? — Ela termina sua bebida.
    — Eu apenas estou deixando de ser tão idiota! — Abro a minha carteira.
    Rebecca chama o garçom e pede a conta. O homem olha para mim. — A conta já foi paga.
   — Como assim? — Pergunto.
   — Um homem pagou. Disse para avisar para senhorita Esmeralda Jonhanson. — Ele diz. — Com licença! — Ele se retira.
   Rebecca sorri. — Quem poderia ser?
   — Eu não sei.
    Pode ser muita gente. Pode ter sido o Peter, Luke ou o meu admirador. Não faço ideia de quem poderia ser. Só espero que não seja Peter e ache que desse jeito ele vai conseguir me ter de volta. Mas se for o meu admirador, talvez esteja ganhando alguns pontos por isso.
    Nós saímos e deixamos o restaurante. Infelizmente, Luke está na frente do restaurante sorrindo. Ele tira os óculos e olha para mim. Rebecca também olha para ele e pelos vistos, gostou do que viu. Há gostos para tudo.
    — Esmeralda! — Ele se aproxima da gente.
    — Luke, o que está fazendo aqui?
    — Não vai me apresentar a sua amiga? — Ele olha para Rebecca. Quem sabe assim me deixe em paz.
    — Sim. Essa... Essa é a Rebecca. Rebecca, Luke. — Digo.
    — Prazer! — Ele beija a mão de Rebecca.
    — O que você está fazendo aqui? — Pergunto mais uma vez.
    Ele se aproxima mais de mim. — Eu preciso conversar com você.
    — Eu deixo vocês sozinhos. A gente se vê depois! — Rebecca me deixa sem me dar tempo para protestar.
    Ele fica na minha frente. E ele é tão grande, eu não poderia me sentir bem. Eu estou com medo. Sei que poderia facilmente me machucar. Devia ligar para Peter, mas não acho que Luke vai deixar eu fazer isso.
   — Peter me ligou ontem. — Olha para mim. — Você tem medo de mim?
   — Você está em todos os lugares que eu estou.
    — Isso é porque eu estou gostando de você. Eu gosto de ver você.
    — Eu não estou interessada, por favor, não faça isso! — Me afasto dele.
    — Não tenha medo de mim, por favor! Eu não faria nada para te machucar. Eu não sou o Peter. — Ele segura a minha mão. — Eu sei que parece estranho, mas eu sigo você, eu não paro de pensar em você. Eu quero ficar com você. Eu nunca ia te machucar como o Peter fez.
    — Como eu poderia saber que isso é verdade? Vocês só sabem enganar as mulheres. Fazem de tudo só por uma noite de prazer! — Solto a minha mão.
    — Eu não sou assim. Mas tudo bem. Eu sinto muito se deixei você assustada. A gente começou mal. — Dá um passo para trás. — Mas podemos ser amigos?
    — Porquê me afastou de Madeleine?
    — Eu já disse, ela é louca. Com certeza, Peter fez alguma coisa.
    — Mas eu não tenho mais nada com Peter. Isso não faz sentido!
    — Mas teve! Eu sei que estou agindo muito rápido, mas acredite em mim, eu tenho boas intenções. Mas tudo bem. Eu posso dar um tempo para você. E ligue para mim sempre que precisar de alguma coisa.
    — Está bem.
    — Desculpa qualquer coisa! — Ele beija a minha testa, depois sobe no seu carro. Pelo menos, foi rápido. Eu não sei se devo acreditar nele. Agora fiquei um pouco confusa porque talvez Peter só tenha medo que Luke possa me contar tudo sobre sua vida. Ou está me afastando de outros homens? Mas isso não é motivo para ele andar atrás de mim o tempo todo.
    Espero que ele vá embora e vou também. Não quero chegar atrasada. Eu estou tentando subir de cargo e não tentar ser demitida.