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P.O.V Finn Wolfhard

Deixo o celular de lado e me aproximo de Jack, que pega sua garrafinha e bebe um pouco de água.

- Ouvindo o que? - Tiro um dos seus fones e digo em seu ouvido.

O mesmo leva um micro susto e me olha.

- O que? - Parecia confuso.

- E a terceira regra? - Pergunta.

- Que se foda a terceira regra. - Não ligava mesmo em por fim naquela coisa de manter distância. - Por que faltou ontem?

- Como se você se importasse... - Diz mais baixo.

- Se eu estou perguntando é porque me importo. - Bufo. - Por que faltou?

- Não estava me sentindo muito bem.

Olho em seus olhos por uns segundos. Percebo que tinha sardas. Eu até pensaria sobre alguma coisa para falar com as caras depois, mas eu estava ocupado o apreciando.

- Vai, pode falar... - Desvia o olhar pausando a música.

- Falar o que? - Pergunto confuso.

- Sei lá, alguma das suas piadas. - Me apoio no piano.

- Não pensei em nenhuma, juro. - Suspiro olhando para a parede.

Eu devia ter pensado em alguma.

- Fez a tarefa de química? - Pergunto.

- Não. - Responde seco.

Voltando meus olhos à ele, o mesmo termina de escrever em seu papel.

- Certeza? - Pergunto.

- Hm. - Não diz "sim" nem "não".

Olho seus cabelos arrumados até demais, suas calças jeans clara, seus lábios rosados. Molho meus lábios e lembro pra quem eu estava olhando. Que nojo!

- Me dá a sua tarefa logo, Grazer. - Reviro os olhos.

- Não pode me obrigar a fazer isso. - Mal olha nos meus olhos.

- Tudo bem, eu mesmo pego o caderno da sua bolsa. - Dou de ombros e ando para perto da harpa.

- Para!

Tenta me alcançar mas eu logo pego o caderno e levanto a cima de minha cabeça, o mesmo me olha irritado.

- Qual é o seu problema, Wolfhard?! - Grita irritado tentando pegar. - Me devolve!

Acabo rindo baixo do seu rosto irritado que chegava a estar vermelho. Seu dedo consegue segurar a espiral e ele tenta puxar, mas eu só ergo mais, o fazendo aproximar até demais seu corpo do meu.

Seus olhos bravos se encontram com os meus e permanecem assim por uns segundos. Eu ainda sorria, e por incrível que pareça, esse sorriso permanece quando sinto seu perfume, que não é tão ruim igual os outros falam.

Meus braços começam a perder a força e meu corpo todo parece estremecer por um segundo. Ele aproveita e puxa o caderno.

- Babaca... - Murmura se distanciando.

Eu fico ali por um tempo tentando entender o que tinha acontecido exatamente. Nada me vem em mente, só sei que quando olhei para o moreno de novo, que estava fechando sua bolsa e a trazendo para perto do piano. Aquela sensação volta.

- Para de ficar me encarando, eu não vou te passar a tarefa. - Bufa irritado e se senta no banco, pegando seu celular e colocando seus fones novamente.

𝕕𝕖𝕥𝕖𝕟𝕥𝕚𝕠𝕟 𑁍 Fack Onde histórias criam vida. Descubra agora