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P.O.V Finn Wolfhard

- Acho que devo agradecer você, Sr.Wolfhard, por ter impedido que o pior acontecesse... - O diretor suspira tirando seus óculos e coçando seus olhos. - E por ter ajudado a descobrir quem anda fumando pela escola.

- Sem problemas, eu acho... - Meu nariz ainda doía.

{FlashBack On}

Jaeden não demora muito pra levantar e me socar bem no meio da minha cara. Todos em volta gritavam "bate nele!" ou "briga, briga!".

O zelador e um professor logo o seguram pra longe de mim.

Sinto cheiro de sangue.

- Você tá bem?? - Jack vem até mim. Eu o olho.

Concordo com a cabeça e limpo meu nariz com cuidado, porém sorrindo para não o preocupar tanto. Via alguém me encarando da minha esquerda.

Noah me olhava e depois olhava para o Grazer com as sobrancelhas arqueadas. Seus olhos param finalmente nos meus.

- Todos pra suas aulas! E você... eu vou ligar para seus pais. - O diretor briga mais que irritado com o Liebeher.

Noah deve ter entendido, pois fica sério, abaixa a cabeça e depois sai. Eu cuido disso depois... Engulo seco e Jack me dá um lenço.

{FlashBack Off}

- Eu preciso ir falar com os Sr. e Sra. Lieberher. Tem certeza que não quer ir para a enfermaria? - Insiste.

- Tenho. - Sorrio fraco.

- Ok. - Levanta. - Nos falamos depois, ok? - Concordo com a cabeça.

Eu fico quieto na sala por um tempo. Não conseguia parar de pensar se Noah já havia falado pra todo mundo.

Tento tirar aquilo da minha cabeça. Olho para Jack e Asher que estavam do meu lado.

- Vocês estão bem? - Pergunto.

- Sim, e obrigado, Finn. De verdade. - Asher sorri pra mim.

Jack olhava pra trás, mais precisamente para a porta entre aberta, podendo ver o diretor falar com os pais do Jaeden.

Deve estar drogado demais pra lembrar disso amanhã.

- Por que ele iria bater em você? - Volto aos dois.

- Eu sei lá, eu só tava passando e ele trombou em mim, tava fechando o zíper da bolsa e não me viu. Aí me empurrou pro armário e...

- Ele tinha oferecido maconha no banheiro segundos antes pra mim e pra Noah. Ele tá mais que chapado. - Suspiro.

- Tudo bem com Noah? - Jack parecia ter pensando exatamente no que tinha acontecido.

Eu o olho e suspiro.

- Tá tudo bem, só tivemos... "uma discussão". - Ajeito meu cabelo.

Me levanto ao mesmo tempo que os dois. Pegamos nossas coisas e andamos em direção a porta, saindo dali e acabando escutando o pai de Jaeden o dar uma bronca.

Asher parecia apressado já que tinha apertado o passo. Jack ia bem atrás dele, mais devagar. Corro um pouco para o alcançar, segurando sua mão para o fazer parar.

O moreno me olha.

- Você quer uma carona? - Precisava falar com ele sobre o Schnapp.

- Claro...

- Acho que ele entendeu quando viu a gente conversando.

- Isso... é um problema? - O olho por uns poucos segundos, depois voltando minha atenção a estrada. - Sabe, de todos saberem sobre a gente?

- O que? Não! - Quase não acreditava que ele tinha dito aquilo. - Eu só queria que soubessem por mim, principalmente meus amigos. - Passo a mão pelo meu rosto e suspiro. - Cara, isso vai ser difícil...

- Desculpa. Mas não precisa fazer isso se não quiser.

Na mesma hora eu dou seta e estaciono em qualquer lugar. Estávamos longe ainda da casa dele.

O olho e ele estava confuso com onde estacionamos.

- Finn, aqui é espaço da garagem. - Aponta.

- Eu não ligo. - Me viro de frente pra ele.

Odeio quando Jack fica em dúvida, "dividido" sobre o que penso a respeito à ele. Me machuca de verdade.

- Jack, eu... - Respiro fundo. - Gosto muito de você. - Me seguro pra não dizer "aquelas palavras". - Eu mudei demais desde que eu te conheci e aprendi que status não importa. Estar com você compensa tudo. Eu nunca senti nada assim...

Nossos olhos estavam cravados um no outro. Seguro sua mão.

- Eu vou contar, ok? Eu prometo, mas eu preciso de um tempo pra me acostumar com o que vão dizer. Pode ser uma puta mudança.

- Por isso que eu to falando, se você não quiser contar...

- Quer sair comigo hoje à noite? - O interrompo.

O mesmo me encara, mais uma vez confuso. Eu não aguentava mais, precisava mostrar o que eu sinto de verdade por ele. Preciso que ele acredite em mim.

- Tá, tá, pode ser. - Abaixa o olhar conforme falava.

Tiro meu cinto de segurança e o dou um selinho longo.

𝕕𝕖𝕥𝕖𝕟𝕥𝕚𝕠𝕟 𑁍 Fack Onde histórias criam vida. Descubra agora