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--- Eu pensava que só trabalhávamos matando pessoas, e não transportando carga?! - Falei enquanto caminhávamos até uma fábrica de ração para animais. --- Não é uma simples carga. - disse ele enquanto nos aproximamos de uma mulher de idade.

--- Olá, estão perdidos? - disse a senhora, mostrando o seu sorriso mais simpático --- Viemos buscar a carga azul, número cento e vinte e sete. - Disse, Taeyong, de uma forma firme. A velhinha ficou um pouco assustada mas voltou a se recompor, e eu apenas a olhava com a sobrancelha arqueada.

--- Por favor, me acompanhem.

Seguimos a senhorinha até onde ficava alguns caminhões, e paramos em um azul com pequenos números pintados na lateral. Ela mandou abrir a porta para que conferir a carga. Mas antes, Taeyong e eu, tivemos que colocar uma mascara. Ao abrirem a porta, vi algumas garotas sentadas e assustadas.

--- Estão todas aqui. Como o chefe pediu. Estão todas em perfeita condições. - disse a senhora --- Perfeito, podem fechar. - Taeyong, disse, e tirou um envelope do casaco e entregou para a mulher --- Até a próxima entrega.

Entramos no caminhão e fomos até a entrada, onde deixamos o carro.

--- Agora trabalhamos com tráfico de mulheres?!

Perguntei sem acreditar

--- Trabalhamos com muitas coisas, mas para nossa sorte, são raras às vezes que fazemos isso. Você vai me seguir com o carro, até uma boate, quase na saída Seul. Depois, podemos ir para casa.

[...]

Eu dormi a viagem de volta quase toda. Mas acordei quando paramos para comer.

--- Quando vai terminar de pagar a sua dívida, oppa? - perguntei enquanto comia mais um pedaço de frango --- Acho que no final do ano que vem. Depois, vou poder voltar para os meus avós. - ele respondeu depois de beber um pouco de cerveja --- Já falou com eles durante esses anos? - estava curiosa para saber, já que nesses anos todos em que ele esteve fora do orfanato, e mesmo morando juntos, ele não comente --- Já apareci algumas vezes no açougue, e eles até que gostam de mim. Dizem que pareço com um parente deles. Qualquer dia desses, eu te levo para conhecê-los, mas lembre-se, seja discreta.

Terminamos de comer, e fomos para casa. Já era quase 00:40, e a comida me deixou com mais sono ainda.

Depois de tomar um banho, vesti um moletom, pois estava um pouco frio, mas não estava mais com tanto sono, então resolvi ler mais algumas páginas do livro que estava lendo mais cedo.

Quando me dei conta de que horas eram, tratei de dormir logo. Taeyong, disse quando chegamos em casa, que íamos sair às 9:40, e já eram quase 5:00 horas.

[...]

--- Você está com uma cara de morta. Não dormiu direito? - ele perguntou enquanto entrávamos no elevador --- Perdi o sono, então fui ler. - acabei bocejando um pouco --- E que horas foi dormir? - perguntou olhando para mim --- Era quase cinco da manhã. - Ele riu --- Você tem que tentar dormir cedo. Nem sempre, vamos poder acordar tarde. - a porta se abre e vamos em direção ao carro --- Ok, e para onde vamos tão cedo? - perguntei enquanto esperava destravar as portas do veículo --- Vamos em um lugar especial. Quero que conheça umas pessoas.

Amor Na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora