Amor Na Máfia

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Havia acabado de sair do quarto, quando ouvi a voz do senhor Lee e do meu marido, no outro andar. Devem ter chegado quando eu estava no banheiro, e não escutei por conta do barulho do chuveiro - ou por ter pedido para reforçarem a parede, e ninguém escutasse o que acontece ali dentro. Taeyong, antes havia perguntado se também queria fazer o mesmo com as paredes do quarto, mas com tudo que está acontecendo, seria burrice.

Estava descendo as escadas, e pude ouvir com mais clareza a conversa dos três, que não notaram a minha presença.

— Ela não me contou que ia trocar de carro. — Taeyong, falou. — Provavelmente queria fazer surpresa.

— Sim, e a Senhora Lee, ficou bem surpresa ao ver. - falei chamando a atenção dos três. — Gostava bastante do meu antigo carro, mas achei que seria melhor trocar. Esse parece mais seguro. — Sorri, enquanto me aproximava. — Então, como foi na consulta?

— Estou muito bem, só preciso de algo para me distrair e manter a forma. — Senhor Lee, respondeu.

— Que tal hidroginástica? — Taeyong, sugeriu. — Tem muitos benefícios e a vovó também pode fazer. Poderiam até se ajudar se preciso.

— Não é uma má idéia. — Senhor Lee, falou e olhou para sua esposa. — Vamos?

— Mas eu já tenho o jardim para cuidar. — Senhora Lee, respondeu.

— A senhora não precisa cuidar sempre do jardim, já que temos um jardineiro. — Taeyong, respondeu. — Vamos, vovó. A senhora também vai gostar de fazer hidroginástica. Pode até fazer novos amigas por lá.

Depois de uma longa conversa, conseguimos convencê-la a participar das aulas. O resto do dia foi tranquilo e durante a noite, ajudei Taeyong com o jantar e na segunda-feira, iríamos fazer a matrícula dos seus avós e também conversamos um pouco sobre a mudança de carro. Mesmo que eu esteja ganhando muito mais do que antes, era estranho para qualquer pessoa, trocar um carro que não teve nem três meses de uso, por outro do nada. O jantar foi tranquilo, e quando fomos para nossos devidos quartos, pude falar o real motivo.

— Obviamente que mandaram um novato fazer o trabalho, você eliminou os dois que faziam um trabalho decente. — Taeyong, falou enquanto pegava seu pijama. — Mas ainda bem por isso.

— Se eles fossem bons, eu não estaria aqui. — Respondi, enquanto olhava pela janela do quarto. — Já mandei um aviso ao Taemin, e falei para que ficasse de olho em algo suspeito no Japão. Também já estão procurando pelo responsável.

— E o que vai fazer quando achar? — Perguntou.

— O de sempre. — Respondi e me virei em sua direção. — Mostrar que não sou um alvo fácil, e que não devem brincar com quem está quieto. Preciso tomar medidas drásticas, antes que tentem alguma coisa contra vocês.

[...]

Era por volta das duas e quarenta da manhã, quando recebi a ligação de um dos meus funcionários, avisando que acharam o responsável pela tentativa de ontem à tarde. Falei para levarem até o galpão perto da boate, que eu estava a caminho. Taeyong, queria me acompanha, mas falei para ficar em casa e ficasse atento a qualquer movimentação estranha pela rua.

Cheguei ao local, um pouco mais rápido do que imaginei, por causa das ruas praticamente desertas. Ao entrar, vi um garoto e uma mulher que aparentava ter quase a mesma idade que a minha. Ambos estavam amordaçados e assustados.

— Ok, o que temos aqui. — Falei me aproximando.

— Achamos as gravações de câmeras de vigilância, e conseguimos identificar o garoto. — um dos meus lacaios disse. — O achamos em uma das lojas de jogos, em Hongdae.