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Taeyong pov 

  Era quatro e meia, e sempre acompanho meus avós, quando saem para caminhar no condomínio. Eu aproveito bastante a oportunidade de ter eles comigo, e desejo que estejam comigo e com a S/n, quando tiver meus filhos. Será uma oportunidade única para nós, ter alguém para nos ajudar a criar e dividir essa alegria. Meus avós terão a oportunidade de ver os bisnetos crescerem, já que não tiveram essa sorte comigo. Mas com tudo que está acontecendo, tenho muito medo de que aconteça alguma coisa que estrague nossos planos. 

— Vamos, Taeyong? — Minha avó, me chamou assim que voltou da cozinha, com sua garrafinha de água em mãos. 

— Sim, vamos. — Respondi enquanto abria a porta. 

— Ótimo, fiquei sabendo que vai ter uma feira na praça. — Meu avô falou. 

— Como ficou sabendo, vovô?

— O senhor Min, falou hoje pela manhã, quando fui pegar as cartas. 

— E o que vai ter nessa feira? — Minha avó perguntou, já perto de nós. — Espero que tenha algumas coisas relacionadas a artesanato ou algumas mudas de plantas. 

— Quer mais plantas? Assim vamos acabar morando em um jardim botânico, querida. — Meu avô falou, e começamos a rir. 

  Conversamos bastante e passamos quase três horas fora de casa, tanto porque meus avós compraram bastante, como também pararam para conversar com as pessoas do condomínio. Eles conversavam com todos, mesmo não sendo muito comum na nossa cultura, mas isso não significava nada para eles. Tantos avós, pais, filhos e netos, poderiam ficar ali por horas, mas já estava tarde, e ia começar a esfriar um pouco, já que o céu estava cheio de nuvens e começou a ventar um pouco. Peguei meu celular e vi a previsão do tempo, e estava previsto chuva e vento forte hoje a noite e durante a madrugada. 

  Voltamos devagar para casa, e conversamos mais um pouco. Assim que chegamos em casa, somos recebidos por um cheiro delicioso. Provavelmente, S/n, esqueceu mais uma vez de ligar o depurador, mas era assim que ela fazia para me fazer sair do quarto e ir comer. Peguei as sacolas, e fui guardar tudo na despensa, enquanto meus avós foram tomar banho e voltarem para o jantar. Quando terminei, fui para cozinha e conversei um pouco com minha esposa. E analisando bem, alguma coisa estava errada. Ela estava tensa, mas era por conta da decisão de hoje. Daqui algumas horas, muita coisa iria mudar. 

  O jantar aconteceu normalmente, e quando fomos para o quarto, não fomos dormir de imediato e se pudesse definir em uma palavra o que aconteceu dentro daquele quarto, seria "magico". Foi perfeito, mas não sei, lá no fundo, eu senti que ainda tinha alguma coisa errada. Mas ainda sim decidi ignorar, porque depois de tomar banho e finalmente ter deitado para dormir, pela hora, a reunião deveria estar acontecendo agora ou prestes a acontecer.  Abracei a S/n, como se ela por algum motivo fosse desaparecer e só eu pudesse segura-la, como se minha vida dependesse disso. 

  — Taeyong.— S/n, falou.

  — Hã, está se sentindo mal? 

  — Não, eu estou bem. Só estou com uma sensação estranha ainda. — Respondeu alisando minhas costas e afundando mais o seu rosto no meu peito. — E se não for o Heechul a ser arquivado, mas sim eu? 

  — Por que fariam isso? 

  — Ele quem está deveria assumir de acordo com a regra, e não eu. Vai que eles deem razão para ele, e mandem me tirarem da jogada? 

  — Não acho que eles decidam isso. Todos te admiram, principalmente o senhor Minho, que é o líder da máfia. Posso até achar que ele olha para você como uma filha, e por isso vê tanto potencial e uma boa escolha para ser a sucessora dele. 

Amor Na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora