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De volta ao apartamento, fiquei olhando o dia amanhecer pela janela. Não estava com sono, então fiquei pensando no que faria daqui para frente. Eu não posso mais revelar quem eu sou, para o meu irmão. Ele vai acabar me prendendo.

Terei que fingir ser apenas uma pessoa qualquer. E agora, tem o Taeyong. Eu não quero por ele e sua família em perigo. Sei que eles estarão sendo protegidos, assim como pedi, e isso me preocupa.

Preciso vê-lo.

[...]

--- S/n, você está com uma cara de cansada. - Taeyong, me analisou quando cheguei na sua casa. - Não dormiu direito?

--- Eu não dormi ainda. - Acabei bocejando. - Não consegui.

--- O que aconteceu para você não ter dormido? - Ele praticamente me arrastou até sua cama e me fez deitar. - O que tirou o seu sono?

--- Eu fiz, Taeyong. - o encaro, enquanto ele se senta ao meu lado. - E agora, fui reativada na Máfia. Sou uma membro da elite.

Ele para de me olhar e foca sua atenção ao chão. Sabia que ele estava um pouco nervoso e até aflito. O prometi antes, que começaria uma vida nova, e não teria que voltar a fazer nada que envolvesse algo do passado. Mesmo com a nossa última conversa, eu sabia que ele não estava acreditando que eu voltaria, mas me apoiou de qualquer forma.

--- Oppa. - falo e ele volta a me olhar. - Eu posso dormir um pouco aqui? Não vou conseguir no apartamento.

--- Tudo bem, S/n. - ele estava triste, mas tentou sorrir. - Eu tenho que trabalhar agora pela manhã e volto no horário de almoço.

--- Estarei aqui quando voltar. - segurei sua mão.

--- Minha avó, estará em casa. Não se assuste se ouvir algum barulho. - ele se aproxima e nos beijamos brevemente. - Eu tenho que ir.

Ele me embrulha, e beija minha testa, antes de sair do quarto. Fecho as persianas da sua janela, e acabo dormindo, enquato sentia seu cheiro no travesseiro e lençóis.

[...]

Acordei era por volta do meio dia. Levantei, e fui em direção a cozinha, onde vi a avó de Taeyong, cozinhando.

--- Taeyong, me avisou que estava dormindo. - ela fala enquanto estava de costas para mim - Passou à noite e toda trabalhando?

--- Sim, foi praticamente isso. - me aproximo, e a ajudo a pegar um tempero que estava em um canto mais alto. - Aqui.

--- Obrigada. Taeyong, sempre o guarda ali, quando cozinha. Ele se esquece que além de velha, eu sou baixa e meu braços são curtos. - ri, e sorri ao lembrar do neto.

--- Precisa de ajuda?

--- Pode me ajudar a colocar a mesa? Eles estão prestes a chegar.

--- Sim senhora.

Ela me indicou onde tudo estava, e até como queria que arrumasse. Estava terminando de colocar as panelas na mesa, quando Taeyong e seu avô, entram.

--- Chegamos querida. - Senhor Lee, diz assim que entra em casa. Ele trazia com sigo, um simples buquê de rosas em sua mão. - Feliz aniversário, senhora Lee.

Eu achei a cena, uma das melhores da minha vida. Quero poder chegar a ter esse nível de romantismo até a terceira idade. Taeyong, se aproxima e entrega uma caixinha com embrulho de presente a sua avó.

--- Não é meu aniversário. - ela diz, mas começa a fazer uma cara engraçada - Ou é?

--- Sim, hajushi. É seu aniversário. - Taeyong, fala rindo. - Ya, não acredito que se esqueceu.

--- Eu tô velha meu neto, já não tenho uma mente boa como antigamente. - ela ri - Obrigada por se lembrarem.

Taeyong, se aproxima de mim e me abraça de lado, e cochicha em meu ouvido.

--- Espero poder envelhecer ao seu lado. - beija minha bochecha.

[...]

Amor Na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora