Ao chegarmos em Seul, fomos direto ao nosso apartamento. Enquanto S/n, preparava as suas coisas, fui ao meu apartamento e tomei um banho. Eu queria saber o que ela planeja, mas tenho a sensação que irei saber futuramente.
Estava indo em direção a cozinha, quando a campainha toca. Vi no olho mágico, e era a S/n, com uma mala enorme atrás dela.
- Ok, aqui está o que precisa. Em hipótese alguma, dê meus documentos para o senhor Minho. Diga que vai se livrar deles, mas os guarde. Vou precisar deles quando voltar. E aqui também está as minhas chaves e a carta para Taeyong. Eu já estou indo.
- Como vai se virar sem seus documentos?
- Eu fui bem treinada. Sei me virar. A gente se vê.
Ela me abraça e vai embora .
[...]
- Vamos lá, você não é tão covarde assim. É só entrar lá, como quem não quer nada, e falar com ele.
Estava tendo uma discussão comigo dentro do carro. Eu já fiz tanta coisa na vida, e não sabia que dar um recado ou notícia era tão difícil assim.
- Vamos lá.
Peguei a carta e coloquei no bolso do meu casaco. Saí do carro e depois adentrei o pequeno açougue. Não tinha muito movimento. Não vi Taeyong, mas dois senhores de idade.
- Posso ajudar?
Me viro e vejo Taeyong. Ele deve ter chegado agora. Também, ainda está cedo.
- Hyung, o que faz aqui? A S/n, não veio com você?
- É sobre ela que vim falar. - sua expressão ficou séria - Sofremos um acidente de trabalho ontem em Busan.
- Ela está bem? Me diz, hyung, ela está bem?
- Sinto muito, Taeyong.
Ele ficou paralisado com lágrimas em seus olhos. Fechei meus olhos, esperando um soco ou uma reação do tipo, mas apenas escutei ele chorar baixinho e me abraçar.
- É mentira. É brincadeira, diz que é brincadeira. Diz que a minha S/n, não está morta.
Eu não tive outra reação a não ser abraçar de volta. Percebi que o dois senhores nos olhavam fixamente, e eu sabia que precisava sair dali.
- Taeyong, essa semana ela andava estranha, então fez uma carta para você, e eu vim entregar. Ela me disse que se acontecesse alguma coisa, deveria te entregar, e que você saberia o que fazer com as coisas dela. Meus sentimentos.
Me afastei, e fui embora. Espero que não me arrependa de ter contribuído nessa farsa.
[...]
Dias depois...
Estava em casa, quando Senhor Minho, informou que em menos de cinco dias, perdemos mais uma mulher que trabalhava para nós. Geralmente não aparecemos em velórios, mas em respeito a Senhora Zhong, alguns resolveram comparecer.
Tive dó do pequeno Chenle. Pelo menos não vai ficar sozinho. Vai morar com o pai, na China. Enquanto todos lamentável o fim trágico da senhora Zhong, que teve que ser caixão fechado, me lembrei que mesmo sendo uma prodígio, S/n, não teve nem uma cerimônia. Sei que ela está viva, mas não custava nada.
Logo pensei, "Será que quando eu morrer, alguém vai fazer alguma coisa para mim, ou vou ser enterrado como indigente, ou pior, simplesmente jogado aos abutres?".
[...]

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Amor Na Máfia
FanfictionVárias crianças vivem em um orfanato bem "especial", onde era gerenciado por uma máfia bem poderosa. Quem vê, pensa que as crianças vivem em um ambiente comum e que serão adotadas por alguém algum dia. Porém não é bem assim, já que elas tem o destin...