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Os dias passaram tão rápido, que só me dei conta que hoje à tarde iria me casar, quando estava me admirando em frente ao espelho no quarto.

——— Você está tão linda, S/n. - minha cunhada, falou. ——— Mas ainda falta uma coisa.

——— O quê? - perguntei desviando a minha atenção do espelho, para ela, que pegou uma caixinha vermelha.

——— A mãe do Yuta, pediu para que eu te entregasse. É seu presente de casamento. - ela me deu. ——— Abre.

Ao abrir a delicada caixa, vi um belo par de brincos.

——— Gostou? - ela perguntou.

—— Eu amei. - Respondi ainda admirando a peça. —— Vou colocar eles para podermos ir, estamos quase atrasadas.

—— Mas é tradição a noiva se atrasar, S/n. - ela comentou rindo.

—— Com um homem lindo daqueles, sozinho em um cartório, você não acha que alguma maluca tentaria casar com ele? - perguntei rindo, enquanto colocava o último brinco. —— Eu quem não vou arriscar, até porque eu faria isso.

Chegamos com quase  uma hora de atraso, mas foi por causa do trânsito. Estavam fazendo uma reforma, e o desvio que fizeram atrapalhou mais do que ajudar. Mas isso não foi problema nenhum, já que o mais importante era a presença dos noivos.

[...]

—— Um brinde aos recém casados. - Yuta, fez o primeiro brinde, assim que chegamos ao restaurante. —— Que minha irmã e Taeyong, tenham um casamento longo e feliz.

Todos brindamos e tomamos um pouco do champanhe. E no final das contas, todos falamos um pouco e aproveitamos muito o momento. Estava tudo indo muito bem, porém, tive uma sensação ruim.

—— Tudo bem, querida? - Taeyong, perguntou baixinho ao meu ouvido.

—— Sim, só uma sensação ruim apareceu, mas logo passa. Não se preocupe. - Respondi da mesma forma, tentando ao máximo não transparecer preocupação aos outros que estavam nos acompanhando.

—— Então, onde os pombinhos irão passar a lua de mel? - minha cunhada perguntou, chamando a atenção de todos.

—— Vamos passar umas semanas na Tailândia. - Taeyong, respondeu sorridente.

—— Pegamos o primeiro vôo da madrugada.

Continuamos a conversar e a comer, até que aquela sensação ruim passou. Não deveria ser nada demais.

[...]

Era madrugada, e já estávamos no aeroporto. Estava feliz e ansiosa, mas ainda pensativa com o que estava acontecendo. Espero que esteja tudo bem enquanto estiver fora e quando voltar. Depois de esperar mais um pouco por causa de um atraso, finalmente seguimos viagem. Taeyong, dormiu e fiquei acordada. Mesmo ficando com um pouco de dor de cabeça, não consegui ao menos tirar um cochilo. Foi assim a viagem toda, e quando estavam avisando que iríamos pousar, acordei meu marido.

—— Dormiu bem? - perguntei.

—— Foi só um cochilo. - comentou e depois riu. —— E você?

—— Não consegui ao menos tirar um cochilo. - comentei e coloquei minha bolsa ao lado dos pés. —— Acabei de tomar um remédio para dor de cabeça, e acho que vou dormir quando chegarmos no hotel.

—— Ainda preocupada com os assuntos de Seul? - perguntou enquanto colocava a cabeça em meu ombro.

—— Meio que sim. - suspirei e segurei sua mão. —— Meu irmão e minha cunhada, estão lá, e não estarei para ajudá-los se for necessário.

—— Vai ficar tudo bem, tente relaxar um pouco. Você cuidou de tudo para que eles ficassem seguros durante o tempo que ficaremos foram. - beijou minha mão. —— Assim que chegarmos no hotel, você liga para eles, avisando que chegamos bem e pergunta como eles estão.

—— Eu deveria estar tranquila, mas desde a hora que fomos ao restaurante, estou com uma sensação ruim. - respirei profundamente e fechei os olhos. —— Deve ser apenas o estresse do trabalho e uma mistura de emoções. - abro os olhos, quando senti seu movimento no meu ombro. —— Prefiro acreditar que seja isso.

[...]

Amor Na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora