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--- Obrigado por me receber, Senhor Minho. - falei fechando a porta.

--- Não pensei que viria até aqui, mas planejar ir até a boate e ver com meus próprios olhos, o que aconteceu. - falou enquanto preparava duas doses de bebida. --- Por favor, sente-se.

--- senhor Minho, o que eles contaram sobre ontem? - perguntei me sentando na cadeira a frente.

--- Que houve uma briga entre dois traficantes. - me entregou um dos copos com a bebida e se sentou na sua cadeira de couro. --- Mas achei estranho, já que aparentemente, os dois eram amigos e gostavam de fazer qualquer trabalho se fosse bem pagos. - tomou um pouco do líquido. --- Algum dos membros da Elite e até alguns dos nossos assassinos mais experientes, já trabalharam com eles.

--- Então eles são conhecidos? Interessante. - falei e tomei um pouco da mistura que havia copo.

--- Sim, eles faziam qualquer coisa por dinheiro. - respondeu. --- Uma pena, gostava de como eles aceitavam qualquer esmola.

--- Senhor Minho, creio que esse incidente não foi um simples desentendimento. - falei e ele me encarou. --- Eu quase tomei um tiro na cabeça, o que fez meu instinto falar mais alto, então revi as gravações. Eles estavam bebendo normalmente, até que alguém se sentou ao lado deles e entregou algo. E o senhor sabe o que aconteceu.

--- Está insinuando que foi uma armação?

--- Foi uma distração. O mesmo homem que entregou algo para eles, tentou me acertar. Eu era o alvo. - tomei todo o líquido e sentir minha garganta arder e minha cabeça rodar um pouco.

--- Mas isso seria loucura. Você tem muitos inimigos assim? - perguntou rindo.

--- meus inimigos estão mortos, pelo menos os que tenho conhecimento. - Coloquei o copo vazio sobre a mesa. --- Aquele homem estava bem vestido, e acho que já ouvi pelo orfanato algumas vezes, mas nunca trocamos sequer uma palavra.

--- Isso é estranho, se alguém tentasse algo conta as pessoas de dentro da própria máfia, seria um terrível golpe. Todos gostam da prodígio que você é, menos... - ele parou de falar e ficou pensativo.

--- Menos quem? - Perguntei, e senti meu coração acelerar.

--- Você poderia me mandar uma cópia da gravação da câmera de segurança? Preciso conferir uma coisa.

--- Claro, eu mandarei alguns dos meus homens, entregaram para o senhor até hoje à noite. Mas é apenas uma suspeita e pedi que me entregasse os pertences dos dois rapazes, e se encontrasse o que estou suspeitando, terem um inimigo do qual não sei o real motivo de represália. - me inclinando um pouco para frente e mantenho o olhar para ele. --- Quem seria essa pessoa que o senhor diz que não gosta de mim? Sabe, tenho curiosidade.

--- Eu tenho uma ideia e acho que a mesma que a sua, mas só posso confirmar depois. Até lá, quero que tome mais cuidado, algumas garotas e garotos, serão mandados para boate até o fim de semana. E quero que você tenha reorganizado e dobrado a segurança do local.

--- Sim, senhor Minho. - falei me levantando. --- Novamente, obrigado por me receber e me ouvir. Daqui algumas horas, a cópia da gravação, estará em seu domínio.

Faça uma reverência e vou em direção à porta, mas ele pediu para que eu esperasse um instante.

--- S/n, sinto muito pela Somi. Sei  que ela era sua protegida, mas ela cumpriu com o trabalho. - ele falou.

--- Somi, era mais do que a minha protegida. - falei me virando e olhando em dua direção. ---  Ela era minha amiga, e como não conseguiram me matar, tentaram atingir meu ponto fraco para me desestabilizar. Eles estão conseguindo. - limpei uma lágrima que escapou. --- Mas vou cuidar para que não façam isso de novamente.

[...]

Fui para meu apartamento, tomei um banho e finalmente me deitei na tentativa de dormir um pouco, mas estava com a mente tão agitada que não consegui e que me ocasionou uma enorme dor de cabeça. Fiquei observando o teto por alguns minutos, até que escutei meu celular tocar. peguei e vi que era uma ligação do meu namorado. Era provável que ele soubesse o que aconteceu, através de alguns contatos ou pelo próprio Taemin.

--- Baby, você esta bem? Eu soube o que aconteceu. - seu tom de voz, era de preocupação.

--- Sim, estou bem, apenas levei um tiro no braço, nada grave. - falei encarando meu braço, que já estava com curativos.

--- Só um tiro? Mulher, você fala como se isso fosse algo insignificante, como bater o dedo na quina da mesa! Onde você esta?

--- Em casa, cheguei agora pouco, tentei dormir mas não tive sucesso. - falei passando a mão na testa e fechando os olhos. --- Só estou com um pouco de dor de cabeça.

--- Ok, estou indo para sua casa. Vou cuidar de você.

--- Não, eu estou bem. Você também está trabalhando e cuidando dos seus avós, não precisa vir.

--- Eu quase perdi a mulher da minha vida, e não tem como você pedir que eu não vá até aí. Chego em uma hora .

Ele desligou. Eu sei o quanto teimoso ele é, e não ligaria novamente para mandar que não viesse. Me levanto e vou para sala, ansiosa pela sua chegada. Depois de uma hora e meia, ele chegou e começou a me encher de perguntas e a checar se eu não tivesse outro ferimento.

[...]

Amor Na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora