20- Me Desculpa Por Isso

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E que postou o capítulo 33 sem ver e deixou spoiler de graça??? Só viveu quem viu HAHAHHHAHAH

Espero que curtam! ♥️

(...)

Marcela sabia que isso poderia acontecer, só não tinha ciência de que seria tão rápido. E tão rápido que mal teve tempo para reagir a agressão.

Estava deitada de costas no tapete da sala, mal conseguia respirar direito devido as costas terem batido com força sobre o vidro da mesinha de centro. Alguma coisa estava sangrando, não sabia o que era, qual parte do corpo, mas precisava se levantar e ir atrás deles, precisava tirar Gizelly das mãos daquele idiota.

Ela estava grávida, ele tinha cocô na cabeça? Qualquer trauma forte poderia afetar a gestação, causar aborto espontâneo. Não, precisava ir até lá.

Com esforço se levantou do chão e notou que era sua mão que sangrava, porém não deu a mínima. Quando chegou até o corredor, de onde ouvia os gritos de Gizelly, notou a chegada do porteiro acompanhado com um par de policiais.

E mais uma vez foi tudo rápido demais para poder processar. Um dos policiais desferiu um golpe sobre o abdômen do arquiteto, que automaticamente soltou os cabelos ondulados da esposa, e o outro o imobilizou no segundo seguinte.

- VOCÊS ESTÃO FAZENDO O QUÊ? - Ele gritou desesperado enquanto era algemado por trás.

Marcela conseguiu chegar até onde a morena estava e a abraçou na frente dele.

- Você tá sangrando - Gi pegou na mão dela.

- Não foi nada... Como você está?

- EU AINDA ESTOU AQUI, SUAS VAGABUNDAS!

- Eu não sou vagabunda, eu trabalho - Marcela respondeu com deboche, olhando diretamente para os olhos cheios de fúria.

- VOCÊ ACHA QUE EU SOU ALGUM PALHAÇO? - Felipe tentou se soltar, mas o policial o arrastou para o elevador. - É ELA QUE VOCÊS TEM QUE PRENDER.

- Cala a porra da boca. Você está preso por invasão a propriedade privada e agora por agressão, pego em flagrante - antes de a porta do elevador se fechar, o policial se virou para as meninas e o porteiro. - Vocês serão chamados para depor, tá?

Ambas assentiram em silêncio, sem estruturas para fazer qualquer coisa no momento. Sabiam que teriam que fazer corpo de delito para comprovar as agressões, mas no momento só precisavam uma da outra, de se apoiarem como as melhores amigas que eram. Tanto que por um segundo se esqueceram que o porteiro também tinham ficado para trás.

- Dona Marcela - ele as espantou do transe. - Me desculpe, eu ia ligar pra pedir autorização, mas ele pulou a roleta e subiu correndo. Eu chamei a polícia, eles estavam a algumas quadras daqui.

- Seu Alonso, você fez muito bem. Muito obrigada - Mar não sabia se onde tirou forças para falar. - Você faria um depoimento a respeito disso?

- É claro, tudo pra ajudar a senhora e me redimir.

- Então nós vamos daqui a pouco.

Ele assentiu e se retirou para voltar ao posto de trabalho. Tudo que precisava fazer era de comunicar com a administração do condomínio para o liberarem para o depoimento. Depois que a porta do elevador fechou, as duas voltaram a ficar sozinhas.

Em silêncio, Marcela a conduziu de volta para o apartamento. A sala de estar estava um caos, tudo revirado como se um terremoto tivesse acontecido somente ali dentro. Respirando fundo, a conduziu até o sofá, tomando cuidado para não se cortar com os vidros.

Se Olha No EspelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora