50- Quer Brigar?

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Finalmente tô de volta em casa e vou me dedicar ao final daqui e ao começo da outra fic, que ainda não tem nome.

Quero que saibam uma coisa. Não é porque esta é uma fic Gicela que não terá interação com outros personagens.

Beijos e até o próximo capítulo.

(...)

Duas semanas se passaram como um piscar de olhos. Tão rápido que Marcela nem percebeu os dias passando, tão agitada estava a sua rotina. Voltou a atender pacientes depois de cinco dias, afinal Gizelly precisava muito de ajuda nesses primeiros dias, ainda estava debilitada demais.

Cada momento que passava com os dois era inesquecível. Depois da chegada caótica de Miguel ao mundo, tudo se tornou colorido demais. Ele era lindo, com aqueles olhinhos escuros como os da mãe e o sorriso banguela que derrubava qualquer muralha. Não cansava de ficar perto dele, mesmo quando estava dormindo. Vez ou outra levava um esporro de Gizelly, que sempre dizia que desse jeito ele ia ficar muito manhoso, que não era pra ficar com o menino no colo toda hora, essas coisas.

Nem ligava.

Cuidava dos dois, ajudava Gi com os pontos da sutura, limpando com cuidado e também fazia as tarefas em casa. Vez ou outra as meninas também apareciam para ajudar. Tabata e Letícia chegaram cedo no segundo dia, antes de saírem para trabalhar, e também babaram na criança como se fosse delas, que ficaram imensamente feliz ao saberem que seriam madrinhas dele.

Ainda no segundo dia, sua mãe apareceu. Ela havia perguntado o endereço em que estava se escondendo e não achou ruim passar para ela. E, quando ela chegou pouco depois do almoço, a expressão de alegria e admiração em conhecer Gizelly fez com que seu coração se enchesse ainda mais de amor. Elas se abraçaram e logo estava falando que "a vovó coruja veio conhecer o netinho mais lindo do mundo".

Como não ser feliz desse jeito?

Era quatro da tarde quando seu celular tocou sobre a mesa do consultório. Atenta, pegou rapidamente e franziu as sobrancelhas ao ver a imagem de Rafa no visor. Atendeu, a expressão confusa.

- Oii, Rafa! Tá tudo bem?

- Oi, Mar! Faz tempo que a gente não se vê, sua doida! As meninas e eu podemos ir na casa de vocês hoje? Queremos conhecer o filho de vocês.

- É claro! A Gi vai ficar muito feliz, passa o dia todo reclamando e dizendo que não aguenta mais ficar em casa sem fazer nada.

Ambas riram e logo a fotógrafa encerrou a ligação, dizendo que chegariam por volta das sete da noite. Por isso, as cinco da tarde, pegou sua bolsa e saiu do consultório, dando de cara com Bianca distraída com um atlas de anatomia e um livro enorme de fisiologia humana enquanto a mão estava apoiada no gancho do telefone, esperando a próxima ligação.

- Quebrando a cabeça? - Ela deu um pulo na cadeira, acabou rindo. - Desculpa, não queria te assustar.

- Ai, não aguento mais estudar essa porcaria de sistema cardiorrespiratório! - Ela choramingou.

- Vamos lá pra casa hoje - convidou, se aproximando no balcão de madeira polida. - As meninas vão pra lá, eu posso te ajudar com essa matéria.

- Eu tô cheia de dúvida, vou encher o seu saco. Tudo bem?

- Claro - Marcela sorriu. - Desliga tudo aí e vamos. Liga para as suas namoradinhas, pra elas também irem, tô com saudade delas.

Tudo que Bianca fez foi revirar os olhos, mas Marcela não viu. Foi até a porta e a abriu, virando-se para a recepcionista logo após.

Se Olha No EspelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora