Oii. Como muitos viram, não apareci ontem. Decidi que vou postar um dia sim, um dia não, pois vou voltar a postar minhas histórias originais, que são meus xodós.
Se puderem me apoiar lá também, aqueles que gostam do que eu escrevo, acima de qualquer shipp, eu ficarei imensamente feliz.
Beijos e bom capítulo procês. Até domingo ♥️
(...)
- Ele é o bebezinho mais fofo daqui, vei. Dá vontade de levar pra casa pra criar - Hariany comentou quando chegaram ao berço do pequeno.
- Eu posso pegar?
- Uai, deve. Ele também tá com fome, mas como a outra mamãe ainda não acordou, nós trouxemos um leitinho pra ele.
Sentindo um pouco de nervosismo, Marcela pegou o tubinho de álcool 70 sobre a mesinha ao lado do berço e higienizou as mãos mais uma vez. Então se curvou sobre o berço e pegou o bebê com todo cuidado do mundo, aconchegando-o em seu colo.
Os olhos ainda estavam marejados naquele momento, mas tudo que conseguiu ver foi ele em seus braços de olhinhos fechados, dormindo como um anjinho. Com a mão livre, fez um carinho suave na bochecha rosada e no cabelinho e Hari lhe ofereceu a chuquinha cheia de leite.
Já havia tido experiências com bebês antes, afinal sua profissão pedia isso, mas nenhuma sensação foi tão intensa quanto o momento em que passou devagarinho o bico de plástico na boquinha dele e ele a abriu, se movendo e procurando, ainda de olhos fechados. Quando pegou, começou a sugar com força. Ele estava com fome mesmo.
Naquele momento, alguma coisa apitou e Hari foi verificar.
- Gabi tá me chamando. Vou aproveitar e dar uma passadinha no quarto da sua esposa.
Quando ia responder que ela não era sua esposa, Hariany já tinha saído. Então só revirou os olhos e sorriu ao olhar Miguelzinho mais uma vez, devorando o leite com uma fome absurda.
- Você é fominha igual sua mamãe, né? - Perguntou baixinho, não conseguindo deixar de sorrir.
Perdeu a noção de quanto tempo ficou ali. Ele terminou de mamar e colocou-o na posição vertical, o rosto apoiado em seu ombro. Então começou com tapinhas suaves nas costas até que o induzisse ao arroto. Assim que conseguiu, Hari voltou.
- Ela acordou - nem percebeu que a doutora havia chegado também. - Você pode levar ele também.
No quarto, Gizelly precisou manter os olhos fechados por causa da claridade. Ainda estava sob efeito da anestesia e estava sentindo um pouco de enjôo, mas assim que abriu os olhos, se perguntou onde estava todo mundo. Sentiu falta de Marcela ao seu lado, queira saber o que havia acontecido, se Miguel estava bem. Um desespero momentâneo tomou conta de todo seu corpo inerte.
Tudo que pôde fazer foi apertar o botão para chamar a enfermeira. A demora foi como uma eternidade, mas tentou se manter calma para não piorar nenhum quadro.
Então a porta abriu e seu coração falhou uma, duas, três batidas. Marcela estava em pé na porta vestindo uma calça preta e camiseta da mesma cor. Nos braços tinha um embrulho branco com detalhes fofinhos em azul. Foi como uma cena de filme, de repente tudo ficou em câmera lenta, ela vinha andando com ele nos braços e a cena emocionou tanto que seus olhos começaram a arder.
Marcela se aproximou devagar, ainda não acreditando que ela estava acordada. Só Deus sabia o quanto sofreu com a decisão de deixa-la morrer, não saberia o que fazer caso ela não conseguisse. Por isso sentou na beiradinha da cama com Miguel nos braços.
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Se Olha No Espelho
Teen FictionAquela segunda-feira de junho tinha tudo para ser como qualquer outra no consultório, mas Marcela não imaginou que conhecer Gizelly seria apenas o início de uma viagem sem volta. Uma relação medico-paciente que jamais imaginou acontecer, uma relação...