Joguei a bomba e saí sem dizer nada KKKKKKKKKK não me matem, eu amo vocês.
Amo tanto que tenho notícias boas. A pedido de muitas, comecei a escrever uma short fic de Mabivy. Já escrevi o primeiro capítulo, mas vou adiantar um pouco pra poder postar.
No próximo capítulo trago o título e a sinopse para vocês.
Beijooooos e boa leitura ♥️
tt: @swanngomes
(...)
O ouvido de Bianca zumbia quando se ajoelhou as pressas ao lado de Marcela. Era como se tudo estivesse em câmera lenta, difícil demais para processar. Em um segundo estavam caminhando conversando, no outro Miguel havia sido levado e Marcela caído no chão com um tiro no peito.
- Mar, pelo amor de Deus - desesperada, se viu tirando os cabelos loiros do rosto dela para verificar se estava acordada. Os olhos escuros a fitavam. Suas lágrimas escorreram com força. - Me ajuda, eu não sei o que fazer. Não tenho nem um período completo de medicina.
Mas a loira não respondeu, apenas pegou sua mão e colocou por cima do ferimento. Entendeu o recado na mesma hora e pressionou com a palma da mão, com força. Só então ela ousou falar.
- Perfurou... - as sobrancelhas estavam franzidas, a cabeça sobre o concreto da calçada. - Vai encher de dar.
- O pulmão? - Bianca a viu assentir. Mais lágrimas escorreram por seu rosto. No segundo seguinte estava gritando: - ALGUÉM PODE LIGAR PRA AMBULÂNCIA? PELO AMOR DE DEUS!
- Nós já ligamos, meu bem - um casal de idosos se aproximou de forma prestativa. - Nós vimos o que aconteceu.
- Eles levaram meu afilhado - o fato havia acabado de acontecer e já estava devastada. - Eu... Obrigada.
Sem forças para nada, pegou o celular com a mão livre e digitou o número da polícia, ainda pressionando com força o ferimento com a outra. Então falou com a atendente tentando inutilmente segurar o choro. Precisava fazer alguma coisa, pelo menos alertar a polícia, por Marcela e Gizelly, precisavam encontrar o homem responsável por isso a todo custo.
- Nós estamos na rua das Laranjeiras - disse, a voz de choro.
Nunca em toda a sua vida pensou que passaria por algo tão difícil. A cada segundo que passava era como se sua própria vida estivesse se esvaindo juntamente com a capacidade de respirar de Marcela. E Miguel... Estava preocupada demais com ele, o que faria agora?
- Marcela, fica comigo... A ambulância já está chegando e a polícia também - fez um carinho no rosto dela, a regata branca estava encharcada de sangue.
- O Mig...
Ela estava com os olhos encharcados
- Não fala, você sabe que não é bom...
- Por f... -
Mas ela não conseguiu terminar a frase, o que acabou se mostrando desesperador para a caloura do curso de medicina. Sua professora de anatomia uma vez comentou sobre o que acontecia com um pulmão perfurado, quando estavam aprendendo a anatomia deles. Conforme a pessoa respirava, o ar entrava pela perfuração, mesmo aos poucos, impedindo a pessoa de respirar. Por isso, nos 30 segundos seguintes, tudo que conseguiu ver foi a respiração sufocante. Ela inspirava arranhado, o peito mexendo sem entrar ar.
E então Marcela fechou os olhos.
Todo o desespero que sentia antes só fez aumentar quando a viu desfalecer. Não, não, não. Ela não podia desmaiar agora, ela tinha que aguentar. Droga... Estava sozinha nessa. As pessoas em volta só serviam para ficar olhando, exceto o casal de idosos que ligou para o socorro. Os fios negros de seus cabelos colavam no rosto, nas lágrimas que não paravam de escorrer. Então os soluços vieram de forma incessante.
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Se Olha No Espelho
Teen FictionAquela segunda-feira de junho tinha tudo para ser como qualquer outra no consultório, mas Marcela não imaginou que conhecer Gizelly seria apenas o início de uma viagem sem volta. Uma relação medico-paciente que jamais imaginou acontecer, uma relação...