Se Olha No Espelho

35- Você Quer Me Matar?

Oiii. Gente, eu queria muito agradecer a paciência e apoio de vocês. Vocês foram lindas demais, cês nem tem noção. Eu sempre sou alegre, mas de vez em quando dou umas recaídas, é assim mesmo.

Eu não vou parar de postar não, pode deixar, tá? Obrigada por tudo!

(...)

Embora estivessem namorando há dois meses, fora o rolo que tiveram antes disso, Marcela não estava acreditando no que a morena havia dito. Ela havia se declarado, dizendo que estava apaixonada e que queria que fosse mãe também do pequenino Miguel.

Geralmente as pessoas correm quando o assunto é assumir uma criança, principalmente quando era filho de outra pessoa, mas Marcela não se sentia assim, não se sentia mal por Miguel ser filho biológico de Prior, muito pelo contrário, amava aquele bebê como de estivesse sendo gerado em seu próprio útero. E mais, amava a mãe dele em igual proporção.

Por isso estava radiante. Enquanto a beijava, tentava não pensar nas voltas que o mundo dava, mas era impossível. Gizelly era perfeita e tinha muita sorte de tê-la em sua vida. Quando a viu pela primeira vez entrando em seu antigo consultório, jamais iria imaginar que fosse ela o amor da sua vida, que era com ela que iria querer passar todos os dias da sua vida.

- Você ainda não me disse qual o meu presente - disse entre os beijos.

A morena sorriu enquanto enlaçava o pescoço da doutora e levou os lábios até o ouvido dela.

- Tira a minha roupa que você vai ver - sussurrou.

As sobrancelhas loiras arquearam na mesma hora, demonstrando surpresa. Quando ia começar o pedido, ela escapuliu de seus braços e correu até o fogão.

- Porra, Gi!

- Eu só vim desligar o fogo da salsicha. Você não queria comer cachorro quente? -  o sorrisinho brincalhão fez Marcela revirar os olhos, mas antes que ela dissesse qualquer coisa, completou: - Me leva pra cama?

(...)

As meninas ainda observavam Mariana cozinhar com uma maestria impressionante. Impossível não sorrir com a cena, era como uma obra de arte. Ela verificava a textura do macarrão somente em mexê-lo com um garfo, sacudia a frigideira para revirar a panceta picada que fritava em sua própria gordura.

Antes de servir, a chef jogou o macarrão dentro da vasilha de ovos crus batidos e temperados para em seguida servir nos pratos. Colocou a panceta por cima e salpicou pimenta do reino e queijo pecorino romano aos montes.

Bianca olhou do prato para a chef três vezes.

- Isso é para comer ou pendurar na parede?

Ela riu.

- Deixa de ser boba. Vamos comer?

- É um pouco injusto você trabalhar o dia inteiro e ainda ter que cozinhar pra gente - Ivy pegou seu próprio prato e se dirigiu para a mesa. - A próxima vez a gente cozinha.

- Eu topo, mas não garantimos nada tão sofisticado assim.

- Eu tenho certeza que vou adorar mesmo se vocês fizerem um miojo.

As três sorriram com as palavras e apenas a troca de olhares silenciosa e confortável se manteve enquanto comiam. Ao mesmo tempo, perceberam que a companhia uma das outras poderia ser a melhor coisa que podia acontecer no mundo.

(...)

A casa inteira cheirava a cachorro quente quando Marcela deitou o corpo da morena sobre o colchão macio. Ela com aquele cabelo liso estava ainda mais linda, se é que era realmente possível isso acontecer.