10 Ten

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Alice nos levou para tantos lugares, ela é uma companhia adorável, ela é espontâneo, engraçada, e gosta de se divertir, percebo que Jenna também gosta dela. Eu paro e fico olhando esse momento, talvez Alice seria minha amiga aqui, mas olha para Jenna e sinto uma certa empatia por ela, como se eu devesse estar na UNC por ela. Recebo algumas mensagens de Margot, eu a evito um pouco, se ela souber que estou aqui, vai brigar comigo, e estou com excelente humor hoje.

                                   *******
Peter volta do jogo e não o vejo chegando, quando me agarra por trás, me tirando do chão
— Peter
— Covey estava com saudade, não consigo ficar muito tempo mais longe de você.
O abraço e dou vários beijinhos no rosto.
— Qual os planos para hoje ?
— Então não quero forçar a barra aqui, eu disse para Jenna que iria para casa do meu pai. Até pra ela dormir confortável.
Peter me olha e fala no meu ouvido
— Agora que estamos fazendo, você quer ir embora para a casa do seu pai ?
— Quem sabe você não pula a janela, ou eu pulo e vou ficar com você.
Ele arregalou os olhos, como quem diz quem é você?
Por mais que Alice insistiu que deixaria o quarto para Jenna, ou dividia a cama com ela, eu não achei justo com ela. Embarcamos para minha casa. Sem avisar ninguém, e também é bom Peter passar um pouco na casa dele, semana que vem ele já vai para a UNC e a mãe dele pode ficar, um pouco chateada. Desde a última vez que ela conversou comigo, tentando nos separar, não nos falamos direito, bem ficou um pouco difícil.
Como estamos todos sem carro pela regra da universidade, chamo para irmos de Uber, Peter fica insistindo em chamar a mãe dele, mas não quero me encontrar com ela assim. Não sei o que ela pensaria, além de monopolizar seu filho, ainda ser nossa motorista. Jenna me entende e concorda em ir de Uber.

                                  *****
Trina e Papai estão sentados no sofá, dão um pulo quando abro a porta, sem acreditar que estou lá, Kitty desce correndo quando ouve minha voz, claro que quando ela vê Peter pula em cima dele primeiro. Agarrando o pescoço dele, e depois ela vem no meu colo, me dá um abraço apertado e desconfiada olha para Jenna.
— Lara Jean mas o que você faz aqui no sábado sem nem nos avisar que estava chegando, não que não pudesse. Mas não é sua cara
— Eu ... hã .. estava com saudade, e eu e a Jenna estávamos sozinhas na faculdade. - dou uma enrolada.-  E a casa dela é muito longe, então resolvi vir até aqui. 
— Aí Dan, não aprende que sua menina cresceu. Fique feliz dela fazer essa surpresa. - Trina se levanta cumprimentando Jenna e já oferecendo alguma bebidas e petiscos. Trina parece que tem um sexto sentindo, pois me dá uma piscadela e fala baixinho eu quero falar com você .
Jenna se sente à vontade, e Kitty se aproxima aos poucos dela, Peter tem uma grande ideia, todos comermos juntos, com sua mãe e o Owen, claro que é por que não queremos nos desgrudar e também não queremos irritar a mãe dele, se eu pudesse a evitava, mas penso é melhor vê lá agora num campo neutro, com outras pessoa que a sós com ela.
Papai sai para ir no mercado e deixar Peter na casa dele, enquanto Kitty e Jenna começam a se entender, e Trina me chama até o meu quarto.
— Lara Jean você está diferente, reluzente, não sei explicar. Se fosse para dar um palpite diria que alguém iniciou uma nova etapa na vida romântica. - Ela me olha, procurando em meus olhos algumas informações a mais, e eu tento desviar o olhar, mas ela parece me conhecer, como pode.
— Trina ... - suspiro alto ...,
— Não precisa me falar, eu só me preocupo com você sabe, não sei quanto seu pai conversou. Primeiro estão se protegendo e segundo já procurou um médico ? Tomando alguma coisa ? Foi por isso que veio de repente ?
— Bem meu pai me deu um kit para a faculdade, vou procurar um essa semana, e na verdade nossa primeira vez foi ontem. Eu queria muito, esperei pela faculdade, eu o Amo.
Trina me olhou, com olhar doce de mãe, me abraçou e eu senti que iria ficar tudo bem. Pedi para não contar ainda para meu pai, ele iria surtar igual como fez com Margot. Na hora certa eu conto.
— Eu prometo, mas me conta, lógico se quiser estou curiosa. Como foi para você?
Conto para ela das flores e tudo, ela me olha rindo e se abanado.
— Garota você sempre teve sorte em.
Caímos na gargalhada, estou feliz de ter Trina, como madrastra. Somos amigas, mas ela ainda me puxa a orelha.

                                  *****
Assim que a mãe de Peter chega, me dá um abraço forte, fico meia sem saber o que fazer. Parece esquisito. Ela não falou nada, mas se eu pudesse descrever seria como um pedido de desculpas, pode ser por estar na minha casa, ou por que sabe que precisamos nos dar bem se ela quer Peter sempre por perto.
Finalizamos o jantar, e Trina e a mãe de Peter estão guardando as coisas, eu e Kitty estamos colocando a louça na Lavadora, Peter e papai estão conversando, sobre a faculdade os jogos eu gosto de observar, os dois se entendendo. Trina começa a fazer um café, e inicia.
— Nossa família gosta tanto de Peter, nossa, Dan é apaixonado por ele. Ele é muito educado e responsável. Parabéns Sra Kavinsk.
Olho para Trina, com um olhar desesperado, Jenna me olha sorrindo, e ali percebo Trina como uma mãe leoa, ela sabe tudo que aconteceu, mas ela é fina, jamais perderia a classe, mas com sutileza ela deixa claro sua insatisfação. Olho para a mãe de Peter que está sem graça.
— Ele também gosta muito de todos vocês, ele vem aqui mesmo com a Lara Jean na universidade. É bom, ele tem o Dan como referência masculina.
— Ah sim Dan ama ele, e cuida dele por que sabe que ele "ama" sua filha e cuida bem dela.
Quero correr, mas quero ver, Trina sorrindo alfineta, com tanta classe que chega a ser lindo. A Sra. Kavinsky, fica um pouco vermelha, ela entende o recado.
— Gosto muito também da Lara Jean, ela é um doce, e sei que ela tem uma influência positiva sobre Peter. Bem, eles se dão muito bem né?
Eu dou um sorrisinho acho que feliz em ouvir isso.
Peter sempre que vem na semana, dá uma passada para ver Kitty e papai. A mãe de Peter, parece que fica feliz em ver como meu pai trata ele.
Quando a família de Peter vai embora, corremos até Trina, e Jenna e eu enlouquecidas.
— Trina, como assim ? Que coragem e que ... classe.
— Eu não quero jamais que ela interfira na vida de vocês e magoando principalmente você, nas minhas meninas ninguém mexe.
— Olha acabei de chegar, mas já gosto de você Trina.
— Isso aí Tri, defende a Lara Jean, mas só um pouco ela precisa aprender a se defender.
— Kitty- falamos juntas
— É verdade, ela precisa se impor, não pode abaixar a cabeça.
Mesmo não gostando concordo com Kitty, eu não gosto de conflito e deixo as vezes de me impor.

Eu e Peter tínhamos um plano, fugir, eu tinha medo de ir na mãe dele, como tinha medo do meu pai encontrar ele em casa. Como Jenna estava aqui, ela me deu força para me encobrir.
Peter subiu pela minha janela, tranquei a porta e era estranho, pensar no meu quarto, na minha cama que eu cresci e agora Peter está nela e com meu pai ali no outro quarto.
— Não precisamos fazer nada. Só quero ficar um pouquinho com você.
— Eu sei, eu também quero ficar com você. Mas acho que também quero me entregar para você, mas meu pai pode nos ouvir e não sei o que ele pode fazer.
Estamos deitados agarrados com a luz apagada, estamos nos beijando tento me controlar mais é mais forte que nós dois. Agora entendo a Margot, que queria dormir com Ravi na mesma cama. Quando você já esteve com a pessoa é difícil querer desgrudar dela. Estamos só nós beijando e acariciando, quando percebo, estou puxando Peter para cima de mim, eu não acredito que essa sou eu, ele me olha sorrindo e com o olhar malicioso, quando acho que vou soltar um gemido alto, ele cobre a minha boca com seus lábios. Ele é carinhoso e sempre está preocupado comigo, se estou sentindo dor ou estou gostando.
— Te amo Covey
Nos abraçamos e já estamos dormindo.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora