81 Eighty One

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Passamos a noite ao lado dele, eu e a Sra Kavinsky, todos foram embora, e ficamos esperando o médico vir de manhã para nós falar da situação.
Peter acordou melhor, com poucas dores e o tornozelo engessado. Eu fico tratando igual um bebê, dou o café da manhã quase que na boca dele.
— Você me acostuma mal Covey.
A mãe dele só fica nos observando de longe.
O médico deu alta e disse que ele vai precisar ficar afastado seis semana, não pode fazer esforço e nem jogar. Resumindo ele perdeu o final da temporada, ele reagiu muito bem, melhor do que eu esperava.
— Vamos acho melhor você ficar em casa Peter, assim não precisa fazer esforço.
— Mãe, não eu ainda tenho as aulas e tenho a Lara Jean, não precisa se incomodar.
— Filho você não entende, você precisa de cuidados, e não por mal, a Lara Jean estuda trabalha, acho que você deveria ficar em casa.
Ele segura a mão da mãe dele enquanto, eu olho assustada e tento sair da sala disfarçadamente, a conversa e deles.
— Volta aqui Lara Jean. — Ele me chama e olha carinhosamente para a mãe. — Mãe, não quero usar isso com você, mas já sou maior de idade, estou na faculdade e moro com a Lara Jean, então, acho que damos conta.
Ela segura as lágrimas, eu o ajudo a sentar na cama e se trocar.
— Podemos fazer o seguinte: Hoje você vai para a casa da sua mãe, e amanhã ou depois eu busco você.
— "NÓS" então vamos ficar na casa da minha mãe hoje e amanhã vamos embora.
Não quero discutir com ele, só balanço a cabeça e o ajudo a colocar a camisa e a calça. A mãe dele também ficou no olhando engraçado e fala.
— Você sabe que não pode ficar fazendo .. "coisas" não é ? Acabou de se sofrer um acidente.
Eu sinto que fiquei vermelha e Peter cai na gargalhada, eu olho para ele com cara feia, estou morrendo de vergonha.
— Ah mãe, não vamos fazer nada. — Ele coça a cabeça. — Você agora está morando com Mitchel, não vai ser difícil ficar longe dele por muito tempo? Dormir sem ele não é ruim? E só isso que eu quero, ou melhor, eu preciso.
Olho para ele que me dá uma piscadinha.

                               *********
Voltamos para nossa casa, aliás eu precisava voltar a trabalhar, e as aulas estão quase no final, preciso me esforçar o dobro agora, para poder ajudar Peter também, ofereceram para ele trancar o semestre, mas ele não quis. E disse que iria mandando para a aula.
A noite estamos sentados na cama, Peter fazendo massagem no meu pé, enquanto estou estudando, eu paro e percebo ele me observando.
— Qual era a surpresa que você iria fazer?
Na verdade estou ansiosa, não sei se ele me pediria em casamento, ou o que era.
— Pois é esqueci, e passou o clima.
Jogo o travesseiro nele que está rindo da minha cara. Ele se levanta e vai até a mochila que ele levou para a viagem, e fico ali com expectativa.
Ele está vindo na minha direção e deixa a mochila cair e fica de joelhos, nessa hora meus olhos estão arregalados, meu coração está batendo tão rápido, que não consigo ouvir nada, sem perceber estou com as mãos na boca.
—  Covey? — Ele me olha achando graça,  e se levantando.
Mas ele me entrega uns papéis na mão.
— O que é isso? — E sei que minha voz saiu frustrada.
— É a surpresa, por acaso conversei com Lucas e nos convidou para ir em NY ficar com ele, e também chamou você para ir conhecer essa editora.
Eu abro os papéis e vejo o roteiro e o convite da editora, me pedindo para levar meus trabalhos.
— Mas ... não entendi.
— Uma amiga dele trabalha nesse lugar, e quer conhecer você, eu enviei uma das sua matérias do jornal.
Ele se senta na cama e encosta na cabeceira.
— Não acredito que você fez isso?
Ele me olha assustado.
— Você achou ruim?
— Não, achei maravilhoso, obrigada não esperava por isso. — vou até ele e fico de joelhos e o abraço bem forte. —  Você é muito atencioso.
Ele está me beijando e segurando minha cintura, e rápido me vira e me deita na cama. E cotovelo apoia o peso do corpo, com a outra mão, alisa meu cabelo, e passa a mão pelo meu rosto.
— Me fala uma coisa. Você achou que eu iria te pedir em casamento?
Dou de ombros e olho para o outro lado.
— Um pouco. Sei lá,
Ele me dá um beijo bem tranquilo.
— Você ainda não está pronto para o pedido, você não tem certeza que quer.
— Eu quero sim. — Me ajeito e encaro ele.
— Na hora certa Covey, na hora certa.
Ele puxa meu corpo contra o dele, e começa a me beijar intensamente, beija minha boca, desce para meu pescoço.
— Não podemos fazer, você está engessado.
Ele faz uma careta para mim.
— Covey só meu pé está engessado, estou livre nas partes mais importantes. — Eu fico vermelha. — E estou com muita saudade. — Ele me beija demorado no pescoço. — De você e do seu corpo.
Ele acaba fazendo algumas cócegas em mim, brincando e matamos nossa saudade.

                              ***********
Peter colou a botinha agora no lugar do gesso, mas está se esforçando para ir as aulas, trocamos os lugares, agora eu que deixo ele na sala, e vou buscar quando vamos embora.
Ele tem gastado as horas que estaria treinando, ou se exercitando, estudando e procurando algumas vagas de emprego.
Ele disse que essa é a chance dele, de começar a procurar algo além do Lacross.
— Conversei com o Simon hoje. Pedi uns toque para saber por onde começar sabe, ele me disse que o trabalho que fiz ajudando o treinador administrativamente vai me ajudar.
— Que bom Peter, mas é isso mesmo que você quer? Por que quero que você faça o que te faz feliz.
— Tenho certeza absoluta.
— Estou ao seu lado para o que precisar. Vamos vem seu tortinho se apoia em mim.
— Você gosta de tirar sarro as minhas custas não é?
— Meu prazer.
Ele faz uma careta.
— Se minha perna estivesse boa, você iria ver só.
Fico provocando ele, gosto disso, ainda mais agora, que ele está limitado.
— Deixa você Lara Jean. — Ele enfia as mãos por baixo no meu braço e faz cócegas me fazendo quase cair no chão.
Eu me solto dele e corro de costa olhando para ele.
— Quero ver me pegar agora.
Ele olho para os lados e me dá uma olhar travesso, e assim que me distraio para olhar onde estava pisando ele posta ao meu lado e com o lado da perna boa, passa a mão na minha cintura e me levanta, e fico parecendo uma criança, quando o pai pega ela no meio, minha pernas e mãos ficam balançando.
— Chega me põe no chão. — Não consigo parar de rir. — Você ganha de mim até com um pé ruim.
Ele me solta e me abraça bem forte.
— Vamos para casa, agora preciso de repouso, você me fez fazer muita força.
Mesmo sabendo que ele é mais forte que eu nesse estado, ainda tento apoiar o corpo dele no meu ombro, só para ajudar ele a andar direito. E ele gosta. Ele já disse várias vezes que gosta que eu faça essas cosias, e sente paparicado por mim, reclamação dele, que as vezes tiro mais sarro dele, que ficar paparicando. E isso é verdade.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora