109 One Hundred Nine

943 49 45
                                    

Estou nostálgica, organizando a mudança na volta para a Virgínia, ficamos mais um mês em NY, principalmente por causa do meu trabalho.
Com a decisão de escrever, estava deixando o editorial, mas tenho um contrato para escrever e eles vão publicar. Esse último mês, tentei deixar o melhor trabalho. Hoje é o meu último dia, então só vou entregar e me despedir. Tentei não chorar, quando recebi algumas lembranças, e felicitações.
Fui deixar os últimos manuscrito na sala do Sr. Kornner, com um sentimento de paz.
— Obrigada por me dar essa oportunidade incrível, por me transformar nessa profissional.
— Obrigada você Lara Jean, por sua contribuição, como você vai está perto de uma de nossas editoras, vou te procurar tudo bem para um trabalho ou outro, uma consultoria. — Fico toda contente e agradeço a ele. — Uma pena você decidir pela maternidade e não sua carreira.
Inclino a cabeça e encaro ele, dou um sorriso o mais simpático que consigo.
— O amor e sorriso dos meus filhos, não tem dinheiro no mundo que pague. Vou fazer o que amo, que é escrever e ser mãe. Nunca me senti tão feliz na vida. — Cumprimento ele e saio da sala.
Não sei de onde tirei essa coragem, mas quando saio da sala dele, me sinto zonza, estômago embrulhado, vou no banheiro e coloco tudo para fora.
Antes de ir embora, me sento mais uma vez com a Clair na sala dela, e ficamos abraçadas por um longo tempo, e estamos as duas chorando.
— Não chore minha menina, não chore, estou orgulhosa de você. — Ela me pede para sentar e segura minhas mãos. — Eu te conheci a quase cinco anos, e só tenho orgulho, aquela menina sonhadora, apaixonada. Hoje é a mulher, realizada, sonhadora e mais apaixonada ainda. Com uma linda família. Seu nome ainda vai estar nos livros mais vendidos do New York Times.
— Obrigada você foi essencial.
Quando passo pela porta, fecho os olhos, volto até o dia que vim fazer a entrevista, e sorrio agradecida por onde cheguei. Só abro os olhos quando ouço Tommy me chamando.
Mamãe, mamãe. — Ele e Peter estão parados no mesmo lugar que a cinco anos atrás eu sai daqui, vou até eles e aperto fazemos cócegas.

************
Nossa última noite no nosso apartamento em NY, a casa está vazia, tudo encaixotado. Deixei Tommy e Peter em casa e dei uma última volta no bairro. E sorrindo de todas as aventuras, histórias e momentos que passamos aqui na cidade, me sinto em um filme, quando você vê as cenas passando por você.
Assim que entro em casa os dois estão brincando como sempre. Nem percebem minha presença, me encosto na ilha na cozinha e fico observando os dois, Peter joga Tommy de um lado para outro, beija a barriga fazendo cócegas, brinca, quando me vê, para na hora de brincar.
— Só um minuto filho. — Se aproxima. — Ei que cara é essa? Está chorando? Foi ruim o passeio?
Jogo um beijo para ele, e empurro uma caixinha de presente na frente dele.
— Presente de despedida? Não comprei nada para você amor.
Dou de ombros sorrindo, e espero ele abrir a caixinha. Quando ele tira a tampa, seus olhos estão arregalados, os olhos marejados. Ele aperta os lábios, balança a cabeça, e vem ao meu encontro, me dá um abraça bem apertado, e me joga no ar rodando comigo.
— Vamos ter outro bebê. — Fala gritando.
Eu não consigo falar nada, só consigo sorrir, ele me põe no chão, e me dá um beijo bem suave. E vamos até o Tommy, pegamos ele no braço.
— Você vai ter um irmãozinho. — A faz cócegas na barriga dele, que se inclina.
— Ou irmãzinha, vai saber.
Peter me dá um olhar tão meloso, tão doce. Eu com Tommy no colo, Peter me abraça e, beija várias vezes minha bochecha e nos tira do chão.
— Peter você vai nos derrubar.
— Sou o homem, mais feliz e ainda forte, consigo carregar as três pessoas, mais importantes da minha vida.
— Você é bobo. — Ele nos coloca no chão.
Vamos dormir os três juntinhos na cama, ele fica sorrindo o tempo todo.
— O que foi?
— Nada, só estou feliz. — Tenho uma crise de riso, e ele me olha como se eu estivesse louca.
— Aiai, a UVA, nosso bebê número dois foi concebido lá. Numa cama universitária.
— Já disse que somos diferentes o bebê número um temos quase certeza que foi concebido, no áudi.
Olho para ele e começamos a rir juntos.
— Espera. — Ele vai até minha barriga, me desenrola com cuidado para não acorda o Tommy que está agarrado em mim. — Como foi o Tommy foi assim e com esse também vai ser. Ei bebê aí de dentro, precisamos saber quem é você logo para poder parar de chamar de bebê número dois. Só quero dizer, que você é muito amado. Estamos ansiosos por você. Você vai ver somos muito legais, e seu irmão e um carinha gente boa. — Ela dá um beijo na minha barriga.
— Você vai conversar todo dia com ele?
— Sim, para ter certeza que ele se sente especial e amado por nós. — Olho tão doce para ele.
— Como posso amar você mais ainda.
Nos aconchegamos bem próximos e dormimos juntos.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora