Para viver intensamente. (Editando)

78 Seventy eight

A minha coluna no jornal, nos surpreendeu com a quantidade de leituras. Iniciei com as histórias conhecidas, mas logo, começamos a receber alguns e-mails, mensagem e até cartas. As pessoas nos escrevem sua história, e eu as transcrevo, lógico que de uma forma mais formal e as vezes poética. No inícios estávamos fazendo uma fez por semana, agora já estamos lançando duas vezes na semana, e alguns estão pedindo para mais vezes.
Eu particularmente amo ler as histórias, algumas são até pedidos de amizades, outras são declarações, e meu lado romântico está aflorado.
Essa semana tem chovido bastante aqui na Virgínia, praticamente todo dia. Na maioria tivemos sorte, quando estávamos chegando em casa caiu a chuva, então nos molhamos poucos. Hoje não é diferente, então pretendo sair rápido por parece que vai chegar mais rápido hoje. Mas assim que saio encontro Peter me esperando.
— Achei que sairia mais cedo hoje por causa da chuva.
— Ah sim o treino acabou mais cedo, mas eu queria te esperar.
Na hora a chuva começa a cair.
— Droga, não consegui sair antes da chuva.
— Vamos esperar ou quer arriscar ir na chuva?
— Acho que vamos ... vamos correndo, ainda está um pouco fraca.
Ele pega as minha coisas e coloca no ombro por baixo do casaco dele.
— Pronta ? Vamos.
Ele me puxa e saímos correndo na chuva, conforme corremos pelo grama pisamos nas poças de águas e parece que nos molhamos mais. Quando achamos uma cobertura ou uma árvore, paramos um pouco para respirar, eu na verdade.
— Precisamos aumentar sua resistência em Covey.
Reviro os olhos para ele.
— Vamos andando agora, já estamos molhamos mesmo e não falta muito.
— Você quem manda.
Caminhamos pela chuva e Peter me abraça para tentar me proteger da chuva me colocando em baixo do casaco. Estamos perto de casa, ele me olha sorrindo me para, e puxa e me beija com toda a vontade do mundo, como se não estivesse chovendo.
— O que foi isso?
Ele abre um sorriso presunçoso.
— Você disse uma vez que seu momento mais romântico foi com o McClaren na chuva. — Ele faz uma careta. — Então quero seja o meu ou melhor o nosso momento romântico na chuva
— Peter. — Dou risada. — Como você lembra?
— Eu já disse que presto atenção em você, muito mais do que você imagina. Mas e aí esse pode substituir aquele momento? — Ele sorri.
— Peter já tivemos tantos momentos muito mais românticos que aquele, mas sim.— Eu gosto de provocar ele. — Quase substitui.
Ele me olha como se eu tivesse desafiado ele, e continuo andando, ele me puxa de volta.
— Espera aí.
Em um impulso ele me ergue no colo e envolvo minhas pernas na cintura dele.
— O que você está fazendo?
Ele começa a me beijar.
— Igual nosso primeiro beijo, e aquele filme que você me fez assistir.
— O diário de uma paixão? — Jogo a cabeça para trás de tanto gargalhar.
Lembro que comentei com ele que achei muito romântico beijar daquele jeito na chuva e o Noah carregar a Allie para casa beijando.
Ele começa a me beijar, e me agarra com força para me segurar.
— Agora vai ter que entrar comigo em casa assim, igual no filme.
— Com o maior prazer.
Ele com um brilho nos olhos cheios de malícia.
Lógico que nem tudo é igual a filme, chegamos na porta, ele começa a procurar a chave.
— Me põe no chão que eu procuro.
Ele faz um cara feia, e para me sustentar no colo, encosta uma perna na parede e com a mão solta procura a chave nos bolsos.
— Achei!
Entramos agarrados assim em casa e ensopados, e não consigo não rir.
— Covey, você também não leva nada a sério.
Ele parece chateado, ainda nos braços dele, seguro o rosto dele com as minhas mãos.
— Peter tudo com você é romântico e engraçado.
Ele me olha tão intenso que sinto que se ele não me segurar eu caio. Deitamos no sofá molhados mesmo, e ele me beija e temos dificuldade de tirar as roupas que estão encharcadas e parecem grudar no corpo.
Quando conseguimos nos livrar das roupas, estamos batendo os dentes de frio.
— Que tal terminamos isso no banheiro, com o chuveiro bem quente.
— Melhor você vai ficar gripada.
Vou andando garrancho meu corpo com os braços para espantar o frio e me tampar também.
— Você não vem?
Ele vem correndo, me abraça e fazendo cócegas e me beijando no pescoço, me guia até o banheiro.