Não queria assumir para ninguém, que estava com medo. Queria mostrar que era independente. Logo que cheguei na UNC, procurei a reitoria, professores e coordenadores, para explicar tudo o que aconteceu.
Jenna estava praticamente morando no nosso dormitório, primeiro que Beth não apareceu na segunda, e ela estava com medo de dormir sozinha lá. Na verdade todas estávamos com medo de Noah, mas era um assunto que parece que fingíamos não estar ali.
Não o vimos durante toda a semana, nem Beth deu sinal de vida. Isso estava me assustando, mas mantive o orgulho.
Acredito que isso chamou a atenção do coordenador de quartos, que conseguiu uma transferência para Jenna para o quarto da frente, pois desde que voltamos semana passada ela estava dormindo, tomando banho, bem morando aqui. Ela estava mais tranquila, estamos na porta da frente se ela precisar, e sua colega de quarto novo, era bem tranquila, se chamava Lily, era alta e magra, participava do time de basquete feminino. Recebeu Jenna bem, e disse se alguém tentar qualquer coisa com ela, era para contar com ela, que ela iria dar uma surra. Rimos, mas sentimos uma certa confiança nela.
Hoje estamos só eu e Lucy no quarto. Pela primeira vez desde o episódio da semana passada.
— Lara Jean, estou com medo, mas eu quero viver sabe.
— Eu também Lucy, quero voltar a rotina.
— Hoje teremos um encontro no quarto de uma companheira de aula, Emma, ela é do outro dormitório e estou querendo ir. Vamos ? Vai ser legal, nos três.
— De verdade Lucy, não estou muito afim de ir, mas arrasta a Jenna, ela precisa se distrair desde o sumiço da Beth.
— E sinistro né ?
— Não me leve a mal, não quero falar nisso.
Lucy convence Jenna de ir, nos entre olhamos e ficamos em silêncio, não tocamos no assunto. Ainda não vimos Noah, nem Beth deu sinal. Mas evitamos conversar.
Estou sozinha, sentada na cama, meu coração está acelerado a mil por hora. Mando uma mensagem para Peter, que responde logo em seguida, me deixando calma. Ele está sempre alerta, acredito que isso ele está tentando provar para ele e para meu pai que pode cuidar de mim.
Estou lendo um livro, ouvindo algumas músicas. Quando lembro de trancar a porta, Lucy foi sem a chave reserva, mas na altura do campeonato eu não me importo de levantar para abri. Prefiro ficar seguro e acordar de madrugada para ela, do que ficar com medo.
Estou voltando para minha cama, quando ouço bater na porta. Não sei se é minha imaginação ou não. Pergunto quem está lá e ninguém responde, mando mensagem para as meninas e nada. Acho que ouvi novamente outra batida na porta, luto contra essa vontade, por que quero mostrar que sou capaz, mas a primeira coisa que faço e ligar para Peter. Não sei por que fiz isso.
— Covey, calma, você só esta apavorada, mantenha a calma.
Ele me manda colocar dois filmes que gosto, e que de preferência seja bem leve e que me tranquiliza. Não entendi o por que de dois filmes, mas percebo que funciona só um pouco, estou acabando o segundo, quando ouço bater na porta. Fico imóvel na cama, não consigo respirar. Quando percebo estou trancada no banheiro.
— Covey? Amor ? Sou eu abre a porta.
— P-p-Peter ?
— Sim amor.
Não confio, será que é ele ? O que eu ele estaria fazendo aqui, se for "alguém" imitando ele.
— Eu sei que está com medo amor, então me liga para ter certeza.
Faço o que ele está mandando eu fazer, e vejo que é ele mesmo que está na porta. Corro para abrir, quando vejo Peter, chego até a suspirar de alívio. Pulo no seu colo e o abraço tão forte e percebo que estou chorando.
— Calma Lara Jean, estou aqui.
— Mas ..
— Eu sabia que estava com medo, então .. vim o mais rápido possível, por isso mandei colocar esses filmes, era o tempo de chegar.
Estamos deitados na cama, e tento me afundar o mais profundo em Peter. Ele realmente me acalma, me trás segurança, me assusto por todo esse sentimento, não queria que fosse assim, queria ser forte, mas percebo que gosto, e como se eu soubesse que eu sou dele e ele é meu.
— Eu não consigo.
Ele sorri, para me acalmar.
— Consegue, você é forte.
— Não meu pai tem razão, preciso de você. Preciso de segurança, não sei me virar sozinha.
— Bem, eu fico feliz por isso, mas também fico triste, por que acho que forçamos você a sentir isso, mas não quero que tome qualquer decisão por medo, ou apressada, se for para mudarmos, será além só do medo, e sim da companhia.
— Eu quero sua companhia, mais que tudo.
— Eu também quero a sua. Amanhã passamos o dia e conversamos mais sobre isso.
— Como assim ?
— Peguei uma folga amanhã. - ele sorri. - vamos tentar ver o que acontece.
Como posso amá-lo tanto ? E cada vez mais, ele abriu mão de tudo para ficar comigo. Dou uma abraço forte, e sinto o cheiro dele, seu perfume e sabote Dove, que eu amo, esse é o cheio dele. Então começo a beijar Peter, e estou começando a tirando a camisa dele.
— Ei .... não vim por isso você sabe né ?
— Eu sei, mas por que não aproveitar, e .. estou com saudade, com vontade e ... amo você. Esse dias não conseguimos dar nem um beijinho, e nos reconciliamos não foi ? e dizem que sexo dê reconciliação e ótimo.
Peter me olha sorrindo, estou em cima dele, beijando seu pescoço de leve e retirando toda a sua camisa, ele me olha dá um sorriso, e ele é tão forte, e rápido que me segura e me gira na cama, e de repente estou deitada por baixo dele. Ele me beija, devagar, desce até minha clavícula, e começa a tirar minhas roupas, e me acariciando.
— Você não existe Covey.
Puxo ele insistindo por contato com sua pele. Como Peter sabe fazer as coisas, como ele me envolve, como é maravilhoso tudo com ele, ele realmente sabe o que fazer.
Estamos deitados, sem fôlego e olhando um para o outro.
— Bem, acho que teríamos mais isso, se estivéssemos na mesma universidade.
— Não me tente ... você sabe, que se você ... - ele faz um pausa me olha profundo, Peter sempre é muito gentil comigo, sempre me deixa no controle. - me permitir não vou te deixar em paz.
— Eu também não te deixarei.
Ele começa a rir.
— Eu falo sério. - Sinto meu rosto queimar, por que sei que quero falar mais. — Quero mais disso, e mais coisas.
Ele me olha como se estivesse surpreso.
— Tudo no seu tempo, quando você estiver mais a vontade eu farei tudo o que você quiser. Começo a rir junto com ele e o abraço mais forte ainda, e fico pensando em como Peter realmente me acalma e me deixa tão, em paz. Por mais que meu lado, que não aceite mulher viver assim brigue comigo, eu gosto de me sentir seguro. Fico tão em paz com ele aqui, que me esqueço que estava com medo e até que mandei mensagem malucas para as meninas, só lembro quando Lucy e Jenna entram no quarto correndo sem fôlego. Lógico que Peter está alerta, com tudo que rolou, levanta meio no impulso. E vejo que ele também está com receio de que algo possa acontecer.
— Oh, me desculpe. Eu não sabia que estava aqui, vi sua mensagem e te ligamos e você não atendeu.
— Viemos correndo. — Lucy fala quase gritando. — Bem agora eu entendo o por que não atendeu.
— Como vocês não responderam liguei para Peter que chegou aqui, de surpresa.
— Bem, vou deixar vocês em paz. Jenna, dormirei com você.
— Aiii que saco em, vamos logo, acho que eu quero um namorado logo, cansei de dormir com meninas, dê preferência, sem ofensa Lara Jean, um Peter. Será que consigo? Você largou tudo mesmo e veio socorrer essa maluca ?
Olho para Peter, ele ama ser elogiando e está todo convencido.
— Obrigada meninas. Bem ... largo sempre que for preciso.
Por mais que eu odeio isso nele, sorrio por que realmente eu tenho sorte. Quem larga tudo e dirige por três horas e meia, para socorrer a namorada paranóica. Nos olhamos.
— Eu te amo!
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Para viver intensamente. (Editando)
FanfictionQuando Lara Jean e Peter entram na universidade, se deparam com o amor a distância, a saudade e o amadurecimento dos dois como um casal e engrenando na vida adulta. Eles querem viver intensamente tudo.