88 Eighty Eight

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Estou indo para casa do meu pai fazer o festival de biscoito de Natal com a Kitty, saímos do trabalho direto. Peter colocou música de natal no carro, para eu já entrar no "clima".
— Amo o natal, sempre achei que tem algo mágico, as músicas, a neve, as comidas, os presentes, até os filmes tem um certo charme. E você Peter?
— Sinceramente só depois de estar com você, que eu aprecio o natal.
— Você não gostava antes do natal?
— Sei lá, não achava muita graça.
— O que mudou?
— Você é claro, e sua família também, toda a empolgação com a decoração, o festival de biscoitos de natal, os presentes, as músicas de natal, e claro não vamos deixar de fora os filmes.
Claro Peter no início era contra filmes de comédia romântica, mas agora ele é o primeiro a me chamar para assistir assim que lançam uma nova, é óbvio que eu tenho um carinho especial por todas as natalinas.
Assim que chegamos Kitty já está com as revistas espalhadas pelo chão da sala, Trina está no sofá com uma xícara de chocolate quente.
— Atrasados. Já estava achando que não viriam mais para o Festival.
— Nossa Kitty, tudo bem? E aliás nosso trabalho fica distante.
— Ela não estava me dando sossego. Vamos iniciar então. — Trina se ajeita e pega uma revista.
Já estou me sentando e pegando as revistas nas mãos, Trina nos trouxe umas novas.
— Katherine você nem fala mais comigo?
Peter faz cara de magoado para ela.
— Não há tempo Peter, ou ajuda ou vai lá para cozinha comer o que meu pai está fazendo.
— Eu faço parte do conselho também. — Peter faz cócegas nela, e ela se contorce e sai de perto dele.
— Vamos então as escolhas.
Já estou com meus prediletos separados. Lógico que cada um tem a sua escolha, e discutimos por algum tempo sobre qual vamos fazer, claro que é minha parte predileta, depois de resolvermos quais sabores e quais biscoitos, sentamos na mesa e comemos um lanche que meu pai fez.
Acabamos mais tarde do que planejava e meu pai insiste para ficarmos, preocupado com o caminho, e também por que estamos cansados de mais.
— Mas Peter não tem roupa para dormir.
— Pega um pijama meu, pode ficar um pouco mais folgado, mas é só para dormir.
— Tudo bem, mas vamos sair bem cedo amanhã.
— Prefiro ao invés de sair essa hora.
Estamos indo para meu quarto e vejo meu pai olhando de canto de olho, ele não gosta muito que dormimos juntos, mas hoje não falou nada.
— Faz tempo que não dormimos juntos no seu quarto Covey.
— É verdade, nossa não lembro a última vez.
Ele se deita na cama, e me abraça.
— Saudades do seu quarto?
— Talvez da minha individualidade.
— Então não gosta de dividir comigo?
Para provocar ele, eu continuo.
— Você é bagunceiro, e é homem, e tem suas roupas de academia. — Faço cara de nojo.
— Ah é assim?
Ele começa a me atacar fazendo cócegas e não consigo me defender. Quando esgotou quase sem fôlego ele para.
Peter se levanta e começa a se arrumar.
— Onde você vai.
— Você não gosta de dividir comigo o quarto.
Dou um pulo e fico de joelhos na cama e puxo o braço dele, que volta escondendo o riso.
— Fazer o que. — Dou de ombros e rindo da cara dele. — Mas já faço isso a ... — Para para fazer as contas. — Peter estamos morando juntos a quase três anos. Você acredita? Mas eu gosto, então volta para essa cama.
— Agora gosta de dividir comigo?
— Não consigo ficar sem você.
Ele balança a cabeça, me abraça e puxo ele para deitar ao meu lado.

************

Combino com a Kitty de vir no final de semana para fazer se não todos, pelo menos uma parte dos biscoitos, ela não gosta muito, mas tem que aceitar, não tenho mais tanto tempo livre como antigamente, e claro Peter e eu estamos aproveitando, vamos em festas, bares, shows e até algumas viagens rápidas.
Mês passado depois do Halloween decidimos que iríamos para a Flórida, Jenna queria ir para a Disney, então no final de semana seguinte decidimos ir, Simon, Jenna, Peter e eu, mas a empolgação acabou logo nas primeiras três horas de viagens, estávamos cansados de ficar no carro e percebemos que não iríamos aproveitar nada, chegaríamos muito tarde, então paramos no primeiro hotel na estrada e voltamos no dia seguinte. Não foi o melhor passeio mas foi muito divertido e espontâneo.
Então no sábado já acordo cedo, Peter ainda está na cama, preparo um café para ele e levo na cama.
Ele está se espreguiçando e me olha sorrindo.
— Café na cama, um acho que você nunca fez isso, o que aconteceu? Vai me deixar.?
— Para de ser bobo Peter, já estou saindo, mas queria fazer um agrado.
— Onde você vai cedo assim?
— Fazer os biscoitos com a Kitty.
— Por que não faz aqui?
Ele se ajeita na cama e pega o café.
— Bom, as coisas já estão lá, e também sempre fiz lá, e sabe o cheiro de natal? da decoração, da árvore que já está montada, e o que me faz pensar, por que nunca montamos uma árvore?
Ele da de ombros e pega uma panqueca.
— Podemos colocar umas decorações, estamos sempre estudando muito nessa época, e nunca paramos para ver isso.
— Quem sabe ano que vem? Mas preciso ir agora, tem certeza que não quer ir?
— Preciso estudar lembra? Preciso acabar bem essa matéria.
— Tudo bem, volto no final do dia.
Dou um beijo nele de despedida.
— Vou estar aqui te esperando.

                         ***************
Kitty, Trina e eu estamos fazendo as massas, preparando, e como sempre tudo vira festa, estamos sujas de farinha, a casa tem farinha por todo lado.
Trina as vezes parece a mesma idade da Kitty, mas de uma forma positiva, igual uma mãe.
— Que bagunça é essa?
Meu pai entrou na cozinha e nos viu, e com toda a farinha, recheio e bagunça por todo lado.
— Foi culpa delas.
Aponto para as duas que estão me olhando com cara feia.
— Dedo duro em Lara Jean. — Kitty fala brigando.
— Não quero saber quem é a culpada, eu não vou limpar.
Ele fala brincando é claro, ele sempre participa, ele se senta na bancada e pega um pedaço de um dos recheios e nos observa.
As massas estão prontas, estamos começando a preparar os biscoitos e meu celular toca.
Alô ... oi Sr. Clivel ... quando hoje? ... tudo bem, vou correr para encontrar ela.
Quando desligo vejo os olhos curiosos em cima de mim, e estou parada sem acreditar.
— Vou precisar ir embora.
— Mas o que aconteceu?
— Meu chefe, quer que eu acompanhe a diretora editorial a uma viagem de última hora para um lançamento de uma novo livro.
— Querida isso é maravilhoso, vai o que está esperando aqui ainda. — Trina pulando de alegria e me empurrando.
— Preciso ir para casa ... fazer uma mala, mas e os biscoitos?
— Vamos deixar esses prontos e tentamos terminar o restante antes do Natal. — Ela continua.
Me despeço e saio correndo, não consigo pensar direito. Preciso avisar o Peter, ligo mais ele não atende.
Chego em casa quase igual um furacão, e me esbarro nunca caixa.
— Aiii
— Lara Jean? Mas, mas você chegou cedo?
— Peter você não acredita .. — Antes de continuar olho ao redor. — O que são essas caixas? E .. uma árvores de natal? Peter você estava decorando.
Ele passa a mão na cabeça e faz uma careta.
— Era para ser uma surpresa, mas o que aconteceu?
Enquanto estou arrumando uma mala para levar minhas coisas vou explicando para ele da viagem, que vou acompanhar, e que me escolheram. Ele me ajuda pegando as coisas que vou esquecendo, escova de dentes, etc.
— Isso vai ser ótimo para você.
— Eu sou novata e já estou participando de viagem assim, e ainda vou ajudar a escrever sobre o lançamento. — Eu paro e olho para ele. — Você estava fazendo uma surpresa para mim.
Largo as coisas e dou um abraço nele, e fico ali observando o seu rosto. Como amo esse rosto.
— Vai estar pronto quando você chegar, eu prometo, agora vai conquistar o mundo.
Peter me leva até o ponto de encontro onde vou encontrar a Clair a diretora. Estou tremendo de nervoso, de ansiedade e empolgação. Quando vejo ela no café, meu coração salta.
Ele me acompanha até o café, carregando minha bagagem.
— Olá Clair, estou pronta.
— Lara Jean, que bom que você aceitou, vai ser incrível, e você? — Ela vira para Peter. — Prazer Clair Porterffield.
— Me desculpe, esse é o meu, namorado Peter Kavinsky.
— Prazer Sra. Clair.
Ela fica encantada olhando para ele, o charme dele de sempre, que encanta todas.
— Amor estou indo, qualquer coisa me liga, você sabe. Amo você, e arrasa.
Nos despedimos e fico ali eufórica por tudo.
— Seu rapaz é muito lindo, agora vamos que está ficando tarde, e quero ouvir a história no caminho, amo histórias de amor.
Meus olhos brilham, eu e a Clair, não passamos muito tempo na companhia uma da outra, mas tenho a sensação que vamos nos dar muito bem, e saio cheia de esperanças.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora