72 Seventy Two

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Na manhã seguinte acordei com os olhos inchados e toda dolorida de ficar na poltrona perto da janela, eu olhei para a cama e Peter não estava, levantei e andei pelo quarto olhando perdida, fui para a cozinha procurando Peter e tentando me acostumar com o lugar a sensação é que acordei em um lugar estranho, me invade uma sensação de vazio. Eu vou olhar meu celular, não tem mensagem do meu pai, que aperta meu coração, nem do Peter, só da Margot desejando boa sorte nessa nova fase.
Ligo e mando uma mensagem para ele que não atende e não visualiza, desisto e vou tomar um banho. Peter já colocou todas as minhas coisas de banho no banheiro, só preciso achar minha toalha e meu roupão. Me sinto tão mal que decido tomar um banho e lavar os cabelos, então fico em baixo e ligo o chuveiro e solto o grito.
- Aiiiiiiiiiiiiiii.
A água está tão gelada que parece que caiu gelo na minha cabeça. Na mesma hora ouço derrubar alguma coisa dentro de casa e passos correndo, eu me apresso pra me enrolar na toalha e trancar a porta. Ouço bater na porta e estou com medo.
— Lara Jean. — Eu solto um suspiro. — O que aconteceu? Está tudo bem? Abre a porta.
Tremendo abro e ele está com os olhos arregalados para mim.
— Eu queria tomar um banho, aí a água caiu muito gelada, eu sabia que não estava então eu ouvi derrubar algo e correr, fiquei com medo.
Ele balança a cabeça dando risada.
— Eu vi que o chuveiro não estava funcionando e fui buscar algo pra arrumar. Quando estava entrando ouvi seu grito e sai correndo.
Acabamos rindo os dois. Me afasto coloco um roupa por que ele disse que chegaria o responsável da casa para arrumar. Ele me deixou um pão de canela eu comi e me sentei no sofá e fiquei olhando o celular e chorei mais um pouco. Nada de mensagem do meu pai.
Peter levou o rapaz até a porta, e ficou me olhando coçou a cabeça.
— Se quiser tomar banho já está pronto.
Olho para ele balanço a cabeça e volto para tomar o  banho. Fico lá um tempo, debaixo do chuveiro, depois saio coloco outro pijama, e fico ali andando de um lado para o outro no quarto, Mexo em uma coisa e outra, e me sento na cama e encosto na cabeceira da cama e abraço as pernas. Peter entra no quarto com a cabeça baixa, e senta na cadeira perto da janela sem me olhar.
— Você está infeliz? Quer voltar para o dormitório? Ou ficar na casa do seu pai? Já vi se quiser podemos nos desafazer daqui, ainda dá tempo.
Olho para ele confusa, não entendendo o que ele quer dizer.
— Peter o que você está dizendo.
Ele levanta a cabeça e me olha com os olhos mais triste que eu vi, e abaixa a cabeça novamente.
— Você está triste aqui, chorou a noite toda, não comeu, não mexeu em nada das suas coisas e .... sinto muito não foi assim que eu imaginei nossa primeira noite aqui. Nem o primeiro dia, então não vou forçar você a ficar aqui, se quiser eu te levo embora agora. Sem problemas, só não quero que você fique triste.
Eu fico olhando ele tão vulnerável ali sentada, sofrendo por mim, mas disposto a deixar sua vontade de lado e fazer as minhas. Me levanto da cama e vou na direção dele tiro as mãos dele que estão fechados no colo e me sento, coloco a cabeça no ombro dele e passo o braço pelo pescoço. Fico assim alguns segundo e choro no pescoço dele. Ele fica imóvel mas acaricia meu braço.
— Eu não estou triste por estar aqui, mas saber que meu pai esta desse jeito comigo, está acabando comigo, sempre fiz de tudo para não desagradar ele, e agora sinto que decepcionei ele.
Ele me abraça bem forte, e passa a mão nos meus cabelos.
— Eu só estranhei um pouco a casa quando acordei, e também não achei você.
Ele deu um beijo na minha testa.
— Não vou te forçar a nada, você sabe né Lara Jean? Pode me falar a verdade a qualquer momento.
Ficamos ali um tempo aninhados um no outro, ate Peter precisar ir na UVA assinar as papeladas para a nova temporada. Falei com a Trina, e ela disse para eu dar um tempinho para meu pai que tudo vai dar certo. Respiro e penso como Peter está inseguro em relação aos meus sentimentos sobre morar juntos. Tenho uma ideia, mexo nas coisas e vejo que temos poucas coisas, mas faço uma janta improvisada, arrumo meu cabelo, coloco uma lingerie que ele gosta, e deixo a luz apagada, só acesa a do quarto e os abajus perto do sofá, para dar impressão de estar luz de velas. Fico ansiosa para ele chegar.
Ouço a chave girar e fico ali com expectativas, e ele entra de cabeça baixa e quando ele levanta a cabeça, arregala os olhos para mim.
— O-oque, ual, você está maravilhosa, e o que é isso, vai até a mesa.
— Eu queria fazer algo, mesmo atrasado, para inaugurar nossa vida juntos. Mas não tinha muita coisa para cozinhar.
— Eu trouxe sua comida favorita, então vamos comer essa aqui, que não essa aí não está  com as melhores caras.— Ele faz uma careta. — Mas antes estou com vontade de fazer uma coisa.
Ele passa a mão na mesa e joga as coisas longe.
— Peter ...
Ele me pega no colo me coloca na mesa e começa a me beijar loucamente.
— O que você está fazendo?
— Sempre tive vontade de fazer isso.
Ele continua a me beijar e segurar, alisar e apertar minha perna.
— Na mesa?
— Podemos fazer onde quiser agora e sem precisar pedir para ninguém sair, então estou louco para fazer isso.
Dou uma gargalhada.
— Você é maluco Peter isso sim, vamos para o quarto, não sei se essa mesa nos aguenta.
Ele me puxa e eu amarro minhas pernas na cintura dele e vamos assim agarrados nos beijando, enquanto eu vou tirando a blusa dele e ele caminhando até a cama. E assim comemoramos nossa nova fase em nossa vida.
Logo que comemos e voltando para a cama, e damos mais uns amassos Peter adormece, eu fico inquieta, me levanto pego meu bloco de notas me sento na poltrona e começo a escrever. No início eu pensei que seria um poema, mas perdi a noção da hora e do que estou fazendo, escrevi quase dez páginas. Quando paro um segundo, e leio, percebo que escrevi uma história, curta mais eu escrevi. E fico ali olhando o quarto, a lua pela janela e Peter na cama que é minha visão favorita. E tenho a sensação de que tudo está se encaixando esse momento, esse lugar me deu uma certeza: Meu futuro.
Eu estava em dúvida do que eu gostaria de fazer, mas quero escrever, isso e muito mais. volto para a cama e me aconchego em Peter, nem tudo está perfeito, preciso resolver as coisas com meu pai e com a mãe de Peter, mas sei que de uma forma tudo está se encaixando.

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Oi pessoal me desculpe a demora de entregar mais capítulos para vocês. Vou entrar os atrasados o quanto antes.
E me sinalizem se está bom, ou preciso melhorar alguma coisa. E se estão gostando, jaja estaremos encaminhando para o fim.
Beijos

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora