36 Thirty Six

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Fico nostálgica pelo encerramento do meu primeiro ano na faculdade, consigo finalizar com as melhores notas que eu esperava, já me despedi de professores e alguns auxiliares, e estou ansiosa para ir para casa, ansiosa não, estou preocupada, desde ontem só consigo pensar em todas as coisas que podem ter acontecido. Estou perdida em milhares de pensamento, a gratidão desse encerramento e o principal, eu e Peter conseguimos superar esse primeiro ano morando distantes, quando eu levanto a cabeça e vejo a melhor vista, aquela que me trás arrepios em todo o meu corpo, a visão de Peter parado ali me esperando.
Quando ele me vê, abre aquele sorriso o maior e mais bonito de todos o que o deixa mais lindo ainda. Antes eu me incomodava das meninas ficarem olhando, acho que a palavra certa é secando ele, mas hoje eu até gosto, por que eu sei que você lê é o meu. Eu me aproximo e ele passa o dedo pelo passador da minha calça e me puxa e fica parado me olhando, e eu fico lá com expectativa esperando ele me beijar.
— Não vai me beijar ?
— Estou só admirando o seu rosto, gosto de te olhar
Ele passa o rosto na minha bochecha e solto um risinho.
— O que foi ?
— Sua barba, faz cócegas.
— Então vem cá que vou fazer mais. - ele me puxa e esfregando a barba no meu rosto e no pescoço e me contorço de tanto rir.
Dou uma leve observada e vejo alguns olhares em nós, alguns são de incrédulos, da para ver nos olhos de algumas garotas se perguntando o que ele faz comigo. Recentemente em uma aula, uma menina puxou conversa comigo e do nada ela soltou— Como você agarrou aquele "Gato"? - A pergunta que que ela queria de verdade era fazer era: — O que ele faz com você? Os olhos incrédulas em mim, como se não fosse possível ele estar comigo. Então eu a vi de longe nos observando boquiaberta. Senti um prazer mesquinho, então abracei Peter e dei o beijo mais quente que eu conseguiria ali naquele momento e até esqueci que estávamos em público.
— Estava com saudade, vamos logo para começar a matar ela.
Ele me abraça por traz e fica dando vários beijos no meu pescoço e bochecha e saímos andando assim, e não consigo não sorrir. Gosto disso em nós, dessa leveza, dessas brincadeiras, desse nosso jeito, principalmente do jeito de Peter de brincar de ser ele mesmo quando estamos juntos e não o Peter Kavinsky, que todos o rodeiam.

*******
Peter entra com os olhos arregalados.
— Mas já está com as malas prontas ? Achei que eu ficaria a tarde toda arrumando sua mala.
— Está pronta faz dias, vamos quero ir para casa o quanto antes.
— Calma, vem cá.
Ele se deitou na minha cama e está me puxando para deitar com ele, eu não consigo dizer não para ele, então me deito ao seu lado, ele passa os braços em volta e me aperta.
— Não vejo a hora de estar aqui com você. - e me beija na bochecha várias vezes. — Você vai me deixar dormir com você sempre ?
— Não sei!
Peter se levanta e me encara com um olhar de espanto, não conversamos muito sobre isso.
— Mas ... eu achei ..
Olho nos olhos dele.
— Eu tenho medo de ... - ele está me olhando sérios e aflito, como se eu estivesse preste a estragar todo os planos dele. — Sei lá perder esse... toda essa adrenalina, toda essa empolgação, quando eu te vejo, minha vontade é de - faço uma pausa e sei que estou vermelha em falar, e Peter está me olhando atento, e continuo bem baixinho. — arrancar sua roupa e pular em você.
Peter solta uma gargalhada alta e fico ali perdida.
— Covey, não vamos transar todo dia se isso que está com medo, mas só se você quiser. - ele ri com malícia nos olhos. - Podemos dividir dormir juntos um dia sim outro não. Vamos ver quando chegar a hora enquanto isso. - ele levanta os braços e dá um sorriso, o mais lindo que eu já vi. — Arranque a minha roupa.
Com ele é impossível ficar sério, começo a dar risada, mas fico tentando, por que tê-lo ali a um braço de distância e saber que é todo meu, eu levanto a camisa dele e passo a mão pelo seu corpo e fico ali admirando, cada vez mais ele está mais forte mais definido, isso tudo se deve pelos treinamentos de Lacross, ele conseguiu ser um dos jogadores principais e mais importantes, mas isso o rendeu muito mais tempo de exercícios. E isso me deixa tentada mas quero correr logo para casa, então eu empurro um pouco e vou me levantando da cama.
— Precisamos ir embora, sei lá tem algo rolando lá e quero chegar o quanto antes, quem sabe a noite.
— Covey, fala sério, hoje não teremos tempo.
— Como assim ? Você sabe de algo e não quer me contar ? - falo me aproximando dele e ele fica meio sem jeito.
— Não e isso, mas a Margot chegou hoje também, e você sabe como vocês são, não vou impedir de ter o momento das irmãs Song. E todo vão ficar te paparicando e eu vou ficar de lado. - Ele faz beicinho e não aquento.
— Você sabe que eu não posso ver você fazendo isso né ?
Ele está de joelhos na minha cama, então eu me levanto e passo as pernas em volta da cintura dele e agarro o seu pescoço e começo a beijar, dou pequenas mordidas na orelha dele e ouço ele gemer baixinho. E volto a descer para o seu pescoço.
Estou levantando e tirando sua camiseta e aproveito para deslizar minhas mãos no seu corpo. Como estou de vestido e está segurando minas coxas alisando e apertando elas, e sobe a mão com toda a facilidade sobre minha bunda e dá uma apertada o que me faz rir.
— Que foi ? Não gostou?
Ele me olha preocupado.
— Não é isso, só engraçado, como ficamos tão, tão íntimos assim.
— Se quiser eu paro..
— Nem ouse.
— Isso é um passe livre Covey.
Faço que sim com a cabeça e dou risada. Ele me deita na cama, e já vem tirando meu vestido, eu o ajudo a abrir, que nos faz rir um pouco mais e ele fala que é por que é novo e ele não teve a oportunidade de se apresentar ainda. Peter está me envolvendo em beijos e alisando meu corpo todo, gosto de como ele conhece meu corpo, e como me deixa a vontade. A cada beijo que ele distribui no meu corpo ele me olha, para saber se estou a vontade, e sempre sorrio o encorajando.
Estamos abraçados enrolados no lençol recuperado o fôlego e fico pensando em tudo que passou, em tudo que passamos, como sou uma nova Lara Jean, mas ainda tem muito da antiga aqui.
— Vamos Peter, está na hora.
— Mas ... você já se despediu das suas amigas ? Já arrumou as coisas ?
— Está tentando me enrolar ? Acho que está me segurando para eu não ir para casa.
Ele engasga um pouco o que me deixa em alerta.
— Não jamais, vamos chegar para a hora do jantar, então, vamos começar a arrumar suas coisas.
Não estou muito convencida, mas começo a levar minha coisas para o carro dele, estamos arrumando para tentar caber tudo.
— Acho que não vai caber.
— É, acho que você trouxe sua casa, e de mais alguns vizinhos.
Faço um olhar como se estivesse ofendida e vou dar um soco no braço dele e ele segura as minha mãos e me puxa para perto e me beija.
— Ansioso por ficar ao seu lado esse verão todo. Espera, você não planejou outra viagem para a Coreia e me deixar aqui né? Por que se não eu vou mesmo que na sua mala.
Fico rindo como ele é bobo e sei que ele planejou várias coisas para o verão, e também tem nossa "viagem em família", que estou super animada.

                               **********
Foi difícil me despedir das meninas, mesmo que seja só um verão, não gosto de despedidas, elas se tornaram um parte mais que importando da minha vida.
Estou na carro e estou pensando em tudo isso que foi uma loucura, minha mudança para a faculdade, ficar longe da família e de Peter e saber que nada mudou.
Peter insiste em parar parar comer insisto que quero ir embora, ainda não esqueci que está ocorrendo algo em casa e todos estão estranhos. Eu sei que Peter sabe e está me escondendo.
— Trina está grávida, Kitty está com ciúmes e a Margot está brava. Acertei ?
— Quanta imaginação Covey,
— Seria legal um bebê, não é ? Bem eu não vou ter que ouvir os choros e participar das partes que dão trabalho.
— Só você Lara Jean, só você.
Estou empolgada para ver todos, mas estou com receio do que me espera. Quando Peter está parando eu vejo que a pouca movimentação na minha casa, achei que eles estariam com faixas, balões e tudo me esperando. Não vejo a hora de entrar em casa então pulo do carro e saio correndo para porta, Peter da um salto e está já atrás de mim.
Quando entro vejo Margot na cozinha fazendo chá, Ravi está sentando no sofá de cabeça baixa e os únicos que vem ao meu encontro e James Fox-Pickle  e Simone a cachorra de Trina.
— Gogo, Ravi quanto tempo. Corro para abraçá-los e para quando vejo que Margot está com os olhos inchados de chorar.
— Margot o que aconteceu ? - ela vem me abraçar e eu dou um empurrada nela tentando entender o que aconteceu.
— Por favor me fala o que está acontecendo. Cadê todo mundo. - fico olhando a casa ao redor.
Ela hesita.
— Olha, Lara Jean, nosso pai está com um problema de saúde.
Aquilo entra nos meus ouvidos e parece um zumbido, não consigo ouvir mais nada, está tudo girando, vejo Margot falando mas não ouvi uma palavra, só ecoa na minha cabeça, Meu pai esta doente, meu pai está doente. Peter está plantado ao meu lado me segurando e me olhando assustando e atento a cada milímetro de reação que estou tendo.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora