111 One Hundred Eleven

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Enfim chegou o dia que eu estava fugindo: primeiro dia de aulo do Tommy na pré escola.
A alguns meses atrás quando conversamos de colocar Tommy na pré escola, fiquei empolgada, mas agora deixar meu filho, que ainda é o meu bebê na escola, me faz chorar. Mas preciso ser forte.
Sigo a tradição ainda da minha família, primeiro dia de aula e um momento importante, então preparo um excelente café para ele. E tento controlar minhas emoções.
— Vou entrar mais tarde hoje. — Peter entra na cozinha, e me dá um beijo e pega café. — Vou com você levar o Tommy.
— Se for para me acalmar não precisa vou dar conta, mas se quiser ir para acompanhar será ótimo.
— Quero ir pelos dois motivos.
— Acha que não vou dar conta? — Ele me cutuca e sai rindo.
Vamos até a cama o acordar com beijinhos e ele faz graça, cada dia ele está um mine Peter. E meu coração de mãe aperta.
— Kitty que surpresa. — Dou um abraço nela, e já falo seria. — Não era para estar na faculdade?
— Incorporou a mãe mesmo em Lara Jean, gosto mais quando você aprontava por aí. Vim ver meus sobrinhos, primeiro dia do Tommy e você já chorou? — Reviro os olhos para ela.
— Não, não choro. — Minto, e ela vai até a bancada da cozinha rindo, e rouba uns bolinhos.
Tommy desce correndo pula no colo da Kitty e fica brincando com ela.
Preparo a lancheira dele e fico olhando melancólica para ele, Kitty se aproveita da situação e me provoca com fotos do Tommy comendo a primeira vez comida coreana. E me esforço para não dar o gosto que estou chorando.
— Você chorou aqui também, viu meu argumento é válido. — Ela e Peter dão risada.
Antes de sairmos, ela pare e me olha.
— Vai jantar na casa do papai hoje. Eu quero mostrar meu namorado.
Olho surpresa. Mas ela já saí andando sem me deixar dar a resposta. A mesma Kitty.
— Me sinto tão velho.— Olho para Peter.— É, quando começamos a namorar, ela era uma criança e olha agora .... precisamos aproveitar nossos filhos, Tommy já vai para a escola. — Ele está sério olhando para frente, e não consigo e dou uma gargalhada.
— E Peter, agora você é um velhinho, está mesmo ficando com os cabelos brancos.
Ele me olha irritado, mas não resisto e vou tirando sarro dele até a escola.
Assim que entramos, estou com a Hollie nos braços, Tommy no meio segurando nossas mãos, e Peter empolgado apontando para coisas aleatórias da escola.
Paramos enfrente a sala dele, com ele nos braços Peter dá um abraço nele.
— Amigão, lembra que o papai conversou com você? Então hoje é o dia da escolinha, para você crescer e ficar muito inteligente como a mamãe.
Não quero papai. — Ele o abraça e Peter fica segurando para não chorar.
Olho para ele, como quem diz, viu quem chorou. Ele pega a Hollie e me abaixo para olhar para Tommy.
— Olha vai ser bem legal filho, você vai se divertir, olha quantas crianças para você brincar, e olha ali quantos brinquedos. — Ele está agarrado no meu pescoço e se vira um pouco para olhar. — A mamãe vai estar aqui daqui a pouco para te buscar.
Peter se abaixo e passa as mãos nas costas dele.
— Vai ter um dia incrível. — Ele nos aperta, e meu coração fica pequeno.
A professora assistente passa por nós vê a cena, e trás uma criança e brinquedos para brincar com ele. Ele fica meio desconfiado, mas em poucos minutos sai correndo. Só consigo chamar para ele se despedir, ele volta nos dá um beijos rápido e corre. Peter e eu nos olhamos sem acreditar.
— Meu filhinho já correu para os amigos. — Sei que estou com os olhos marejados e Peter também.
Ele ainda com a Hollie nos braços me puxa para me abraçar, e tento segurar para não chorar mais. quando ouço a voz atrás.
— Pais não precisam ...
Quando nós viramos e olhamos para ver quem é, levo um susto.
— Peter Kavinsky e Lara Jean Covey, isso que é uma surpresa.
— Emily Nussbaum, quanto tempo .. — Tentei não parecer surpresa.
— Você é a professora do nosso filho? — Peter parece mais chocado que eu.
— Pelo jeito sou, mas e vocês? Olha quando eu vi o sobrenome fiquei muito curiosa para saber, e pelo jeito deram certo mesmo.
Peter me olha com amor, e passa a mão pela minha cintura. Pego a Hollie nos braços, e Emily dá um pulo.
— Dois filhos, ual, e que menina linda. Parabéns qual o nome é quanto tempo?
— Hollie, completou cinco meses.
Ela brinca um pouco com a Hollie.
— É, vocês me surpreenderam, e muito, não botei tanta fé, mas vocês.— Ela balança a cabeça.— E pode deixar que eu vou cuidar bem do filho de vocês, que é lindo, tem o jeito do Peter, e claro não vou deixar a filha da Gen chegar perto dele. Prometo.
Eu falo assustada, com os olhos arregalados.
— Hã, a filha da Gen? Ela estuda aqui também?
Ela da risada e nos empurra.
— Parem de ser pais coruja, eu cuido dele agora.
Saímos da escola um pouco atordoados, entro no carro, e não sei se choro, se corro.
— Posso falar do que estou com medo. — Ele faz que sim. — Eu vi a professora do meu filho, bebada, fumar maconha, e coisas piores na escola e na faculdade. — Ele me olha assustado.— Não sei se me assusta ela ser a professora, ou saber que a filha da Gen estuda aqui.
— Acho que estou em choque. — Ele fala com as mãos no volante e os olhos arregalados.
Ficamos em silêncio um pouco.
— Vamos para casa e esperar ... só nos resta esperar, e paparicar nossa menina. Não é Hollie? Vamos brincar muito?  — Ela sorri.
Peter brinca com ela que se abre mais ainda.
Fomos buscar o Tommy, chegamos mais cedo, quando ele nos vê na porta, pula nos braços.
— Como foi seu dia? — Peter pergunta com ele nos braços. — Gostou da escolinha? — Estamos ansiosos.
Ele conta que brincou, que cantou as músicas, parece feliz. Quando estamos indo embora Emily nos chama.
— Eu sei que vocês ficaram um pouco assustado é normal. — Ela ri. — E difícil quando encontra seus amigos,e bom, vocês me conheceram. Mas saiba que eu sou uma boa professora, vou cuidar do Tommy muito bem, e é brincadeira, a filha da Gen, não é da minha turma. E de verdade, fiquei feliz de saber que estão juntos e com uma família linda.
— Obrigada Emily. Nos desculpe se passamos alguma impressão.
— Já estou acostumada, mas vamos nos dar bem.
Nos dias seguintes, Tommy já entrava quase sozinho e correndo para a sala, e me surpreendeu como Emily era uma ótima professora, e ele gostava dela, era até amigo do filho dela.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora