29 Twenty Nine

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Não consigo olhar direito para Peter, não quero que ele veja meu estado de total entrega a ele, como também não quero, ver como ele me olha, se com distância ou com carinho. Eu tento falar, mas minha voz sai toca e logo as lágrimas saem.
— Me desculpa, eu ... - respiro fundo. - Amo você.
Peter me olha, abaixa a cabeça e me dá um sorriso, que faz meu coração disparar. Ele continua em silêncio.
— Eu fiquei brava com você sem motivo, você estava certo.
Ele inclina a cabeça encostando ela no carro.
— E uma droga isso.
Eu olho para ele. Não sei o que ele vai falar, se vai me mandar ir embora, que acabou, por um impulso  estendo minha mão para segurar a dele, e como se descarregasse uma carga elétrica em mim. Ele continua de olhos fechados.
Eu juro pra mim mesma, se ele não falar nada em cinco minutos eu vou embora.
Quando estou criando coragem, para me mover e aceitar o nosso fim e ir embora e aperta minha mão com muita força. E se vira me colocando contra o carro. Ele segura o meu rosto com as duas mãos. E fica seus olhos nos meus.
— Eu não consigo mais viver sem você Lara Jean, eu até tentei, mas ... Eu amo você.
Meus olhos estão marejados e sinto uma lágrima escorrendo.
— Então não viva sem mim.
Ele encosta sua testa na minha.
— E difícil, eu fico louco só de pensar ... que aquele, - ele aberta os lábios fazendo força. - fica te cercando e eu tenho que estar longe. 
Nossos lábios estão próximos, sinto a ar vindo da sua boca. Estou esperando ele me beijar, mas ele parece que está com medo.
— Eu amo você! E só quero ficar com você. Foi um ... inferno viver esses dias sem ouvir sua voz.
Ele dá uma risada, tenho certeza por que falei inferno.
Ele por fim me beija, e o beijo mais doce, mais cheio de sentimento que damos, e como selamos ali seremos um do outro para sempre, não há espaço para ninguém ali, somos eu e Peter agora e para sempre.
— Quero viver tudo com você Lara Jean, tudo que a vida nos proporcionar, quero viver nosso amor intensamente. Eu tenho pensando em algo essa semana, e não quero que você se preocupe. Quero pedir transferência para a UNC, quero ficar o mais perto de você. Você é a única certeza que eu tenho. Você é meu futuro é meu presente.
Olho para ele e choro mais ainda, como posso dizer não para ele, quero tudo isso também, choro mais ainda por saber como ele me ama, que ele estava pensando em mim. Em viver comigo.
— Ei olhos de coelhinho. - ele fica limpando meus olhos e eu dou risada, ele sempre me chama assim quando choro. - Vamos se não vamos nos atrasar para o jantar.

                             *******
Estamos todos sentados à mesa, Trina fez seu frango a parmesão, e está maravilhoso. Peter e eu estamos sentados lado a lado, ele segura minhas mãos por baixo da mesa, como se fosse me perder.
— Ei Peter como está os jogos ? Já tem pensando no que vai escolher para cursar ?
— Está puxado, preciso treinar muito mais agora, os jogos são outro ritmo. Eu venho pensando em muitas coisas, mas gosto do direito. Quem sabe.
— Uma boa área, quer dizer sempre vai precisar de advogados.
— Isso aí, faça isso mesmo, assim quando eu precisar terei um advogado na família.
— Kitty, espero que você não precise, mas se fosse para arriscar você seria a filha que precisaria mesmo de um.
Todos caímos na gargalhada, Kitty ri mas faz uma cara de magoada.
— E você Lara Jean, já pensou em algo ?
— Não sei, penso em jornalismo, ou algo relacionado a escritora. Sei que não dá dinheiro, mas é minha paixão.
— Para quer dinheiro, Peter vai ganhar muito dinheiro, então você pode ficar escrevendo o que quiser.
— Kitty - dou um grito e fico vermelha. Acabamos de nos acertar e falar de um futuro com Peter e tudo o que eu quero, mas não sei o quando ele ainda me quer para a vida. Não tenho sido um exemplo de confiança e estabilidade para ele.
— Por mim eu aceito isso, tudo o que minha garota quiser fazer. - Ele fala me olhando, puxa minhas mãos e dá um beijinho.
— Ah como vocês são lindos.
— Como eles são bregas isso sim Tri. - Kitty fala, revirando os olhos brincado.
Meu pai só nós observa, ele quer falar algo, mas ele abre e fecha a boca várias vezes.
— Tudo no seu tempo. - Ele fala enfim. - Mas um brinde ao futuro. - brindamos.
— Dr Covey, aproveitando eu queria, pedir sua autorização.
Eu dou uma engasgada, meu Deus o que Peter irá falar? Será da mudança? Não, pedir minha mãos ? Somos muito novos. Olho para meu pai, que também está assustado, com os olhos arregalados.
— Eu gostaria de fazer uma viagem com a Lara Jean, depois do Natal, e gostaria de saber se eu tenho a sua permissão.
Meu solta um ar de alívio, ele estava tenso, acho que todos percebem, Trina começa a gargalha quebrando todo o clima tenso que ficou.
— Aí Dan, achou agora que iria perder sua menininha. - ele ri sem graça.
— Claro que pode, claro se ela concordar né ? Qual é o destino ?
— Tenho muita vontade de conhecer Paris, e sei que ela também! Ou outro lugar que ela queira ir.
— Ei eu quero ir a Paris também! Não é justo eu vou ficar sozinha aqui ?
— Seria legal uma viagem em família, acho que nunca fizemos.
— Pai, você é muito sonhador.
— Vocês podem ir antes e encontrar Margot, e que tal depois do ano novo, embarcamos Kitty, Trina e eu ?
Fico um pouco sem graça de falar não pai, essa é uma viagem romântica. Ele está fazendo planos. Mas Trina como sempre intervém.
— Tenho uma ideia melhor ! E caro ir a família toda a paris, que tal eles vão e nos encontramos aqui mesmo em uma Resort, aí Margot e Ravi vem junto.
Papai fica pensativo. Eu sei o que ele está pensando. A filha dele cresceu rápido e está indo viajar com o namorado.
— Bem podemos fazer isso, vamos combinar com Margot.

                              ******
Estamos organizando as coisas do jantar, estou ensinando Peter como guardar, lavar e organizar a cozinha. Toda vez que ele tem oportunidade me abraça por trás me dando beijos na bochecha.
— Eca vocês são nojentos.
Kitty se aproveita e foge das tarefas.
— Queria dormir com você hoje Covey. Estou com muita saudade. - ele fala me fazendo beicinho.
Eu viro o abraço ficando na ponta dos pés e beijos rápido seus lábios.
— Eu também queria.
— Então o que vamos fazer? Vamos lá para casa ?
— Peter eu tenho vergonha da sua mãe, aliás, sei lá ainda, não ficamos tão amigas ainda.
— Deixa disso, e uma oportunidade.
— E outra meu pai não vai deixar.
— Eu peço para ele, você sabe, ele me ama né.
Dou uma revirada nos olhos, como que irritada, mas é verdade.
Eu quero muito ir, mas não sei como falar com meu pai, ele não vai aceitar, ele vai reclamar. Ele só desconfia, não sabe se estamos transando ou não. Então crio coragem.
— Pai, posso dormir no Peter hoje? Vamos amanhã bem cedo, atrás de umas peças para a mãe dele. - o que é verdade, ele iria sozinho, mas eu gosto de ir com ele. - E não podemos perder a hora, se não perdemos os itens.
Fica um silêncio na sala, ele me olha, ele está vermelho, não sei se de raiva ou de vergonha. Estou começando a ficar nervosa também. Trina passa a mão pelas suas costas e na hora continuo.
— Preciso de uma oportunidade para me aproximar da mãe do Peter, bem não tivemos nenhuma oportunidade para conversar e se acertar.
Ele solta um suspiro longo.
— Vai ... por favor. - ele engole em seco. - Cuidado e porta aberta.

                               ******
Quando chego a Sra. Kavinsky me olha, eu sei que ela está tentando, mas têm dificuldade. Eu sei que preciso me resolver com ela, se quero viver em paz com Peter.
Chego e dou um abraço nela, ela se assusta mas retribui.
— Saudades de você Lara Jean, fico feliz de ter aqui, bem você nunca dormiu aqui.
Não sei se isso é uma farpa, ou surpresa, mas resolvo passar por cima.
— Verdade, me desculpe, eu - dou uma tossida leve. - quero estar com você mais vezes. - ela me abre um sorriso.
Estamos no quarto, fico com vergonha, da mãe dele, de Owen, Peter já está arrancando a roupa dele e se sentando ao meu lado.
— Não fica com vergonha, ninguém vai ouvir nada.  - ele fala sussurrando no meu ouvido e dou risada.
— Eu sei, mas tenho vergonha da sua mãe pensando no que estamos fazendo.
— Deixa ela para lá! Se concentra em nos, estava com saudades. - ele vem me beijando, no pescoço e descendo para a clavícula. — Saudade do seu cheiro, do seu corpo, do seu beijo. Você sentiu saudades de mim. - Ele para e me encara.
Eu rapidamente viro ele e deito ele na cama. E coloco meu corpo sobre o dele.
— Mas que cookies de chocolate. - Ele ri e eu levanto a sua blusa.
Peter está ficando mais forte cada dia, tem sido muito intenso os treinos, eu passo a mão por cada centímetro da sua barriga admirando, e logo vou tirando sua calça. Ele me ajuda a puxa a dele e a tirar a minha, sem parar de nos olhar, ele puxa minha blusa e beija em cima dos meus peitos e desce para minha barriga, ele se levanta da cama comigo com as pernas enroladas na sua cintura e me apoia na sua escrivaninha. Eu jogo meu corpo pra trás apoiando nas minhas  mãos, enquanto ele beijo toda a região do meu peito, enquanto transamos, antes que eu possa soltar um gemido ele me beija para abafar o som.
Eu olho para ele, e não consigo soltar meu corpo do dele.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora