Para viver intensamente. (Editando)

68 Sixty Eight

No recesso da primavera, e  Margot veio para casa, para ser a última vez que ela vem como solteira, claro começar a levar as coisas dela embora aos poucos. Isso deixou meu pai muito alegre, que foi a última químio dele, e estava todas as suas filhas juntas.
Margot conseguiu vir antes para casa, uns dias a mais que eu, e veio sozinha dessa vez, acho legal, assim será só as irmãs Songs, e também claro por que o Peter conseguiu um emprego na universidade, e vai ficar por lá, eu fiquei um pouco triste, mas contente por ele.
Na minha volta, ela foi me buscar e estava ansiosa para ela conhecer minha rotina.
— Pessoal. — Chamo a atenção da galera na mesa no almoço, vierem todos para conhecer ela, todos de uma vez. —  essa é minha irmã mais velha Margot.
Todos foram muito gentis com ela, claro que Collin fez sua gracinhas de sempre.
— Acredito que você seja a inteligente da família.
Dou um saquinho nele que explode em risada.
— Brincadeira, sua irmã é muito querida por todos nós. Ela é a cola que nos une. — Faz um gesto dramático.
— Não exagera. — Faço um cara de deboche para ele.
Almoçamos juntos e conversamos bastante com ela, depois que todos se retiram, ficamos só ela, Peter e eu.
— E como você está? Com o final da faculdade e o casamento ?
— Estou assustada, muita coisa e ainda ficar longe da minha família. — Ela olha para o longe.
— Você vai se sair muito bem, em tudo, e vou deixar as duas a vontade. — Ele se levanta e me abraço por trás e me dá um beijo. — Não esqueça de se despedir antes de ir embora, vou sentir sua falta.
Ficamos observando ele ir embora.
— E aí está com muito medo mesmo? Você que é sempre foi a de nós, a mais corajosa, que não sentia medo, que esta sempre disposta para as novidades.
— Eu sei, é diferente agora. — Ela se ajeita e ficamos de frente. — Pensa assim, por mais que eu estava sozinha na Escócia, e independente, eu sabia que vocês estavam aqui, qualquer problema eu poderia voltar pra casa, e ainda o papai me sustentava lá. E agora, não, por mais que eu achava que já tinha virado adulta, não acho que é verdade.
— Um bom argumento. — Dou de ombros. — Eu também me perco as vezes, até onde não sou uma adolescente, e onde sou adulta. Vamos ter que descobrir, mas vamos logo tenho muita coisa para mostrar.
Passamos o dia agradável, levei a Margot nos meus lugares favoritos, mostrando tudo e todos. Passou rápido e logo já estava voltando para casa com ela. Aquele dia jantamos só nos três e papai.
— Nossa não me lembro da última vez que nos sentamos só os quatro na mesa.
Trina está trabalhando até tarde, na verdade acredito que ela fez de propósito, para esse momento de pai e filhas.
— Não faz tanto tempo assim.
— Não me lembro Lara Jean, eu estou tentando lembrar, por que ... a família deu uma grande expandida.
— Nada de sentimentalismo pai, hoje não. Guarda para sábado um pouco.
— Kitty você não muda, eu senti muita falta disso também. Mas temos muitas coisas para fazer, precisamos nos organizar, uma lista. O Jantar de comemoração; Sair para ver as roupas de madrinhas; empacotar minhas coisa ..
— Uma lista grande em, mas não ligo estou tão Empolgada, já que não vamos poder fazer muito pelo seu casamento. — Lanço um olhar de rancor para a Margot. — Vamos fazer essa festa, vamos ver vestidos, aí amo festa, podemos encomendar ...
— Menos minha filha que gosta de festa, menos quero algo simples e familiar, nada grandioso.
— Por mais que me doa, concordo com a Lara Jean, em relação a festa, a história de "vestidos", precisamos conversar.
Discutimos por um bom tempo sobre a festa, sobre o casamento, que já mudamos de tantos assuntos que nem nos atentando a hora passar. 

                              ***********
Conseguimos convencer meu pai de uma pequena recepção, para os que estiveram perto durante esse tempo, e fizemos no quintal, preparamos para que ficasse alegre. Colocamos algumas músicas e no meio do jantar Trina fez um brinde a ele, emocionante, que nenhuma de nós conseguimos falar uma outra palavra depois. Peter quase chegou atrasado, mas estava lindo, colocou uma roupa social, coisa que ele ainda não admitiu que gosta de fazer.
Tiramos alguns dias da semana, e passamos horas olhando vestidos, e mais vestidos, e obrigadas a olhar outras roupas, por que Kitty se recusava a usar um vestido longo, e ela queria curto.
— Margot por favor, e seu casamento não vai intervir? Como você quer que seja ? — Olho para ela e para Trina que faz não vou intervir.
— Eu não quero entrar nessa briga, vocês são as madrinhas.
Olho para ela com cara feia.
— Tudo bem ... hum que tal um meio termo?
— Na canela ? — Faço uma cara de ecaa.
— Não, meio termo das duas, o que é mais importante para vocês?
— Não sei, longo, com o tecido esvoaçantes, um ar de princesa. — Falo sonhando.
E Kitty revira os olhos.
— Curto e confortável.
Fico ali olhando horrorizada, como ela pode ser tão prática assim ?
— E que tal cada uma vai com um modelo pronto, que lhe agrade, não vamos agradar todos mesmo.
Trina e eu escolhemos um quase parecido, mas o dela, e mais sério, e o meu tem um tecido por cima transparente que dá um certo brilho no tecido de baixo rosa clarinho, ele tem duas aberturas até a coxa, mas só se percebe que quando eu ando, e na parte de cima, ele é de ombros caídos.
— Tão a sua cara Lara Jean.
— Kitty no meu casamento, você vai usar o que eu quiser entendeu.
— Coitado do Peter.
— Por que ?
— Vai ter que trabalhar muito para fazer o casamento do seu gosto.
Faço uma cara feia pra ela, mas todas ficam rindo e concordando pra ela.

                               **********
A mãe do Peter o chamou para jantar em casa hoje, mas pediu só ele, e fiquei em casa andando de um lado para o outro nervosa, não sei qual o assunto, não sei se ela sabe do nosso plano e quer intervir. Meu pai e Trina, foram jantar com os amigos na vinícola, ele está liberado para beber álcool, então quis aproveitar.
— Você vai quebrar a casa, senta Lara Jean.
— Me deixa Kitty
— Por que está nervosa.
— A mãe do Peter chamou para ele jantar, sozinho, e estou com medo. — E sem pensar no que estou falando. — Não sei se ela sabe que vamos morar juntos, ou melhor que praticamente mor..
Olho para Kitty com arrependimento, e ela está com os olhos arregalados.
— N-a-a, não é isso, e que, sabe.
— Papai não disse que não queria que vocês.
— Kitty, Lara Jean está na faculdade, ela tem controle sobre a vida dela. Então nada de falar, lembra certo?
— Mas ele disse que ..
— Kitty, Peter e eu, como posso dizer.
— Eu não entendo, que coisa e essa que não consegue se separar assim, precisam tanto transar assim ?
— Kitty não quero ouvir você falando essas coisas assim. — Repreende Margot.
— Você ainda não entende Kitty, a questão e que, nós amamos, e ter a pessoa ali, ao seu lado todo dia, e a melhor coisa, acorda e olhar e saber que ele está ao seu lado. — Fico ali sonhando.
— Não entendo, só acho.
Somos interrompidos pelo som da campainha, e abri a porta e Peter entra um pouco furioso, fala bem rápido com elas e me chama para conversar em particular e me arrasta para o quarto.
— O que aconteceu, me fala.
Ele
Solta um grunhido.
— Minha mãe falou que vai morar com o Mitchel.
— Hum, Que legal ?
— Ela quer vender a casa.
Me mantenho em silêncio, e fico ali olhando ele se retorce de raiva.
— E vai para a casa dele, eles estão pouco tempo juntos, e já vai vender a casa, por que não moram juntos um tempo ? E ainda ir para cada dele.
Continuo só ouvindo.
— Aí me irritei e depois disse que tudo bem, por que iríamos morar juntos mesmo, aí ela ..
— Você o que ? — Sai quase como um grito.
— Nos não combinamos esse ano ? — Ele me olha confuso. — Não foi isso ? Ou também vai mudar de ideia.
— Não, claro que não, mas não queria falar agora, deixar esse trabalho quando estiver juntos e pronto.
— Bom, eu acho que estava certa, ela não gostou e gritou, dizendo que estávamos fazendo besteira, que  se fosse assim, ela não iria se mudar.
Me aproximo dele, que está sentado na cama, e puxo a cabeça dele e apoio no meu peito e fico ali abraçada nele.
— Droga.
— Mas e aí ?
— Discutimos mais e sai e vim para cá.
Fico ali pensando em tudo, sem reação, pensando em todos as possibilidades, tudo que pode acontecer, e preciso criar coragem para enfrentar ela.
— Vamos, vou conversar com ela.
— Não. Não ela está furiosa, e pode sem querer descontar em você, e não vou conseguir ver isso.
— Preciso. De mulher para mulher. — Engulo em seco.
Peter fica discutindo que não é uma boa ideia, enquanto eu troco o pijama, e me arrumo para ir conversar, seu eu não fizer agora, eu não tenho coragem.
Quando paro na porta da casa dela, tenho a sensação que vou desmaiar e vomitar, mas respiro fundo e entro, e vamos até a sala sentar e conversar, peço um momento a sós com ela, mas Peter só vai até a cozinha.
— Eu estou muito brava Lara Jean, não é um bom momento.
— Eu sei, mas mesmo assim, preciso que me ouça.
Ela retorce o nariz.
— Qual o medo da Sra. em relação a nós? Ou será que não confia em mim.
Ela me fuzila com os olhos.
— Eu acho que são muito novos, para um relacionamento sério desse jeito e agora isso, morar juntos, aí daqui a pouco vai estar grávida e largar todo o futuro que vocês dois poderia ter. E, ainda assim tenho minhas ressalvas.
Fico em silêncio por um tempo olhando ela, acredito que meu pai vai falar a mesma coisa, não a ressalva em relação a Peter, mas tudo isso.
— Eu imagino, que a Sra. tem esse medo. Mas eu amo o Peter, e não consigo ver o futuro sem ele, não importa qual o futuro, sem ele não vale a pena. Eu prometo que vou cuidar dele.
— Vocês são novos vão se arrepender de tudo ainda.
— Não, passei um ano longe dele, e foi muito difícil, muito mesmo. Como você está dando um voto de confiança para o Mitchel, por que não dá para nós também ? Que tal assim, um ano, se você achar qualquer coisa de errado, nós voltamos para os dormitórios, uma ano, e prometo que não vou engravidar.
— Não vou dizer que concordo. Agora preciso ir, colocar minhas ideias no lugar.
Ela sai e Peter se joga no sofá do meu lado.
— Quando vamos poder tomar nossas decisões?
— Podemos, mas ainda parece que nem todas.
Ele me puxa para deitar no seu peito e ficamos ali abraçados em silêncio.