Para viver intensamente. (Editando)

86 Eighty Six

Início do meu último ano na universidade, eu levanto e começo a organizar minhas coisas, pego meu material e minha bolsa para o dia inteiro, e fico sorrindo.
— Está feliz Covey?
— Último ano! Você não está feliz ?
Ele me abraça por trás.
— Radiante. — E sorri. — Vamos não queremos chegar atrasados certo?
— Muito bem, bom aluno. — Dou um tampinha na cabeça dele.
Estamos andando de mãos dadas caminhando para o refeitório e depois as aulas e quero apreciar tudo a nossa volta, essa sensação que tenho aqui.
— Como vamos fazer hoje? Lembra que precisamos sair correndo para dar tempo de chegar no trabalho?
Pois é nosso trabalho, durante as férias tiramos de letra, um dia eu levava ele, no outro ele me levava. Meu trabalho fica um pouco mais a frente do dele, mas meu horário de início e um pouco mais cedo do que o dele.
— Não sei, talvez você me leve no trabalho e depois quando eu sair, eu te encontro depois. Vamos nos adaptar.
Hoje foi um pouco mais intenso do que eu estou acostumada, na última aula, precisamos sair quase correndo para chegar a tempo. E no final do expediente peguei um ônibus e fui encontrar Peter no trabalho dele para voltar juntos.
Estou cansada, mas feliz, na editora eu me sinto realizada, estou conhecendo todo o processo por trás dos livros. Edição, escolha de capa, entrevista com editores, que nem me importo de correr.
Eles trabalham com editores novos, amadores e alguns que estão retomando depois de uma longa pausa na carreira.
Estou em silêncio no carro e sorrindo, e percebo que Peter me olha de canto de olho.
— Está feliz e satisfeita!
— Muito. Acho que estou no caminho certo.
— Eu sempre soube que estava no caminho certo. E você. — Ele aponta para mim. — Duvidava da sua capacidade.
— Talvez. Mas aliás o que vamos comer hoje.
Ele ruge.
— Estou com fome Covey, vamos comer em algum lugar no caminho?
Concordo com ele e vamos em um restaurante bacana que tem no caminho.
Ali sentada olhando Peter de social, uma nova exigência do trabalho, que a propósito ele gosta, só não assume, e comendo frango frito com molho, não consigo não rir. Mudamos tantos ao longo desses anos que estamos juntos, mas agora nesse momento parecemos os mesmos Peter e Lara Jean do colégio.
— Peter você acha que mudamos?
— Em qual sentindo?
— Não sei. — Fico ali pensando.
— Fisicamente não muito, minha barba sim.— Ele passa a mão nela. — Me deixou mais bonito e mais velho não é.
Reviro os olhos para ele, E ele ri. Mas segura a minha mão.
— Mas meu amor por você, só aumentou.
Inclino a cabeça para ele, e ele alisa meu rosto.

                          ******************
Os dias parecem voar agora, que estamos no último ano. Também devo dar o crédito ao trabalho, está sendo muito bom, e nos momentos vagos eu continuo escrevendo. Agora já estamos perto do Halloween, e vim para a casa do meu pai ajudar Kitty. Ela está no seus catorze anos, e na fase das fantasias e festa com os garotos, Trina me chamou para ajudar na fantasia.
Estamos na cozinha tomando um chá e vendo os desfiles de fantasias dela.
— Não sei se quero ir na festa.
— Mas por que Kitty? Algo que não quer nos contar?
Trina faz uma careta para ela.
— Não sei se quero ir por que ... por que é uma festa chata. E Brianna praticamente está namorando, e vou ficar sozinha.
— Essa é a parte mais chata, quando começam a namorar, e você acaba ficando de lado. Mas você não tem nenhum interesse, sei lá alguém paquera?
Ela me olha irritada, fica vermelha na hora.
— Não quero mais conversa com vocês. Vou para meu quarto.
Trina e eu caímos na risada, e legal ver a Kitty com vergonha.
— E você querida? Já preparou sua fantasia?
— Ah não, eu e Peter não vamos nos fantasiar esse ano, se der vamos em algumas festas.
— Como assim? Desde quando vocês viraram esses dois velhos?
— Trina.
— Estão na universidade e já estão parando de participar das festas, de usar fantasias, das diversões, e de curtir. — Ela dá um gole no chá e me arregala os olhos. — Ouça aproveite, esse é meu conselho vão em festas, viagem, curtam, antes que o tempo passe. Vocês são novos, lindos e tudo em cima.
Dou risada com ela apontando para o corpo dela.
— Trina, eu tenho me empenhado nas aulas, o trabalho, mal sobra tempo.
— Só aproveitem, vocês são novos, na minha época, eu aproveitei até o último. Essa é a melhor idade.
Quando chego em casa Peter está só de calça de moletom pegando a pizza para o jantar. Fico ali admirando e observando ele.
— Você acha que viramos dois chatos? Sei lá, acha que paramos de aproveitar?
Ele me olha estranho.
— O que aconteceu?
— Me responda. Acha que por conta de tudo, estamos sérios de mais e não aproveitamos.
— Talvez, não saímos mais como antigamente.
— Então vamos sair hoje.
— Tem certeza? Não está cansada.
— Eu quero, aliás estamos na faculdade ainda, vamos aproveitar. E agora que eu tenho idade para entrar em qualquer lugar.
— Qualquer lugar e? — Ele me dá um olhar malicioso.
— Para de ser bobo, vamos em uma boate, ou em bar, vamos sair, dançar e vamos preparar algo épico para o último Halloween na faculdade.
— Você que manda.
— Mas antes de ir. — Chego perto dele e aliso o corpo dele, que está bem mais definido ainda, depois de tanto treinar. — Quero aproveitar esse corpo todo.
Ele ergue a sobrancelha e me olha.
— Sou todo seu. — Abre os braços.
Eu vou empurrando ele para o quarto e beijando o pescoço, descendo para o corpo indo até a virilha e ajudando ele a tirar a calça e a cueca.
Vamos em um pub com música ao vivo, o lugar e legal, nos sentamos em uma mesa e pedimos alguns petiscos e bebidas. E mesmo com a música, ainda conseguimos conversar. Estou empolgada e peço um drink.
— Vai com calma aí.
— Mas agora eu posso beber não é? Sou uma adulto.
Peter está rindo da minha cara.
— Mas as últimas vezes que você bebeu, bem vamos dizer que ficou bem bebada.
Ele bagunça meu cabelo.
— Mas agora eu estou aprendendo.
E tomo um gole grande da minha bebida e fico encarando ele.
— Vocês aqui?
Olho para cima e vejo Jenna e Simon.
— Estamos aproveitando. — Peter me dá uma piscada.
Eles se sentam na mesa e continuamos a conversar, descobri que eles estão vindo aqui com frequência, praticamente toda semana. Em seguida fomos para a pista de dança. A banda é boa, e estamos curtindo muito.
Estamos voltando e estou animada, mas estou bem, dessa vez não estou bebada, Peter está segurando minha mão e caminhamos tranquilamente pelas ruas, já passou das três da manhã e as ruas estão movimentas.
— Quando finalizarmos a faculdade onde vamos morar?
— Não sei, quem sabe perto dos nossos trabalhos?
— Pode ser, mas agora, eu quero uma casa com sala e cozinha individuais, e com um lugar para que eu possa escrever com uma bela vista.
Peter balanço a cabeça e ri.
— Mais alguma exigência?
— E uma banheira, precisamos de uma banheira.
Ele para na mesma hora e me olha.
— O que foi? Gosto de banhos em banheira, são relaxantes. E também gosto de transar com você na banheira.
— Você nunca me disse isso. — Ele me puxa para um abraço. — Poderia providenciar isso mais vezes para você.
— Na verdade, não gosto só na banheira, gosto em todos os lugares, na verdade, Peter já disse que gosto de transar com você?
— O que está acontecendo com você hoje?
— Por que ?
— Você não é assim, e não, você nunca disse.
— Não sei, só me sinto livre hoje. E na verdade eu não gosto de transar com você. — Ele me olha assustado. — Eu AMO, é a segunda melhor parte em morar com você.
— Qual a primeira?
— Você é claro.
Ele me dá um beijo suave.
— Você diz isso por que eu sou o primeiro e único na sua vida.
— Pode até ser, mas eu prefiro assim, sabe meu desejo Peter?
— Qual?
— Sentir sempre isso por você, esse amor que ainda me dá frio na barriga, e mesmo que passe muitos anos, ainda quero ter esse tesão. —Falo baixinho e sei que eu fiquei vermelha. — Peter você sente isso por mim?
Ele tira o meu cabelo do rosto e fica alisando meu rosto e me olha numa intensidade.
— Toda vez que ouço sua voz, sinto seu perfume, ou você me olha, meu coração acelera, e quando você me toca, parece que ele vai explodir. — Ele encosta a testa na minha. — Tesão? Eu desejo tanto você, que eu preciso me controlar, para...
Não deixo ele terminar.
— Então não se controla...
Ele me dá um beijo que perdemos o fôlego.
— Eu prometo Lara Jean, que vou fazer de tudo, para não perdemos isso que temos.
— Eu prometo ....
Não consigo terminar de falar, Peter está me agarrando e beijando desesperadamente.

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Queridos leitores !!!
Me desculpe a demora, mas foi difícil a criatividade essa semana!
Prometo deixar mais alguns capítulos esses final de semana!
Obrigada pelo retorno.