28 Twenty Eight

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Lucy pediu transferência de dormitório e trouxeram a nova ocupante. Estou muito triste, por que sei que machuquei ela, ela simplesmente esta me ignorando, trocou o clube que estávamos juntas, e nas aulas se senta bem distante de mim, sai antes que eu posso chegar perto.
Minha nova colega se chama, Rilley, ela é muito simpática e muito bonita. Ela já tem a própria turma, age com muita educação comigo. Ela tem um namorado, e do time de Will, mas eles não se falam muito, ele tem dormindo aqui todos os dias que ela chegou, não se importam se estou aqui. Mas eu me sinto incomodada.
Já estamos na sexta feira e estou muito triste Peter não me ligou, não mandou mensagem, e evitou todo tipo de contato comigo. Eu iria para casa esse final de semana e ele viria me buscar. Agora preciso ir de ônibus, não que seja ruim, já fui algumas vezes, mas sinto um tristeza.
John veio várias vezes essa semana, trouxe doces, me levou para comer, ele e sempre muito cavalheiro. Lily não concorda com tudo isso e deixa a opinião dela bem clara, que ele está fazendo isso para me ter. Jenna, só me ouvi falar, não esboça nenhuma reação.
— Pretendo ir mais cedo para casa hoje. Quer ir comigo ?
— Obriga LJ, vou ficar por aqui.
— Você está bem Jenna ?
— Sim estou, - ela sorri para mim, mas não o menos de sempre.
Estamos comendo quando John me liga.
— Eiii vim te buscar.
— Me buscar para que ?
— Bem, você vai para casa né ? Vou te levar para passear e depois te deixou em casa.
— John ...
— Sem mais, e já estou aqui, vou ficar na frente do seu dormitório.
Desligo rindo.
— John ?
— Sim, veio me buscar e...- Jenna revira os olhos.- o que foi ?
— Nada
— Fala Jenna, não gosto que me escondam
— Bem, acho que.. toda vez que você está mal, ou triste com o Kavinsky, você .. - ela dá um pigarro- e sobrepõem ele com esse John. E me desculpe eu acho que ele está se aproveitando. E ..
ela faz uma pausa como se arrependesse de falar.
— E ? O que foi ?
— Você me lembra, brigou com todos por causa de um cara..
Olho incrédula para ela. Sem acreditar.
— Eu .. acho que estão erradas. Mas não posso fazer nada. Tchau até segunda.
Saio andando vou buscar minhas coisas, minha cabeça está cheia de pensamentos. Será que elas estão certas ? Mas John e o Johnny, o menino doce e gentil, ele não ficaria de armação assim. Será que eu estou sendo inocente?
Entro no carro com ele, ele está animado falando, que tem várias surpresas mas minha cabeça está em Peter e tudo que elas falaram.
— Lara Jean tudo bem ? - Ele interrompe meus pensamentos, talvez por que fiquei quieta por muito tempo, e não é meu perfil.
— Sim ! - digo forçando um sorriso.
— Certeza.
— Posso te perguntar uma coisa ?
— Claro.
— Não sei como fazer essa pergunta, mas você sei lá, fez alguma coisa de caso pensado? Digo em ralação a mim e ao Peter.
Ele solta uma respiração profunda e vai encostando o carro. E fica olhando ao longe.
— Bem, eu, eu ... fiquei te observando de longe, escolhi William e Mary por que você iria para lá. E pensei que seria minha chance. Aí você decidiu não ir.
Estou observando ele, ele está corado, e não consegue me encarar.
— Só isso ?
— Pensei que era minha chance, comecei a vir alguns vezes aqui na UNC, e fiquei com vergonha de ir falar com você, então percebi que Peter não estava vindo aqui. E ... — ele está apertando os lábios, fugindo do assunto. — Sinceramente? Segui ele no Instagram e descobri que ele estava no Halloween lá na UVA, e pensei "esse é o meu momento", mas ele fez de caso pensado para te fazer uma surpresa.
— Mas nós estávamos bem ! Quer dizer, nossa agenda ficou uns dias loucos, mas ..
— Vi que ele ficou incomodado comigo aqui, imagino a insegurança dele em estar longe. - ele abaixa a cabeça, coça a nuca. - Me aproveitei, comecei a vir e fazer questão que estava te cercando.
Eu não acredito no que estou ouvindo, fico parada e sem reação.
— Me perdoa, mas eu precisava, era a minha última chance, sabia que estava fincado muito sério, eu me arrependeria amargamente se não tentasse, achei que esse poderia ser nosso momento. Lara Jean por favor, me desculpe.
Estou olhando e ouvindo sem acreditar, estou perdida me meus pensamentos, só penso em como Peter está, ele tinha razão, todos tinham razão, sou uma idiota. Sem esperar John pula em cima de mim como se fosse me beijar, eu empurro antes dele me alcançar. E como se ali colocasse um fim na história com John.
— Por favor me deixa na rodoviária.
— Eu te levo
— Não, você já fez de mais.
— Me perdoe Lara Jean.
— Chega, acabou, por favor me deixa em paz.

                             ********
Estou aguardando o ônibus, vou para casa pedi para meu pai me buscar. Minha vontade é ir direto na UVA, mas preciso do meu carro, se Peter realmente não me quiser mais, algo que vai doer muito, preciso voltar para casa.
No meio do caminho mando mensagem para as meninas pedindo desculpas. Elas estavam certas.
Eu preciso mudar, acredito na bondade das pessoas.
Em casa quero sair correndo, mas Trina fez o jantar para mim, e faz tempo que não venho em casa, não posso fazer isso com eles.
— Como estão as aulas filha ?
— Bem pai, puxado, mas estou gostando.
— E fez bastante amigas ? - Trina curiosa me olha.
— Sim, bastante. - Não vou contar a verdade, e triste tudo o que eu fiz.
— Que horas o Peter vem ?
— Hã? O que ?
— Que mundo você vive ? Ele disse que viria jantar hoje, falou que você não iria vir.
Como assim Peter vai vir ?
— Ele falou que horas ele vem Kitty?
— Ele falou que iria deixar umas roupas na mãe e depois vinha jantar, que queria conversar com a gente.
Aquilo me dá um gelo, ele iria contar para meu pai tudo o que fiz, e que terminamos.
— Trina que horas fica pronto o jantar ?
Ele me olha, e aquilo me trás um arrepio, como ele pode me conhecer, ela me chama no escritório do meu pai.
— O que ocorreu com vocês.
— Eu fiz besteira, e preciso falar com ele antes dele vir.
— Lara Jean, eu não posso ficar te encobrindo sempre, seu pai está de olho em mim. Dan disse que eu só passo o pano para vocês.
Trina realmente passa a mão nas nossas cabeças, mas faço um olhar de piedade sei que ela não aguenta.
— Tudo bem ! Você tem quarentena minutos, vai logo.
Sai em disparada, pego meu carro e vou até a casa dele. Meu coração está na boca, como pode, aquela sensação de quando ainda estávamos começando, achei que não sentiria mais isso, mas Ele tem um efeito sobre mim.
Fico muito triste por que chego na porta da casa dele e não vejo o carro na garagem, nem dele e nem da mãe dele. Eu pego o celular, respiro fundo e ligo para ele.
Um toque, dois toque, três toque ... caixa postal.
Nessa hora fico extremamente triste, queria falar com ele antes ... dele terminar tudo para o meu pai. Sei que eles tem um trato, que ele cuidaria de mim, ele veio finalizar.
Estou tão triste, que ando mais devagar do que o normal. Meus olhos estão cheios de lágrima. Arruinei agora de uma vez, eu sempre faço isso com ele, e ele não merece.
Ouço uma buzina atrás de mim, e reconheceria aquele Audi preto em qualquer lugar. Meu coração acelera, e vou estacionado.
Estou tão nervosa, que mal consigo descer do carro, meu coração parece que vai sair da boca.
Estamos em pé de frente um com o outro. Não sei se pulo no seu colo ou fico parada. O silêncio está me mantando.
— Como você está ?
— Bem e você ?
— Eh mais ou menos.
— Estava na minha casa ?
— Sim
Ele se apoia com as costas no meu carro e me olha, eu acho que vou desmaiar, ele parece mais bonito hoje. Ficamos em um longo silêncio.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora