Vou no banheiro, fico lá encarando o teste, com um medo, leio pelo menos duas vezes as instruções.
— Lara Jean ? Tudo bem ? Posso fazer algo ?
— Não tudo Ok
Respiro fundo, faço o teste e coloco no saco sem nem olhar, saio correndo quase como um furacão do banheiro em direção a porta de casa.
— Vamos ! - Falo com o corpo praticamente para fora de casa.
— Eii espera. - Ele estava pegando uns cookies e levando.
Estamos sentados no carro, em total silêncio, Peter está batendo os dedos no volante, e emitindo sons baixinhos, ele pega as minhas mãos e segura firme.
— Será que tem algum lugar vendendo café essa hora ?
— Acho que o McDonalds.
— Boa, vamos lá ... já passou 5 minutos?
Olho no relógio, parece uma eternidade ali.
— Ainda não, mais um pouco - resolvo falar para passar rápido. - Ei o que você fez ontem?
— Eu fui para casa e jantei com minha mãe, fui atrás desses testes o mais longe daqui. - Fico grata por ele fazer isso, em um lugar de pessoa desconhecidas. - E depois, Eu, eh, eu fui, bom passei na casa do meu pai.
Olho para ele assustada, como assim ? Ele e o pai não se falavam desde que ele começou estudar, e ele nem quis abrir o presente ou seja lá o que eu pai dele enviou no natal.
— Sério ? E aí ? - Falo no tom mais tranquilo possível.
Ele me olha pensativo.
— Deu cinco minutos?
Ele parece fugir do assunto, mas estou muito curiosa para deixar esse assunto de lado. Enquanto ele vai encostando no drive-tru, pedindo dois café.
— Mais um pouquinho, só. - está agora dando cinco minutos.
— Ótimo, vamos parar ali e vamos ver, tudo bem ?
Faço que sim com a cabeça. Pegamos nossos cafés e ele vai encostando e segurando os cafés.
— Preciso de um gole rápido.
— Não, só depois ver o resultado.- ele ajeita o café no colo e segura minhas mãos. - café não é muito bom, em caso de .. positivo.
Eu olho para ele, sei que ele está mais assustado que eu, mas tenta se manter firme, por que é até fofo essa preocupação toda dele.
Pego os dois teste na mão, respiro fundo.
— Vamos ver juntos - ele me fala olhando fixo.-1 .. 2 .. 3 ...
Nós olhamos, e lá está o negativo. Respiro com um certo alívio, e percebo que Peter também. Mas mesmo assim ele me entrega o café e me puxa para perto dele me dando um beijo sobre minha cabeça. Ficamos abraçados, e em silêncio por alguns segundos. Quando eu finalmente falo.
— Bem, esse resultado é o melhor né ?
— Ei, vem cá, qualquer resultado seria muito bom.
— Você só fala isso por que sabe quedeu negativo.
— Claro que não, se desse positivo, eu ja estava até feliz. Já estava pensando como seria.
— Como assim ? Você sabe que meu pai iria matar.
— Estava mais com medo dele, depois de todo o sermão que ele nos deu.
— Você estava feliz ? Achei que estava bravo. - não quero falar, mas minha boca já está soltando. - No avião, eu te achei um pouco sei lá. Que estava bravo por estará estragando nossas vidas, e planos.
Ele suspira bem fundo.
— Quando você me falou, na hora fiquei assustado por você, depois fiquei feliz, e daí - ele olha firme para frente com certa tristeza. - lembrei do meu pai, como será que ele se sentiu, e resolvi abrir o envelope que ele me deu, havia uma carta, ele me pedindo desculpas por tudo, contando algumas coisas e até um valor em dinheiro. E pensei, talvez eu morreria se meu filho me excluir da vida dele, por mais que eu fizesse merda, sei lá então, por isso resolvi ir falar com ele, não sabia se seria pai ou não, mas esse sentimento me invadiu.
Quando Peter me olha, estou coberta por lágrimas, estou até soluçando.
— Que foi Covey ? Por que está chorando ?
Eu o abraço o mais forte que eu posso, tento por que meu coração dói por esse vazio que o pai dele deixou, e por que agora tenho mais certeza que tudo, Peter é a pessoa com quem eu quero ter meus filhos, não agora, claro, mas agora eu sei, que o que mais que quero na vida e construir minha vida ao lado dele.
— Amo você Peter Kavinsky, e quero que você seja o pai dos meus futuros filhos.
Ele me abre um sorriso, tão em paz, com tanta confiança, como um certo alívio, de saber que eu queria o mesmo que ele, e nos beijamos ali. E desejo do fundo do meu coração viver com ele todo esse amor, toda essa intensidade.
— Eu amo você! - E ele me puxa para o mais perto possível. - Mas por que estava passando tão mal? E por que está atrasada ?
— Vou marcar uma consulta assim que voltar para a Chapel Hill, dei uma pesquisada e falam sobre como alimentação e fugir da rotina pode interferir e também, por conta do anticoncepcional- Falo a última frase baixinho.
Peter ri, e me olha achando graça.
— Aí Covey, você é engraçada, ainda tem vergonha de mim.
— Eii - dou um tapinha nele, que só o faz rir mais.
Mas a verdade é que eu realmente tenho ainda um pouco de vergonha e Peter sabe, e gosto como ele me respeita, ele não me pressiona nunca, ele vai sempre no meu tempo, igual na viagem, houve uma vez que sabia que ele queria entrar no banheiro e tomar banho comigo, mas corri e tranquei a porta. E estranho por que ele já me viu sem roupa, mas sei lá banho juntos, me deixa ainda sem graça.********
Volto para casa até leve, eu quero ter os filhos de Peter, mas não agora, de jeito nenhum, temos muitas coisas para viver ainda, nossa vida está apenas começando. Penso em todas as viagens que quero fazer com ele, que quero morar junto com ele por um tempo, quero aumentar nossa intimidade, quero vê lo ser um advogado, ele é muito bom em argumentar tenho certeza que será o melhor. E eu quero escrever sobre isso, na verdade quero escrever sobre nosso amor, nossa história. Acho que agora pensando em tudo isso, eu tenho uma ideia do que eu quero fazer.
Passo o dia com Kitty, dou os presentes para ela, que a faz pular igual uma criança e nosso cachorro James Fox-Picle a acompanha em todos os movimentos.
Mostro as fotos para ela, em frente a torre, na entrada dos museus, tem fotos nossas em um café e estamos fazendo poses.
— Nossa vocês estão realmente muito lindos, parecem modelos de revista.
— Ouuu Kitty, muito obrigada! - Dou um apertinho no braço dela.
— Não aconteceu mais nada lá ?
— Mais o que espertinha? Você sabe de algo e não quer falar?
— Eu ? Jamais. - Ela ri de deboche.- tudo no seu tempo Lara Jean.
— Vamos nos cinema ? Só nós duas ?
— Por mais que eu "goste" da sua companhia, - Faço uma cara de mágoa.- gosto mais de estar com Peter, e além estou ansiosa para saber o que ele me trouxe. Fiz uma grande lista.
Faço um olhar de ofensa.
— Me trocou, sou sua irmã não se esqueça.
— Você não me deixa esquecer nunca Lara Jean, nuncaaaa. - Ela começa a rir, e faz uma pausa para me olhar. -será que Margot vai voltar para casa ? Aliás está quase acabando não é? Vamos morar todas juntas novamente?
— Kitty realmente não sei, - não tinha pensando nisso até agora. - Deve ser difícil essa decisão, tanto de voltar depois de tantos anos sendo só você, ser independente e ainda deixar Ravi lá.
— Seria ótimo ela morar lá, nossas férias seriam sempre viagens para a Europa.
— Kitty!
— Estou brincando, e aliás duvido que Ravi não largaria tudo para seguir ela, igual o Peter com você.
— Como assim?
— Peter é tão apaixonado por você, que se você falar que vai morar no deserto ele vai junto, e Ravi, parece ser do mesmo tipo.
Estou pensando nisso, Peter realmente faz tudo por mim, está disposto a abrir mão da bolsa de Lacross e confiar no pai para ajudar a pagar a UNC para estar comigo, me sinto tão grata por ele.
— É o charme das irmãs Songs. - falo dando risada.
— Espero ter esse charme também.
— Claro que você tem ! Se eu pudesse arriscar você é a que mais tem.
— Eu tenho certeza disso.
Jogo almofada nela que sai correndo rindo.
— Vai logo se trocar ou vai ficar.
Ela fica toda empolgada realmente com as coisas que Peter trás para ela. Ela fica em cima dele o tempo todo, como se houvesse um conspiração entre os dois. Enquanto isso tento me aproximar de Owen, que é fechado, ele mal conversa comigo, isso me deixa várias questões, se ele é assim mesmos ou sei lá se a mãe de Peter fala algo sobre mim. Tento afastar esses pensamentos. Só consigo uma reação dele quando falo das férias de verão que gostaria que ele fosse.
— Sério ? Vocês vão querer me levar?
— Claro que sim, vamos fazer uma grande viagem.
Peter balança a cabeça e fala só mechando os lábios que preciso sempre agradar a todos. Mas sei que ele gostou dessa ideia da "grande férias" em famílias. Bem, tomara que dê certo, todos juntos.
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Para viver intensamente. (Editando)
FanfictionQuando Lara Jean e Peter entram na universidade, se deparam com o amor a distância, a saudade e o amadurecimento dos dois como um casal e engrenando na vida adulta. Eles querem viver intensamente tudo.