65 Sixty five

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Ao longo da semana foi estranho, nos dias que eu fui no jornal, Lissa se manteve em silêncio na dela, um pouco hostil algumas vezes. Mantemos a cordialidade entre nós, mas não conversamos. Eu não sei se todos aqui sabem o que aconteceu, mas eu prefiro continuar sem entrar nesse assunto.
O professor Ranscrover começou a passar mas tento e acabou me dando algumas atribuições a mais, do que as que eu estava fazendo. Me esforcei muito para me sair bem.

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Já estávamos no final do ano, a neve começa a cair e faltava poucos dias para o natal, e o encerramento das aulas antes das férias de inverno.
Acordei primeiro que ele, olhei para a janela, fiquei ali observando aquela neve branquinha, estava bastante frio, mas estava com uma ideia na cabeça, hoje nos daria folga, quer dizer eu não vou ter aula hoje mesmo, e Peter não tem treinado por causa da neve. 
Coloquei minhas botas e vesti o casaco e o cachecol e corri para comprar um chocolate bem quente antes do Peter acordar, o que não é difícil com a dificuldade dele em acordar, principalmente no frio.
— Bom dia.
Cutuco ele sentada na beira da cama com os chocolates na mão e tremendo um pouco de frio, e ele abre um olho só para me olhar, boceje e se espreguiça.
— Já levanto, e onde conseguiu esses chocolates?
Finjo não ouvir a pergunta dele.
— Quando acordei e sai da cama,  vi como a neve linda lá fora, como o todo o frio ...
— Sim frio, muito  frio, e você saiu da cama e me deixou. — Ele fingindo tremer. — Por isso estou congelando aqui.
— Para de ser bobo, tome o chocolate para se aquecer então. — Ele me faz um beicinho. — E aí eu estava pensando, vamos fazer o que eu mais queria fazer aqui na UVA com você.
Ele levantou uma sobrancelha e me deu um olhar malicioso, e se aproximou de mim.
— Hum, e o que seria ?
— Descer de trenó na O-Hill.
Ele deu uma gargalhada alta que acordou a Sarah.
— Mas nem hoje quando posso dormir mais, você me dão folga. — Ela se vira para o outro lado.
— Só você Covey. E onde vamos achar roupas, e o trenó.
Dou um gole no meu chocolate, e pego um Marshmallow.
— Eu pesquisei, podemos alugar próximo de lá.
Ele coloca o copo na mesinha de cabeceira, levanta os braços.
— Tudo que a Senhorita quiser, você que manda.
— Vai ser legal, e podemos as meninas para ir junto, vai ser mais divertido.
— Tudo o que quiser. — Me puxa e me beija.
Eu atravesso o quarto e pulo na cama da Sarah.
— Sarah, gatinha, acorda vai .... eu sei que você ouviu tudo, vamos lá vai ser legal.
— Obrigada Deus pelas ferias, vou ficar longe de vocês uns bons dias.
— Ah fala isso, mas vai sentir nossa falta, vai logo se trocar, vou tentar acordar os outros.
— Urgh, vou enterrar você na neve, para congelar.
Demorei uma hora inteira para convencer nossos amigos em nos acompanhar, claro que houve algumas exigências, e trocas de favores, mas convenci todos, o mais fácil foi Collin, que mesmo tendamos ser discreto, ficou interessado mais por que a Sarah estaria.

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— Guerra de neve. — Gritou Collin jogando várias bolinhas em todos.
— Na Lara Jean primeiro, que me acordou cedo e me trouxe para o gelo. — Sarah grita e mira em mim.
— Isso ela mesmo.
— Naooooo. — E corro para me esconder nas costas do Peter que acaba recebendo a maioria das bolas de neve.
— Eu não tenho a ver com isso. — Ele esconde o rosto com o braço, e tenta correr.
— Você merece por ele convencer você primeiro Kavinsky. — Simon joga uma bola nele.
Peter tenta correr, mas a neve o atrapalha e eu me segurando na jaqueta nas suas costas, também não o ajuda, ele se abaixa, tenta pegar algumas bolas e jogar em alvos aleatórios, mas somos bombardeados, e tento me esquivar o que faz me desequilibrar e cair e puxar Peter pare o chão.
— Você me usou de escudo isso não valeu, vem cá agora. — Ele se levanta e tenta me erguer, mas estou rindo muito e não tenho forças para me colocar em pé.
— Vai vamos logo para o trenó, se não vamos congelar. — Ele por fim, consegue me colocar em pé.
— Sim, que estou já com muito frio.
— Vamos fazer uma competição? — Jenna propôs para nós.
— Sim de casal. — Alice grita batendo palmas.
— Espera aí, esqueceram que eu não tenho namorado?
— Isso e o de menos, Collin você topa não é fazer par com a Sarah.
— Será um prazer Alice. — Ele fala com aquela pose galanteador. E Sarah revira os olhos.
— Regar Collin, só aqui tudo bem ?
Ele dá de ombros.
Fizemos várias competições, qual casal descia mais rápido, qual chegava primeiro uma aposta coletiva, depois só as meninas, na qual eu perdi por no meio do caminho, me atrapalhar e rolar neve a baixo. E depois só os meninos, que foi mais um disputa entre eles quem era o mais forte.
Por fim Simon e Jenna foram os campeões e eu e Peter em segundo, o que rendeu várias provocações.
— Viu só? Não me mato na academia, nem treino todos os dias e olha aqui. — Ele fez aquela pose de tentar mostrar os músculos, lógico que inválido por conta das roupas. — Eu sou o campeão.
E começamos a jogar bola de neve nele.
— Acho que vou congelar, preciso de um chocolate quente, urgentes
— Vem que te aqueço. — Peter me puxa para abraçar. — E vamos tomar um duplo chocolate.

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Quando voltamos para o quarto e estamos embrulhados debaixo do cobertor, e estamos  assistindo o filme da nossa lista, Sarah nos olha.
— Foi divertido, mais do que eu imaginei. E eu vou sentir falta de você.
— Claro que vai, somos os melhores. — Peter fala para ela.
Ela dá uma revira de olhos.
— Você é muito convencido, falo da Lara Jean, mas vocês transformaram esse ano é a experiência aqui muito mais divertida. E pode ir buscar nossa janta.
Ele dá uma resmungada, mas se levanta e vai.
— Sarah me desculpa por, eu sei que é difícil para você ter ele aqui sempre.
— No início foi, mas acabei me acostumando, e ele faz tudo por nós, não precisamos mover um dedo.
— Isso é verdade. Mas mesmo assim.
— Relaxa, foi um bom meio ano não é? — Ele me olha e logo em seguida deita na cama, e bem baixinho como um sussurro só para ela ouvir, ela soltou: Era solitário aqui antes.

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— Empolgada pelo natal ? E voltar mais cedo para casa ?
— Mas é óbvio. Morrendo de saudade da Margot.
— Eles vão chegar quando ?
— Ela me disse que amanhã, vamos buscar eles comigo no aeroporto?
— Claro, não vejo a hora de ver o Ravi. — Ele coça a pouca barba que está tentando deixar novamente cresce. - Eu estou pensando em fazer algo só os homens, sabe, eu, ele, seu pai.
Fico olhando enquanto ele dirige e o admirando.
— Imagina para seu pai, muitas mulheres, falando ao mesmo tempo.
— Não fale assim de nós, reclamam muito para quem não desgrudam.
Ele me olha dando aquele sorriso maravilhoso, passa a mão no meu rosto e segura meu queixo.
— Não mesmo, impossível ficar longe de você. — E me dá uma piscadinha.
Quando entro em casa vejo a movimentação, e meu pai ali no meio, assim que vê grita.
— Esse é o melhor presente a casa cheia, minhas filhas todas as mesmo tempo debaixo do meu teto.
— Gogo, você veio antes ?
— Sim, uma surpresa.
E corremos para um abraço coletivo envolta do meu pai.
— Vocês vão me derrubar, mas não me soltem, senti a falta das minhas meninas.
Ele está um pouco emocionado. Logo que nos soltamos ele dá um beijo em cada uma.
— Vamos lá, a casa cheia hoje, o que vamos preparar para o almoço, hum, Peter você vai ficar para o almoço ? Podemos comprar umas carnes.
— Eu adoraria Dr. Covey, mas preciso almoçar com a minha mãe, que tal na janta? Podemos ir naquele mercado comprar aquele befes que o senhor adora, e, compramos umas coisas a mais e eu mesmo fico na churrasqueira e dirijo para você.
Meu pai um pouco triste, mas logo se alegra com a proposta do jantar.
— Perfeito então, vou te esperar então, não esquece.
— Jamais, vou estar aqui pontual, podemos levar o Ravi, assim ele, escolhe o que ele pode comer certo.
— Com certeza vamos levar o Ravi, se ele quiser.
— Claro que eu quero, sou da família. — Ele para e olha preocupado. — Sou não sou ?
Todos ali rimos da expressão de pânico no rosto dele, e papai dá um tapinha nas costas.
— Com certeza é.
Eles estão combinando tudo, enquanto Margot observa e se vira para mim.
— Desde quando papai e Peter são tão próximos assim, sei lá, eles são tão diferentes.
Dou de ombros.
— Não sei exatamente, Peter sempre se esforçou muito para que fossem próximos. Ela era até paranoico que papai não gostava dele, que preferia o Josh. — Ela faz uma careta. — E aí durante esse processo da doença, eles estão quase inseparáveis.
— Eu fico feliz, claro, não gostava da ideia do papei ter o Josh como melhor amigo. Não quando namorávamos, e legal seu pai gostar do namorado, mas manter tanto contando como eles, era estranho.
Dou de ombros.
— Mas precisamos de um momento das meninas, quero saber tudo o que acontece.
— Eu também, muitos coisas, mas só nos ?
— E a Kitty claro ela não admitirá sem ela.
— E a Trina?
— Sim, eu gosto dela, e estamos nos aproximando mais, então um momento só as meninas é bom.
— Sim, Peter quer também fazer um só os "homens", ele é puxa saco isso sim do papai.
— E muito, eles são na verdade.
Isso é verdade, Peter e Ravi, quase carregam meu pai no colo, ambos querem a afeição dele. Chega ser até engraço. E lógico que meu pai se diverte, em ter esses caras ali, conversando de tudo o que os homens gostam, até combinaram de pescar no domingo, mesmo Ravi monstrando um certo desconforto, aceitou ir.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora