4 anos e seis meses depois
Fico olhando pela janela de casa a rua, vejo a movimentação e nada. Estou agoniada.
— Mamãe ainda está aí esperando?
— Sua mãe está triste por seu menininho está em um encontro. — Peter pisca para Hollie.
Ela está brincando com o Kyle no chão.
— Não é disso, e só que é a primeira vez que ele sai com uma garota. E estou preocupada.
— Com ciúmes. — Jogo almofada em Peter.
Kyle senta no meu colo e Hollie se joga no sofá nos braços do Peter.
— Promete que o dia que eu for sair com alguém ela não vai ficar assim.
— Ah prometo, por que você não vai nem tão cedo sair, e se for eu vou junto.
— Papai.
— O que é? Você vai ser sempre minha menininha, a minha joaninha. — Ele faz cócegas nela e ela implora para ele soltar.
— Corre ele chegou, finge naturalidade.
Assim que Tommy passa pela porta vejo o sorriso dele, coloco Kyle no chão que vai brincar com a Hollie e seguimos ele até a cozinha.
— E aí vai contar para sua mamãe como foi seu primeiro encontro?
— Pai! — Ele grita sorrindo, mas sei que vai nos contar.
— Lara Jean você não é nada sútil, se ele quiser falar, vai sem pressão. — Mas Peter já está sentando na bancada da cozinha olhando para Tommy que sorri para nós.
— Não vão me deixar em paz não é? Foi muito bom, muito mesmo. Eu beijei ela. — Ouço Hollie gritar atrás eca, Peter levanta a mão para dar um cumprimento, eles batem mas ele me olha na hora e abaixa a mão e faz cara de cachorrinho e movimentos lábias para Tommy depois curtimos.
— Que bom filho, e está feliz?
— Sim mãe, e não vou mais falar nada. Boa noite.
Ele sai e nos deixa de boca aberta.— Ele me dá um beijo e sobe, ele já está maior que eu.
— Como se sente com seu filho de quatorze anos, saindo para o primeiro encontro?
— De verdade? Velho.
Ficamos entretidos conversando por um tempo, e voltamos para o sofá, para a sessão pipoca.
Kyle se ajeita no sofá no nosso colo e Peter procura o filme.
— Hoje é o dia da Hollie escolher cadê ela?
— Subiu faz tempo.
Chamamos várias vezes ela, mas ela não responde, então vou atrás.
Procuro ela pela casa e não encontro, até chegar perto do banheiro e ouvir um choro.
— Hollie tudo bem filha? — Ela não responde, e bato mais algumas vezes. — Vou abrir.
— Não. — Ela dá um gritinho.
Na hora para e olho para ela, sentada com os olhos perdidos.
— Ah minha menina, minha filha, você entrou para o grupo secreto das mulheres.
Ela fica toda constrangida, pego o Kitty que preparei e me sento ao lado dela e ficamos a tanto tempo conversando. Que Peter vem nos chamar duas vezes.
Entro no meu quarto, sento no pé da cama cruzo as pernas.
— A Hollie teve a primeira menstruação.
Ele larga tudo que está mexendo e me encara assustado.
— E cedo?
— Não de jeito nenhum, Margot também foi nessa idade, e só que, nossos filhos estão crescendo.
Ele me puxa para um abraço.
— Que grande dia, primeiro encontro do Tommy, a Hollie virando uma adolescente, e a inscrição do Kyle na pré escola. — Caímos na gargalhadas.********
Quatro anos e dois meses depoisHollie bate na porta do meu quarto, enquanto estou na cama ajudando o Kyle com a lição,
— Mãe, podemos conversar?
— Claro. — Bato na cama para ela sentar.
— Mas só nós duas? Vai ser rapidinho.
— Esse é o meu horário com a mamãe.
— Por que não faz assim Kyle, busca os cookies que a mamãe fez.
— Posso trazer sorvete? — Ele me olha e já sai correndo.
Olho para a Hollie que vai se aproximando.
— Então, — Ela solta a respiração. — Sabe o Michael nosso vizinho? — Faço que sim. — Me chamou para tomar um sorvete com ele amanhã e queria saber se posso.
Ela me pegou totalmente de surpresa. Pisco várias vezes, e a puxo para ela ficar ao meu lado.
— Você sabe que eu vou precisar falar com seu pai, e pedi a autorização dele também.
— O papai é muito ciumento
— Eu sei, mas é que ele ama você, mas vou conversar com ele. Você gosta desse Michael?
— Mamãe! Somos só amigos.
Insisto para ela falar, mas ela da sorrisos e fala pouco. Me vejo tanto nela.
Assim que Peter chega do trabalho e tem o momento dele com nosso filhos, o chamo para uma conversa na varanda, onde fugimos para conversas a sós, levo tudo que ele gosta para o acalmar.
— Tenho uma coisa para pedir em nome de outra pessoa, e você vai me ouvir. — Conto do pedido da Hollie, e ele resmunga joga a cabeça para trás.
— Peter, ela ainda veio nos pedir, as meninas de hoje com quinze anos nem pedem mais, e outra, sempre foram amigos, não deixe ela ter medo de você, conquiste ela novamente.
— Eu sabia que isso iria chegar.
Ele vai conversar com ela, o ouço pedindo desculpas e ouvindo ela. Vou até o Kyle.
— Vou ver se tomou banho direito. — Cheiro a cabeça dele.
— Mamãe, eu estou limpo. E estou conversando com meu amigo Sam.
— Não demore vai dormi cedo hoje.
Ele faz movimentos para eu sair, desde quando esse baixinho me expulsa. Vou andando e paro na porta do quarto do Tommy, ele ainda não me viu, não consigo ver meu filho com dezoito anos, maior que Peter e eu, e que amanhã vai para a faculdade. Volto a anos atrás, quando ele começou a andar e falar meu nome. Quando ele me vê.
— Mãe, já disse para não ficar assim, não é para chorar, sem drama.
Quando ele fala seco, não consigo responder e vou para meu quarto. Peter me vê, mas não falo nada.
Poucos minutos depois, Tommy bate na porta, limpo as lágrimas e continuo lendo meu livro, ele vem até a cama e se senta ao meu lado.
— Me desculpa mãe. — Ele segura minha mão, e deita a cabeça no meu ombro. — E difícil me despedir de você, não me imagino vivendo longe de você. — Ele funga e seca o choro. — Você sempre esteve ao meu lado, vocês são os melhores pais, não teve crise quando eu contei da minha primeira vez, até me ajudou minha namorada.
— E ela partiu seu coração.— reviro os olhos.
— Viu você e meu pai me aguentaram com o choro do coração partido. Mas foi melhor.
— Filho se é por causa da faculdade.
— Não mãe, não é isso, e só que. — Ele fica vermelho e encosta mais a cabeça. — Eu quero o que você e o papai tem. Sabe sempre que eu precisei, você e o papai estavam ali, você sempre me ouviu, jamais vou esquecer nossas tardes de sorvete e música aqui em casa depois de estudar. Meus amigos amam até hoje.
Dou risada e contenho minhas lágrimas. Dou um beijo na cabeça dele.
— Você sempre será meu bebê.
Peter se senta ao lado e Tommy no meio e nos abraça.
— Ouvi um pouco, ainda vamos estar aqui para você. — Beija a cabeça dele. Você amava dormir assim. — Ele sorri e aperta minha mão e do Peter.
Logo a Hollie e o Kyle invade nossa cama. E fazendo bagunça. E a última noite dele em casa dormimos os cinco na minha cama, tudo tumultuado. E Peter e eu nos olhamos por cima de pés e cabeças ali. Sorrio e digo para ele felicidade.
Lógico que foi uma manhã dolorida. Em todos os sentidos, mando todos se arrumarem.
— Está chorando de novo Lara Jean?
— Eu preciso.
Peter se senta ao meu lado da cama e me abraça.
— Eu também estou triste. Parece que cresceram de uma vez.
— Não era isso que queríamos?
— Meu menino, meu amigão. Sinto uma parte minha indo embora. Lembra quando ele aprendeu a andar? Estávamos em NY, aquele dia foi o máximo.
— Aproveitamos bem as crianças.
— Sim elas foram nossa prioridade por anos, e preciso me preparar para ver a Hollie saindo hoje com o rapaz. Eu disse para você não deixar ela ir para a escola na companhia dele.
Eu dou risada e ele me olha feio.
Tommy foi para a UVA com bolsa de atleta ele jogou muito bem futebol, e ficamos aliviados dele não ficar tão longe.
Quando deixamos ele na universidade, fizemos uma força fora do comum para não chorar. Foi pior que deixar ele na creche e na escolinha.
Voltamos e deixamos a Hollie sair com o vizinho.
— Não acha que deveríamos ir junto?
— Não Peter!
— Acho que o Kyle quer tomar sorvete, não é filho? E lá não tem o seu sabor favorito?
— Não me use pai, já tenho quase nove anos.
Peter arregala os olhos e gargalhamos. Tiro um pote da geladeira.
— Se quiser vamos tomar esse, e esperar pacientemente assistindo um filme.
Peter resmunga mais aceita, ele olha o tempo todo para o celular e para a porta, vinte minutos antes do horário combinado, ela entra.
E o sorriso de orelha a orelha. Eu encaro ele. E ela mesmo vem se ajunta no sofá.
— Como foi minha princesa? — Ele passa o braço pelos ombros dela.
— Papai? — Ela sorri.
— Papai você é muito brega, seus apelidos são os piores. — Kyle fala enfiando a pipoca na boca.
— Ei, seu pai não é brega em, ele é fofo.
— Isso amor me defende, mas não exagera, preciso ser mau ainda. Desculpa Hollie nos conte.
— Foi legal, conversamos, ele é muito engraçado sabe, me lembra você. — Peter faz uma careta e eu e o Kyle nos olhamos e damos risadas. — E foi só isso.
— Só isso? — Falo curiosa e Peter aflito.
— Sim, só isso, não beijei ele, sei que é isso que querem saber, mas foi legal.
Peter a abraça e solta um suspiro aliviado.
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Para viver intensamente. (Editando)
FanfictionQuando Lara Jean e Peter entram na universidade, se deparam com o amor a distância, a saudade e o amadurecimento dos dois como um casal e engrenando na vida adulta. Eles querem viver intensamente tudo.