15 Fiveteen

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Hoje Peter queria ir tomar café em outro lugar estava de saco cheio de comidas de universidades, achamos uma lanchonete que serve panquecas de mirtilo que é o que ele mais gosta.
— Acho que devemos ir no seu pai hoje.
— Mas Peter, esse seria o final de semana que ficaremos juntos o tempo todo.
— Podemos fazer isso lá.
— Como ? Meu pai vai surtar se você dormir comigo em casa ou eu ir com você para a sua.
— Sei lá, podemos inventar alguma coisa depois e procurar um lugar para ficarmos. Eu prometo que vou passar o dia com você.
— Se sua mãe souber que está lá e não passou em casa, vai surtar.
— Sim, vai mesmo, mas podemos só ir na hora do churrasco e depois voltar, ou ficar na minha casa.
— Sua mãe e eu ainda não estamos muito bem resolvidas. E porque você quer tanto ir?
— Gostei do seu pai me ligando e me convidando, não o Sanderson.
— Só você Peter, mas você dirigiu tanto.
— Tudo por você. - Ele puxa minhas mãos e dá um beijinho nelas.
— Está bem! Vamos para casa

                               ******
Quando cheguei em casa, papai estava nos esperando com o almoço pronto, olho para Peter e percebo que ele já havia combinado com meu pai, e não queria decepcionar ele. Kitty vem voando e como sempre conversa primeiro com Peter. Ele tem cumprido a promessa sempre que ele vem na casa da mãe ele passa em casa, eu não sabia que era tanto assim, mas ele jantou algumas vezes com minha família, e também vem brincar com Kitty e quando pode a leva e busca na escola, dou uma bronca nela por abusar dele, mas isso só faz amar mais ainda ele, eu jamais imaginei que Peter Kavinsky seria o cara que fica com a minha família, mesmo eu não estando presente. Quando vejo papai abraçando, vejo que Peter faz pelos dois, ele tem meu pai como um exemplo e papai parece que tem ele também como um filho.
— Lara Jean, eu senti sua falta de verdade.
— Ah Kitty eu também senti e muito sua falta.
Kitty vê a tranças no meu cabelo e elogia Peter.
— Parabéns, já está melhorando.
Peter está todo convencido
— Como sabe que não foi eu?
Kitty revira os olhos
— Por que essa eu ensinei só para Peter, essa é a marca dele.
— Isso aí Garota, esse lance e nosso, deixa de conversa Lara Jean.

                              ******
Durante o almoço papai fica nos perguntando sobre a universidade, como estamos indo, sobre as matérias que estudamos, quais as dificuldades e como Peter estava saindo no time universitário de lacrosse, estamos todos empolgados falando, sobre tudo.
— E Peter você tem ido muito na UNC ver a Lara Jean.
Dou uma engasgada, com a pergunta que vem pequena mais cheia de curiosidade procurando informação além. Papai sempre desconfio de Peter e eu depois do vídeo da banheira.
— Eh, não esse é o primeiro final de semana que fui na UNC.
Mentira não é, por que eu que fui atrás dele.
— Legal, e você pretende ir mais vezes lá?
— Papai
— Dan
— O que é? Não posso saber se o namorado da minha filha tem ido na universidade dela, onde ela mora sozinha?
— Claro que pode. - Peter fala querendo ser simpático com meu pai.
— Dan, suas filhas não são mais crianças. Deixe de ser tão controlador, e outra seria bom Peter ir mais vezes, pois assim pode ajudar ela.
— E difícil ver que elas cresceram, se eu posso falar algo se cuidem.
Sinto que fiquei toda corada, mas Peter me faz querer me enfiar debaixo da mesa.
— Pode deixar.
Papai faz um olhar de eu sabia, mas também de será ? Eu quero me esconder. Quando Kitty percebe meu incômodo e entra em outro assunto.
— Lara Jean você vai vir para a ação de graças?
— Mas é claro que eu vou vir. Estou só a três...
— Três horas e vinte cinco minutos de distância. - todos falam juntos e dão risadas.
— Peter você deveria chamar sua mãe. Eu imagino como ela deve ficar, sabendo que o filho está perto, mas só com a família da namorada, e pelo jeito não vão se desgrudar de jeito nenhum.
Ele me olha, como se esperasse minha aprovação, então contra todas as vontades sorrio e faço que sim.
— Seria legal. Ele dá um sorriso. - Ela fica mesmo, mas disse que gosta assim, porque sabe que vocês cuidam de mim.
E acho que ela poderia aprender com minha família. Ainda sinto que a mãe dele não me aceita muito.

                             ******
Peter vai na sua casa, e ficamos largadas no sofá, me lembro como antigamente.
— Kitty sente falta de ficar aqui comigo de bobeira?
— Um pouco, por que tem que ser tão sentimental?
— Por que já pensou se eu não voltar mais para casa ?
Ela me olha assustada
— Como assim?
— Se eu arrumar um emprego ótimo e me mudar para longe ?
— Sei que isso vai demorar, e se acontecer você vai ter que ir.
Kitty e prática, mais que Margot e isso me admira.

                              ******
Resolvi assar alguns biscoitos, faz tempo que não faço, e me sinto horrível por isso. E aproveito para pensar em tudo. Na vida como ela é.
— Ahhhhhhhhhhhhhhhh
— Kitty? —Subo correndo as escadas e vou para o quarto dela, não a vejo e procuro no banheiro, a porta está trancada, só estamos nos duas em casa.
— Kitty? O que aconteceu ? Abre a porta fala comigo.
— Não da.
— Kitty vou derrubar a porta, abre o que está acontecendo?
Ouço ela destrancando a porta devagar. Olho para ela, que está com os olhos baixos e escondida atrás da porta.
— Kitty, me fala sou sua irmã estou aqui para te ajudar. — Falo baixinho para não assustar ela.
— Eh que , e constrangedor. Mas acho que eu estou ficando ...
Ela me olha querendo que eu entendesse, e não precisar falar. Demoro um pouquinho e já abro um sorriso e lágrimas enchem meus olhos.
— Kitty você agora é uma adolescente.
— Lara Jean você poderia ser menos emotiva nessas horas.
— Eh que eu pensei que não estaria aqui quando isso acontecesse. E estou feliz.
Ela me revira os olhos
— Não quero que conte para ninguém viu, ninguém principalmente Peter se não você vai ver.
Fico com medo dela, então concordo e pego o Kit que fizemos para ela , quando essa hora chegasse. Fico um pouco com ela tentando explicar para ela igual Margot fez comigo, bem ela não gosta muito mas é obrigada a me ouvir. Mas falo que Trina precisa saber, para ajuda lá.
— Claro que Trina vai saber, ela é ... minha melhor amiga.
Sinto que ela queria falar que era mãe, mas ela sabe que para Margot e as vezes para mim é difícil.

***********
Papai decide fazer o jantar do lado de fora, por que disse que a família agora está grande e quer que todos fiquem a vontade.
Então olho a cena ao meu redor, Peter, Kitty e Owen estão arrumando e colocando as coisas nas mesas, Trina e a Sra. Kavinsky estão trazendo as comidas para foras, papai está dançando e cantando enquanto vira a carne na churrasqueira, Margot e Ravi estão pelo Skype na ponta da mesa, eles tem participado de tudo a distância, não querem perder nada. Olhando todos em seus ritmos, meus olhos se enchem de lágrimas, não consigo mais imaginar como era a vida só papai, Margot, Kitty e eu, por um segundo vejo que isso era tudo que eu queria. Olho para Peter que está sorrindo e piscando para mim.
Papai está fazendo um discurso para agradecer a todos que estão ali, e exaltando as conquistas de Trina.
— Estou feliz da família de Peter está aqui, Margot e Ravi mesmo do outro lado. Sinto que sou completo, só não me deem netos ainda viu.
Caímos todos na gargalhadas
— Papai. - Falamos juntas. Percebo que a mãe de Peter ficou um pouquinho desconfortável, ela não gosta da ideia de Peter eu juntos, imagino com um bebê.
— Brincadeira a parte, Peter você e sua família são bem-vindos sempre, para ação de graças, Natais, viagens em famílias.
Estamos todos rindo, papai e mais sonhador que eu. Acho mesmo que ele está feliz.
— Ei, não me atrapalhem, Ravi você também está convidado. Na verdade a mãe das meninas, Evie sempre sonhou com uma família grande, com as pessoas envoltas de uma mesa grande e, as meninas com seus ... Eh .. difícil. - Vejo uma lágrima nos seus olhos. - Com seus namorados. E fico feliz das minhas garotas, meninos vocês são sempre bem-vindos, amo vocês também.
Peter beija as minhas mãos e como consigo ainda me apaixonar mais ainda por ele. E todos começam a aplaudir e louvar papai.
— E de se pensar, sempre foi eu e os meninos, me sinto feliz em fazer parte, acho que os natais e ação de graças serão cheios.
Pela primeira vez, vejo que a Sra. Kavinsky concorda comigo e Peter juntos, bem ela parece feliz.

******
O Jantar foi um sucesso, estamos todos felizes. A sensação é boa. Desejo para sempre ter esses momentos em família. Com muita gente, com risadas e com comidas. Isso é bom, a sensação é gostosa. Já imagino a ação de graças, e dou uma risada, será uma bagunça mais gostoso.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora