57 Fifty Seven

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A semana parece uma eternidade, meu estágio, não está nem um pouco com eu pensei, estou só pegando café, organizamos papéis, e algumas vezes atendo ligações para anotar recados. Tive um ideia, sobre algumas matérias que eu vi espalhadas em uma sala esquecida, elas estavam separadas só com uma anotação em cima, Mais lidas. Mas na hora que comentei, uma das co-diretora, me olhou de cima em baixo e deu riso de deboche, minha vontade era se esconder em baixo da mesa. Fiz um grande esforço para me concentrar.
Peter e o time da UVA, estão em grande destaques, não perderam uma vez essa semana, e ele ganhou em dois jogos consecutivos a medalha de melhor jogar em campo, isso é incrível pra ele.
Tomei um banho e estou deitada olhando para o teto, e fico ali penando, quando ouço as risadas e a movimentação na porta.
— O que você fazem aqui ? — Era normal, Jenna todo dia, as vezes Alice, mas elas e o Simon.
— Quinta feira gatinha, nossa reunião. — Simon está se ajeitando no chão e trouxe o notebook com um filme.
— Mas o Peter não está aqui.
— Peter foi nossa cola, mas agora estamos unidos, não adianta querer se livrar, se brincar vamos dormir aqui.
— Olha, uma noite do pijama seria bom, quem sabe conseguimos fazer ela dormir. Olha a cara de quem não dorme bem a dias.
Todos me olhando e preciso me olha no espelho, realmente está terrível.
— Como você sabe ? E se for a correria de ..
— Punf, por favor, você se levanta a noite inteira, e já ficam conversando escondidos a madrugada, se o técnico perceber. — Ela se vira para a Alice. - Ei e o Éric e você? Ele também não foi?
— Sim, mas já acabei me acostumando, e a primeira vez da Lara Jean né? Ano passado fiquei assim, não tanto né, mas foi difícil.
— Ainda bem que eu não sou do time, e posso fazer o que eu quiser. Aliás, vem vamos tirar uma foto e mandar para eles, dizer que são todas minhas.
Tacamos o travesseiro nele.
— A Jenna tem sorte, não gosto dessa história de time, jogo, e líderes de torcida. Erhhh
Na hora todos paramos e olhamos para a Alice, e depois para a Jenna, ambas estavam vermelhas, sabíamos que ela e o Éric estavam flertando, mas conversamos entre nós, nunca na frente dos dois. Claro que ficou um silêncio por pelo menos mais dois minutos, e Simon decidiu descontrair.
— Já disse que é sorte dela, agora depende dela.
— Mas é convencido né ? Como pode ser tão convencido desse jeito?
— Seu namorado me ensinou a ser, eu não era nem um pouco, mas Peter. - ele revira os olhos. - é o maior deles.
— Preciso concorda, ele sempre foi assim, era o que eu mais detestava nele. E também o que eu mais amava, vai saber.
O gelo foi quebrado e começamos a contar histórias dos meninos, e quando contei das histórias do Peter, das coisas que fazia, dás atenções, da fama na escola, do jeito convencido, estávamos rindo igual malucos, e todos concordavam que era a cara dele, mostrei fotos que os divertiu mais ainda.
Mandamos Simon para o quarto dele, e decidimos fazer a noite de pijama das meninas, colocamos os colchões no chão. E deitamos e decidimos que amanhã, ninguém iria na primeira aula, claro uma grande mentira, eu jamais faltaria.
— Então Jenna, por que não quer o Simon, ele parece uma boa pessoa, e parece estar caidinho por você? — Sara se vira e apoia o cotovelo no colchão e a cabeça na mão.
— Sei lá, medo eu acho.
— Do que ? O Éric disse que ele de todos os cara daqui, e o mais gentil, e só o viu uma única vez, com uma garota. — Ela falou baixinho, contando um segredo. — E era a namorada da escola, que traiu ele.
— Ele me contou, mais ou menos.
Lógico que todos nós ajeitamos para olhar para ela e ouvir.
— E então ? Qual é a questão? - falo com curiosidade.
— Ele não parece ser conquistador ? Chega cheio de chame, sabe, cheio de lábia. Derretendo as meninas, como posso garantir que não vai, me trocar quando cansar.
Me ajeito no travesseiro.
— Peter e esse tipo, precisava ver, ele sempre teve esse efeito, nas mulheres, garotas, meninas. Isso me irritava, e sempre me deixou muito insegura. Até hoje, sei que ele arranca suspiros, mas é o chame dele, aprendi a confiar e saber que ele é leal, e não importa quem aparecer na frente dele, sei do amor dele por mim.
— Peter é mesmo apaixonado por você né? Eu acho fofo, quando eu conheci ele, eu ficava pensando tadinha da namorada dele a distância, mas aí, as meninas estavam caindo aos pés dele, e ele educado, mas não deu um pinho de bola, e só falava dessa aí.
— Ele não é aquele nojento do seu ex namorado, prometo se ele te magoar, eu acabo com ele.
— Nós, todas nós.
Sarah só nos ouvia, sem uma palavra,
— Ele me chamou para ir fazer uma trilha esse final de semana, mas disse não, vocês vão estar sozinhas.
— Nem pensar, eu não vou ficar sozinha, estou pensando em ir para casa e ... ei Alice e Sarah, vocês querem ir para minha casa ?
— Mas não vamos atrapalhar? Seu pai ... a amo sua família, eu vou sim. Melhor que ficar aqui.
— Sarah ? O que você acha ?
— Eu .. eu ... não conheço sua família, e se eles acharem ruim? E se sei lá.
— A família dela é a mais acolhedora, você vai amar, não vejo a hora de comer aquele prato coreano.
— Se não for incômodo.
— Jamais, se sentir à vontade, podemos ir no sábado e voltar domingo após o almoço.
— Legal ...

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Meu pai fez uma festa em saber que eu levei as meninas, claro na cabeça dele, e o sinal que eu não fico o tempo todo com o Peter, e estou aproveitando.
— Olá Kitty, soube que você é boa em tranças, e ensinar também. O Kavinsky faz umas na Lara Jean, que até me causam inveja.
— Sim, eu faço, mas tudo tem um preço.
— Menina negociadora, vamos nos der bem, isso aí essa filosofia também e minha. - Sarah caiu nas graças da Kitty.
Claro que eu fiz alguns cookies para elas, e deixei algumas massas prontas. Estava me ajeitando para lavar as roupas que trouxe, minhas e do Peter.
— Lara Jean? A mãe do Peter no telefone.
Olhei engraçado para Trina que estava fazendo uma careta, me entregou o telefone e ficou ali ao meu lado.
Oi Sra Kavinsky...Sim, muito obrigada...não precisa, eu não me importo... tudo bem, eu vou levar.
Assim que desligo, Trina fica ali me encarando com curiosidade. Reviro os olhos.
— Ela queria saber das roupas do Peter, ele disse que eu traria.
— E você iria lavar ? — Ela me olha engraçado.
— Bom já vou lavar as minhas, não faria mal certo?
— Querida, ela está com medo de perder ele, na verdade ela já sabe. — Me puxou para se sentar na cadeira e foi buscar uma bebida. — Eu e ela almoçamos algumas vezes esses dias, ela veio visitar seu pai e nos trouxe algumas vezes refeição, foi bem agradável.
Fico ali observando, querendo saber onde ela vai chegar.
— A questão é que a mãe dele sabe que não tem mais o que fazer, o filho já te escolheu e isso a assusta. Para muitas mães, essa é a parte mais difícil, dividir o filho com a .... — Ela fica me olhando engraçado, ela inclina a cabeça para o lado.— Não sei como descrever e dizer essa palavra, mas por falta de outra "Mulher dele". - Ela faz uma careta.
— Trina, não sou não, sou só a namorada dele.
— Ah querida. — Ela segura o meu queixo, e me dá um olhar singelo. — Seu pai não surtou, por que eu consigo controlar ele, mas quem vamos enganar, tem coisas que sabemos, e ele sempre foi o filhinho da mamãe, sempre foi ela, e agora simplesmente é você. Ele é apaixonado por você, e sei que na cabeça dele, já tem todo o plano formado para o futuro. Então ela quer fazer as mínimas coisas que ainda pode fazer por ele, eu sei do medo dela, vocês são muito novos ainda. Você já tem ele, deixa as roupas sujas para ela.
Claro que com essa última fala dela, é impossível não começar a dar risadas.
— Vou lá, fica um pouco com as meninas? Vou ficar um pouco com ela. Vou fazer minha parte.
— Minha garota !!! Meu orgulho.
— E eu Tri ? Não sou sua garota.
Bagunço o cabelo da Kitty,m.
— Você e minha garota predileta. - ela me dá um piscadinha.

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Trina está certa, depois da faculdade, muito difícil que ele vai voltar para casa, ou melhor nos dois, e quero que ela saiba que não vai perde o filho, falei que iria ficar uns vinte minutos e acabei passando uma hora inteira com ela. De tudo foi agradável, evitei os assuntos que a assusta, eu e Peter, contei sobre o estágio, sobre minhas amigas, ela me contou do tempo dela, das coisas que ele amava fazer, e o que ela queria fazer.
Quando contei para Peter, ele não acreditou, ficou surpreso, mas depois eu explico a conversa com Trina, e o que a mãe dele sente, ou o que eu acho, vou deixar de fora a parte "mulher dele", e claro que ele já me arrastaria para o cartório.
Antes de partir para a faculdade, tenho uma ideia, ele sempre é quem me faz surpresa, sempre quem prepara as coisas mais românticas, dessa vez será a minha vez.
Quero surpreender ele, deixar a volta dele mais especial ainda, um que divertido e ainda senti sua falta! Isso me deixa muito empolgada e começo a me organizar, passo no mercado e levo algumas coisas. E começo a colocar meu plano em ação.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora