40 Forty

930 44 0
                                    

Estamos todos no corredor do hospital aguardando notícia da cirurgia, eles disseram que ela iria demorar envolta de até 3h. Já troquei várias vezes de lugar, já andei pelos corredores e nada ainda, Kitty também está agoniada, ela trouxe Uno jogou com Peter vários tipos de jogos e estava acho que mais nervosa que entediada, só estava disfarçado por que todas nós estávamos uma pilha.
— Kitty gosta mesmo do Peter né ?
— Se fosse para dizer, gosta mais dele que eu.
— Aí Lara Jean e seus dramas, acho que é por que ele nunca a tratou como criança né?
— Acho que sim Gogo, ele sempre tratou muito bem ela, e sempre deu atenção para ela.
— Fico feliz dela ter ele assim para cuidar dela.
Ficamos ali nós duas admirando os dois bateram papos como dois adultos, e assim que Peter a trata, e Kitty gosta.
— O que vocês estão olhando. - ela fala encarando nós duas, e damos risadas.
— Peter me leva para ver os bebês no berçário.
— Claro garota, onde você quiser eu te levo.
Ela nos olha querendo dizer que ele faz tudo por ela, e logo Trina, Margot e eu damos muitas risada.
— Ele faz todos os gostos dela né ?
— Nem fala Trina. Ei eu vou junto me esperem - grito para os dois que já saíram.

                            *******
Estamos ali babando em todos aqueles bebês fofinhos. Ficamos ali suspirando, Kitty é a mais animada com os bebês, fica fazendo aquelas voz de bebê, chamando eles de fofos e bilu-bilu. Até que ela se vira para nós.
— Ei quando vocês terão um beber para eu ser tia.
Eu engasgo, Peter me olha engraçado é dá risada, mas Kitty e a que está mais se matando de dar risada.
— Garota ainda não, só depois que nos casarmos. - ele pisca para ela. - Eu acho que a Margot que vai te dar um sobrinho primeiro.
— Eh mas ela vai morar longe e vocês estarão aqui.
Isso me trás um aperto no coração, Kitty conta conosco, acho que o medo de perder nosso pai, ela não é de expor o que sente. Mas acho que até Peter entendeu, ele abraça ela.
— Ei você sempre será minha garota lembre-se.
Isso enche meu coração de alegria.
— Vamos a cirurgia já deve ter acabado.
Chegamos assim que médico entra na sala.
— Família Covey.
Todos nós levantamos, seguramos as mãos e olhamos atentamente.
— A cirurgia foi um sucesso.
Acho que todos estávamos segurando a respiração, por que em um movimento quase que juntos, respiramos de alívio.
— Ele está bem, retiramos toda a extensão do tumor e agora ele está se recuperando vocês vão poder entrar no quarto para vê-lo.
Trina deixa as lágrimas escaparem e respira de alívio.
— Estava com tanto medo e queria ser forte para vocês.
Margot a abraça, e limpa suas lágrimas.
— Ei você agora e da família, conta com todas!
Acho que agora, ela é Margot se entenderam de uma vez por todas, que cada uma tem um papel na família, por muito tempo era dela, Margot era a responsável, mas agora ela pode ficar aliviada que Trina está agora na posição de adulta e que cuida de tudo.

                             *******
Estamos envolta da cama, quando ele acorda, Trina já ajeitou o travesseiro dele várias vezes.
— Minha família inteira aqui, e a melhor coisa para se ver depois de uma anestesia. Espera não estou tendo visões certo ? - Ele fala dando risada.
— Papai - falamos todas juntas.
— Dan, só você para fazer piadas uma hora dessa.
— Como você está Dr. Covey ? Como foi ?
— Obrigada filho, foi tranquilo, bem a anestesia foi maravilhosa, então não lembro muito, e elas Peter se comportaram ?
— Elas foram uns anjinhos.
E revíramos os olhos para Peter que fica rindo para nós.
— Pai quer algo ? Está com vontade de comer alguma coisa ? O que podemos fazer.
— Margot obrigada pela disposição, mas quero que vocês descansem. Eu também vou descansar um pouco, vocês vão voltar quando ?
— No final da semana Dr. Covey, tudo o que estiver ao nosso alcance quero poder fazer por você nesse tempo.
— Ora temos outro bajulador. - Kitty fala rindo e subindo na cama para abraçar nosso pai.
Passamos mais algum tempo com ele, mas ele precisa descansar, e vamos embora, menos Trina que mais sai do lado dele, nem para se alimentar. Ela cuida muito bem dele, ela pegou uns dias de afastamento do trabalho para ficar no hospital.

                            ********
Fomos buscar nosso pai no hospital, na verdade só os homens e Trina, o resto de nós ficamos organizando a casa, preparando refeições para nosso pai, que o médico indicou, e montamos um cartaz "Boa recuperação", arrumamos o quarto dele, para ficar tudo mais fácil.
Quando ele chega, realmente percebemos o quanto ele está debilitado, sua respiração está com dificuldade, claro mexeu no pulmão dele. Ele dá alguns sorrisos, se sente no sofá passa alguns minutos e pede ajuda para subir ele para a cama.
Peter e Ravi colocam os braços dele envolta do pescoço e sobem um degrau por vez. E ele fica lá quietinho.

                             *******
Papai está com dificuldades ainda, está sem muita disposição para se levantar, e fazer as atividades básicas. Hoje Margot e Ravi foram embora, então Peter tem ajudado muito mais agora, tem dias que meu pai não está com muito bom humor, por conta da dor e desconta em nós. E até difícil, por que ele sempre foi a pessoa mais simpática que conhecemos. Kitty se mantém distante,
— E muita grosseria, fico com os outro trabalhos.
— Mas ele é nosso pai e está sofrendo.
Ela da de ombros, pelo menos tem ajudado a preparar a alimentação e lavar as coisas.
Isso me deixa preocupada, quando eu voltar para a faculdade, só Trina e Kitty, nem Peter estará aqui por perto.

                                ********
Hoje vamos receber a notícia de Peter vai para a UNC, estou empolgada e com um misto de sentimentos.
Estou no quanto com tentando convencer meu pai de descer para caminhar.
— Você é médico e sabe que precisa começar a se exercitar.
— Eu sei, mas ainda estou com um pouco de dificuldade.
— Promete que vai tentar por favor.
Convenci ele é estamos andando agora no corredor de um lado para o outro.
— Pai eu gostaria de estar mais perto para te ajudar. Sabe Kitty não é a melhor ajuda.
Entre risos ele me diz.
— Concordo com você, filha eu também queria você mais perto, mas é egoísmos, você tem sua vida agora graças a Deus eu tenho a Trina.
— Eu sei, mas ..
— Sem mas.
Para a conversa quando Peter me manda mensagem.
Não aceitaram minha transferência
Mando várias mensagem de caras triste e falo que vou lá na casa dele.
— O que aconteceu ?
— Peter pediu transferência e não aceitaram ele ir para a UNC.
— Poxa filha, não sei o que dizer, aliás por um lado sei que não vai ficar todos os dias juntos, mas fico triste por que eu até que gostei da ideia dele estar perto para te ajudar.
Continuo em silêncio.
Deixo meu pai descansar e vou até a casa do Peter, por um lado tenho um pensamento mesquinho, ele vai estar perto para cuidar do meu pai e da Kitty, mas logo fico triste por que parece que tudo quer nos separar.
Peter está visivelmente triste, assim que eu chego ele me abraça depositando todo o peso do seu corpo em cima do meu.
— Não acredito, mais um ano longe, eh .. - ele suspira. - bem vamos superar, conseguimos esse ano.
Eu não tenho muito o que falar, por que eu não quero ficar mais um ano separada de Peter, e ainda a saúde do meu pai. Sentamos no sofá e ficamos lá por um bom tempo em silêncio só abraçados, como se o mundo fosse acabar e precisamos ficar unidos para sobreviver.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora