94 Ninety Four

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Hoje estamos nos mudando para NY, conseguimos um apartamento legal, maior do que moramos no alojamento da UVA, não ficamos no West village pelo preço, mas ainda estamos em uma localização legal, perto do metrô.
Enquanto subíamos com as caixas para nosso apartamento, tentei fazer amizades com a vizinhança, mas todos passaram correndo e só trocamos alguns rápidos "bom dia e sejam bem vindos."
Assim que terminamos de subir todas as caixas que trouxemos, me sento no chão encostada na ilha e fico observando, Peter se senta ao meu lado trás uma garrafa de água para mim e abre uma cerveja para ele, e solta a respiração de cansaço.
— Um brinde a nossa mudança, a nossa vida.
Ele inclina a garrafa dele para bater na minha, e abre um sorriso. E fico ali observando ele sentado, com a cabeça um pouco inclina e o sol do final da tarde entrando pela janela e iluminando a casa e refletindo o rosto dele. E não consigo me conter e por uns instantes tenho uma crise de riso.
— Do que você está rindo tanto?
Peter fica me olhando estranho e continuo rindo descontroladamente.
— Isso aqui. Tudo isso. — Aponto para todo o apartamento. — Nós dois, nossa vida. Peter isso nem nos meus momentos mais otimistas eu imaginei que estaria aqui. — Continuo rindo.
— O que você se imaginou?
— Não sei, talvez eu voltando para a casa do meu pai, com um emprego bom, mas isso Peter e maior do que eu imaginei.
— Eu acho que isso ainda é pouco para você.
Me viro para ele e o abraço pelo pescoço dele.
— Você sempre foi meu incentivador e tão otimista, em relação a minha carreira e tudo que me envolve.
— Por que sempre acreditei em você, em nós.
— Isso ainda é pouco para nós, você vai brilhar aqui, NY é a sua cara, e estou aqui, por você. Eu não sei se teria coragem de enfrentar tudo sem você.
Dou um beijo demorado nele.
— Ah Covey, você que me faz não ter medo.
— Acho que precisamos estrear esse apartamento.
Ele me puxa para perto do seu corpo e me solta um olhar malicioso.
— E como você quer estrear?
— Que tal começar as preliminares aqui mesmo onde estamos.
Passo as mãos por baixo da blusa dele alisando o corpo e me inclino e falo no ouvido dele.
— Aí finalizamos no quarto.
— Não me peça duas vezes.
Entre beijos, sorrisos, carícias aproveitamos nossa liberdade. Começamos nosso amasso no chão da cozinha, depois fomos para a sala, e acabamos no quarto.
Quando nós demos conta já era quase onze da noite e nos entretemos em guardar algumas coisas das caixas, nos encontrar pelo apartamento e lógico dar amassos por todos os cantos, e esquecemos da hora.
— Estou com muita fome Covey, e não fizemos compras e não temos nada além de água.
Olho em volta, vou até a janela e olho a movimentação da rua.
— O que acha de sairmos para comer? Aqui não é a cidade que não dorme?
— Não sei, ainda não conheço aqui, e levar você essa hora por essas ruas, não sei. — Ele realmente parece preocupado.
— Ah deixa de ser preocupado e super protetor, sabe que nossa rotina vamos sair e voltar em horários diferentes.
Ele coça a barba e franze a testa.
— É, mas hoje não, está tarde, vamos pedir algo e amanhã saímos para conhecer e fazer compras.
— Tudo bem, acaba com a diversão, mas vamos sim sair à noite nos próximos dias.
— Tudo bem. Nos próximos dias sim.

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Como não conseguimos trazer todos as nossas coisas e nossos pais também não tiverem tempo de conhecer o apartamento antes de nós nos mudarmos, eles vão vir nos visitar e trazer mais algumas coisas nossas. E como NY fica a seis horas de distância, vão passar o final de semana aqui, ou provavelmente em hotel. Meu pai vem primeiro e a mãe do Peter nos próximos dias. Na verdade eu me sinto um pouco culpada por conta de nos mudar muito rápido, e comecei no trabalho, e está tão corrido, é tão puxado que agora mal tenho tempo de falar com eles. Então quero fazer o melhor.
— Peter pega no armário o molho por favor, e você acha que eu já deixo a mesa preparada?
— Covey, calma você está muito nervosa, e só sua família, por que todo esse estresse.
Reviro os olhos para ele e coloco o assado no forno, e me viro para ele rápido que se assusta.
— Peter é a primeira vez que eles vão vir aqui.
— Eu sei. Mas eles já estão acostumados não?
— Agora é nossa casa. Nossa Casa, não alojamento da faculdade. Agora é onde realmente vamos morar, pagar contas, água, compras, receber a família.
Ele vem segura minhas mãos, e me puxa para me abraçar.
— É, agora aqui é nosso lar. E você está perfeita como a dona da casa, do lar. E o jantar está maravilhoso.
— Você nem provou.
— Mas eu sei. — Ele da de ombros. — Você arrasa. Ele já está me apertando e beijando, e me jogo para trás. como se fosse fugir.
— Você é bobo. — A campainha toca. — Então vai atender a porta. Você é o homem da casa agora.
Ele vai abrir fazendo palhaçada e passa a mão na testa como se estivesse suando.
— Nossa que responsabilidade, mas eu gosto.
— Eu amei, aqui é perfeito. — Trina já entra assim.
— Você ainda nem conheceu aqui ainda. — dou um abraço nela.
— Querida esse bairro já disse muito, mas quero conhecer o apartamento claro. Eu achei aqui tão a cara de vocês.
— Pai estava com saudade. — O abraço. — Me desculpe por entrar pouco em contato, está tudo uma bagunça.
— Que isso filha, eu imagino, quero saber se estão bem, se está se adaptando bem aqui. — Ele passa as mãos pelo meu ombro. — Sabe que pode contar comigo sempre que precisar não é?
Balanço a cabeça que sim.
— Posso vir para cá quando eu quiser? Tipo nos finais de semana, eu amo NY.
— Kitty você nem andou muito por aqui, nem viu tudo ainda.
— Mas eu gostei, quero vir para cá também.
— Até você quer ir embora e me deixar? Ainda bem que eu tenho a Trina, se não ficaria sozinho.
— Ah papai. — Falamos juntas e ele se abre todo.
Foi legal o jantar, sentados todos na mesa, na minha casa com Peter em NY, os lugares que meu pai e minha mãe ocupava na mesa na casa deles, eram nossos, eu preparei tudo. Eles ficaram lá todo o final de semana, e foi ótimo a presença de todos.

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Em menos de dois meses morando em NY Peter conseguiu um emprego ótimo, em uma grande empresa, mas como é novato ele tem se dedicado três vezes mais, saímos para trabalhar no mesmo horário, mas ele está chegando mais tarde. E não posso dizer que estou muito diferente, o ritmo é mais puxado mas estou tentando me adaptar. E nos finais de semana as vezes preciso ir trabalhar, ou em lançamento de livros, ou alguma reunião com novos clientes em potencial.
Hoje como sempre cheguei mais cedo que Peter, ele já me visou que vai chegar bem mais tarde, então preparei algo para comer e guardei outro para ele, e fui tomar um banho de banheira relaxante, e usar umas das minhas máscaras no rosto, faz tempo que não uso. Começo a me olhar no espelho.
— Preciso voltar as meus rituais de limpeza do rosto, se não vou ser uma noiva acabada.
Quando penso nisso, já pego meu notebook e começo a organizar e olhar as coisas do casamento.
Com todas as mudanças e todas as novidade deixei o casamento em segundo plano. Não mandei fazer os convites, não convidei minhas madrinhas e a dama de honra, não escolhemos nem o local.
Fico perdida ali nas milhares tarefas atrasadas, que deixamos para trás. Começo a mandar mensagens para os fornecedores, mas meu prezo é curto.
— Amor? — Ouço Peter me chamar de longe.
— No quarto.
Ele entra e como sempre fazia na faculdade após alguns jogos se joga na cama me abraçando pela cintura.
— Como foi seu dia?
— Muito bom, e muito cansativo, estou tentando dar o melhor, mas os caras estão lá a anos.
— Você vai conseguir. Foi igual quando entrou na UVA, lembra? E se saiu muito bem.
Ele levanta a cabeça e me olha o que eu continuo no notebook.
— Está trabalhando?
— Hã, não. Algo muito importante, e que deixamos de lado.
Coloco o notebook ao lado, me ajeito para sentar de frente com ele e ele faz o mesmo, seguro as mãos deles.
— Amor não quero que fique chateado, mas acho que deveríamos adiar o casamento, para o próximo ano. — Ele continua me olhando. — Estamos com pouco tempo, e ainda estamos nos adaptando a morar aqui e não sei ..
Sai algumas lágrimas e ele enxuga, e segura meu rosto em suas mãos e me olha firme.
— Amor, eu entendo, e estava com medo de deixar tudo nas suas costas, não imaginávamos que aconteceria todas essas mudanças em nossas vidas, e estamos ainda nos adaptando. O mais importante hoje para mim é poder acordar e dormir, todos os dias ao seu lado.
— Por que você é tão compreensivo? Não vai achar ruim?
— Só se não acertamos agora uma data final, o local e já mandar fazer os convites. Aí vou pensar que está me enrolando.
— Eu sei onde quero casar em Keswich Vineyard em Charlottesville, e na primavera.
— Em Marco então?
— Isso aí, já posso confirmar os convites?
— Você quem manda, você que sempre mandou.
Ele me agarra na cintura e ficamos de joelhos na cama, Peter começa a beijar meu pescoço e depois descendo para a clavícula.
— Precisamos ver uma banda, e lógico pagar a locação do local ... Peter está me ouvindo?
— Não mais. — Ele segura minha perna e passa pela sua cintura. — Estou concentrado em você agora, no seu corpo.
— Como pode depois de tanto tempo ainda ficar assim. Não vai cansar de mim?
— Nunca.
Abro um sorriso para ele e me entro, vejo nos olhos dele que me ama e me deseja do mesmo jeito desde quando ficamos juntos e espero que seja o mesmo daqui a cinco, vinte, quarenta anos.

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Obrigada a todos (as) vocês são os melhores, cada comentário que deixam melhoram mil vezes meu dia.

Desculpa a demora de publicar os capítulos, e se não estiver muito bom esse também, não estou muito bem de saúde esse dias, mas vou tentar voltar no mesmo ritmo novamente. Obrigadaaaaaaa !!!!!
Uma prévia do local do casamento

 Obrigadaaaaaaa !!!!! Uma prévia do local do casamento

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Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora