113 One Hundred Thirteen

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10 meses depois..

Você acredita que estamos indo para a formatura da Kitty na faculdade?Peter fala enquanto estamos entrando no avião.
Não mesmo. Minha irmãzinha, se formando. Kitty, minha aventureira. — Falo num tom de melancolia. — Estou orgulhosa dela, tudo bem que só vimos ela umas duas vezes por ano, mas eu sei que ela está feliz.
Ela aproveitou muito bem.
Viajou muito, se divertiu, namorou muito. — Pisco para ele, e Peter faz careta.
— Argh. Por que você tem que falar isso? Não consigo pensar nela, e os "namorados" — Ele estremece.— E agora esse último aí.
Você disse que gostava dele.
— Gosto dele. Mas não dele com ela. E na minha opinião acho que ela "aproveitou" até de mais.
Está falando das viagens que ela fez ou o que fez com os namorados? — Dou uma gargalhada.
Chega não quero falar mais nisso, você já me deu mais detalhes do que eu queria saber. Eu não concordei com nada, achei tudo muito precipitado, e acho que ela namorou muito mesmo.— Ele continua murmurando.
Ah querido Peter, não é por que você foi único na minha vida, que sempre acontece isso na vida de todos. E não se esqueça que você tem um filho e uma filha viu. — Dou ênfase. — Que ambos podem ter muitos namorados. — Provoco ele.
— O QUE? — Ele quase grita. — Não quero falar sobre isso, e não sei porque você quer falar, é seus filhos também. Espero que Tommy não encontre alguém que magoe e ele, e a Hollie. — Ele suspira.
Ele continua reclamando e fazendo as ameaças aos futuros namorados.
Por que o papai está bravo, mãe? — Tommy fala pulando segurando minha mão.
— Por que ele era um malandrinho na adolescência. — Ele faz Hã como se entendesse.
Peter ajeita a Hollie na poltrona, e abraça e beija as bochechas rosadas dela.
Promete que vai ser sempre minha princesinha filha?
— Sim papai. — Ela fala encolhendo o pescoço de cócegas.
— Não vai trazer os namorados chatos para casa, e nem vai ter muitos? E promete que vai esperar até casar? — Ela sem entender só da risada.
Esperar o que papai? — Tommy pergunta curioso e Peter gagueja.
Esperar, assim, hã.— Ele olha curioso para ele.
O que mesmo papai? — Encaro Peter, sorrindo e ele com os olhos arregalados. — Ele quis dizer que até casar vocês vão ter que beijar muito a mamãe e o papai.Esfrego o nariz na bochecha dele que gargalha.E Peter seus filhos ainda tem cinco e dois anos, não é hora disso, e não vamos comentar sobre nosso exemplo. Quer dizer o seu não é? — Aponto o dedo para ele.
Tudo bem, vamos deixar de lado essa conversa, e esquecer por um bom tempo mesmo. — Ele ergue as sobrancelhas. — Por isso vou aproveitar cada momento, com eles. — Ele beija os dois e bagunça os cabelos deles.
Chegamos na noite anterior a formatura da Kitty, por conta do trabalho do Peter e dos novos livros que estou escrevendo, não conseguimos vir antes com minha família. Perdi todo o ritual que ela fez com eles por Yale.
Na manhã da formatura, estava tão empolgada para ver a Kitty, que faço todos ficarem prontos duas horas antes do combinando.
As crianças amam a Kitty e assim chegamos no campus fizeram a maior festa com ela. Eu queria um momento nos duas, Peter foi andar com as crianças pelo campus.
Quero saber como minha irmã está no seu grande dia. Me diga. — Olho curiosa para ela.
Estou tranquila.— Ela fala enquanto ajeita o capelo na cabeça.
— Nem um pouco nervosa? Sei lá ansiosa, ou preocupada?
Não. Estou bem Lara Jean.
E qual seu plano agora que você já está formada? — Observo uma foto de nós três irmãs Songs na mesa dela.
Kitty parece hesitar em falar. E insisto.
— Queria contar depois da formatura. Mas como sei que você não vai me deixar em paz. E preciso de um apoio. Dylan e eu, vamos para a Espanha, trabalhar e fazer um curso de especialização, por uns dois anos e depois vamos ver o que acontece.
Ouço atenta tudo que a Kitty fala, ela sempre quis ser livre. Mas eu nunca pensei em dizer adeus para minha irmã.
— Então provavelmente hoje vai ser o último dia que vamos te ver em dois anos ou mais? — Tento processar tudo.
Não seja sentimental Lara Jean, vocês podem ir me visitar, você disse que amou a Espanha, e se der certo posso vir no natal.
Ual. — Finjo não estar chocada. Ela me puxa para um abraço.
Minha vida só está começando...
— Eu sei, e fico muito feliz por você, triste por não saber quando você volta. Mas feliz por saber que está realizada. — Abraço mais. — Sabe que sempre estaremos aqui para você. — Olho para ela, para gravar o rosto dela. — Papai vai surtar, você é a caçula dele, e a Trina. Bem, você sabe.
— Eu sei, isso é o que mais me deixa triste, mas por sorte você e a Margot estão por perto e a creche de vocês. — Dou um tapinha nela que dá uma gargalhada. — Tenha mais um filho e ele não vai ter tempo de sentir tanto a minha falta.
— Ei fala isso para a Margot, eu já tenho dois.
Somos interrompidas quando Dylan entra para buscar ela. Eles estão juntos a uns dois anos, eles parecem muito felizes, estudaram direito juntos, e posso dizer que fizeram muitas viagens e passeios malucos e radicais. Ele se completam.
Encontro Peter e nos acomodamos enquanto a família não chega, ela me lança alguns olhares, mas fica em silêncio.
Logo que chegam as crianças correm para abarcar. Peter fala antes deles se aproximarem.
Então como foi a conversa com a Kitty que te deixou assim.Ele passa o braço ao meu redor, e deito a cabeça no ombro dele.
Nossa Kitty .. . — Conto para ele dos planos dela. — Ela agora vai viver a vida dela.Ele fica com um olhar triste, Kitty e Peter sempre tiveram uma ligação especial.
A formatura foi ótima, quando chamaram o nome dela, todos nós vibramos, Margot chorou horrores, dizendo que se sentia como uma mãe. Trina também soluçava e dizia cadê minha garotinha.
Aproveitamos o dia juntos com ela, almoçamos, passeamos pela cidade, ela nos mostrando curiosidade, queria aproveitar cada segundo dela, para mim aquele passeio estava com um gosto diferente. Após o jantar em um restaurante especial que papai escolheu, ela contou da mudança dela, que provavelmente seria nos próximos três dias. Meu pai na hora ficou sem palavras, ele e Trina trocaram olhares triste, mas por ela, demonstrou que entendeu. Ou fingiu entender. Mas fizemos como uma comemoração por ela. Peter e ele ficaram conversando por um tempo a sós.
Depois que colocamos Tommy e Hollie para dormir, e deitamos na cama, me aconchego no peito dele, e ele me abraça. Ele ficou bem mexido com a mudança da Kitty.
Seu pai ficou surpreso com a mudança dela.
Acho que ele não esperava. Vocês conversaram?
Ele fica em silêncio.
Um pouco.Eu fiquei olhando ela ali recebendo o diploma, e só me lembrava daquela garota que entrou no meu carro, com uma personalidade, me perguntando Quem é você. — Ele fala imitando ela. — Depois dos passeios, dos filme, todos os momentos com ela, os olhos de admiração em mim, ela foi muito importante para nós. Ele limpa os olhos.
Ela sempre te admirou mesmo.
— Parece que foi ontem, que ela pulava no meu pescoço, e eu conseguia carregar ela. Aí olhei nosso filhos, e já como passou rápido o tempo. Tommy vai para o ensino fundamental e a Hollie para a pré escola em agosto. — Ele respira fundo. — E estamos nos despedindo da Kitty, não estou preparado para isso com nossos filhos.
Dou uma gargalhada e ele me olha feio.
Eu também não estou, quase sequestro a Kitty para ela não ir. Mas é assim.
Espero que eles realizem os sonhos e sejam felizes. Vamos dormir, não quero mais ficar triste. Boa Noite amor.
Dou uma risada e um beijo nos lábios dele.
Boa Noite Peter. — Olho para ele novamente, os olhos fechados. — Que nossos filhos tenham uma vida maravilhosa igual a nossa, e encontrem o que temos.
Ele me aperta nos braços dele, e dá um beijo na minha testa.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora