10 meses depois..
— Você acredita que estamos indo para a formatura da Kitty na faculdade? — Peter fala enquanto estamos entrando no avião.
— Não mesmo. Minha irmãzinha, se formando. Kitty, minha aventureira. — Falo num tom de melancolia. — Estou orgulhosa dela, tudo bem que só vimos ela umas duas vezes por ano, mas eu sei que ela está feliz.
— Ela aproveitou muito bem.
— Viajou muito, se divertiu, namorou muito. — Pisco para ele, e Peter faz careta.
— Argh. Por que você tem que falar isso? Não consigo pensar nela, e os "namorados" — Ele estremece.— E agora esse último aí.
— Você disse que gostava dele.
— Gosto dele. Mas não dele com ela. E na minha opinião acho que ela "aproveitou" até de mais.
— Está falando das viagens que ela fez ou o que fez com os namorados? — Dou uma gargalhada.
— Chega não quero falar mais nisso, você já me deu mais detalhes do que eu queria saber. Eu não concordei com nada, achei tudo muito precipitado, e acho que ela namorou muito mesmo.— Ele continua murmurando.
— Ah querido Peter, não é por que você foi único na minha vida, que sempre acontece isso na vida de todos. E não se esqueça que você tem um filho e uma filha viu. — Dou ênfase. — Que ambos podem ter muitos namorados. — Provoco ele.
— O QUE? — Ele quase grita. — Não quero falar sobre isso, e não sei porque você quer falar, é seus filhos também. Espero que Tommy não encontre alguém que magoe e ele, e a Hollie. — Ele suspira.
Ele continua reclamando e fazendo as ameaças aos futuros namorados.
— Por que o papai está bravo, mãe? — Tommy fala pulando segurando minha mão.
— Por que ele era um malandrinho na adolescência. — Ele faz Hã como se entendesse.
Peter ajeita a Hollie na poltrona, e abraça e beija as bochechas rosadas dela.
— Promete que vai ser sempre minha princesinha filha?
— Sim papai. — Ela fala encolhendo o pescoço de cócegas.
— Não vai trazer os namorados chatos para casa, e nem vai ter muitos? E promete que vai esperar até casar? — Ela sem entender só da risada.
— Esperar o que papai? — Tommy pergunta curioso e Peter gagueja.
— Esperar, assim, hã.— Ele olha curioso para ele.
— O que mesmo papai? — Encaro Peter, sorrindo e ele com os olhos arregalados. — Ele quis dizer que até casar vocês vão ter que beijar muito a mamãe e o papai. — Esfrego o nariz na bochecha dele que gargalha. — E Peter seus filhos ainda tem cinco e dois anos, não é hora disso, e não vamos comentar sobre nosso exemplo. Quer dizer o seu não é? — Aponto o dedo para ele.
— Tudo bem, vamos deixar de lado essa conversa, e esquecer por um bom tempo mesmo. — Ele ergue as sobrancelhas. — Por isso vou aproveitar cada momento, com eles. — Ele beija os dois e bagunça os cabelos deles.
Chegamos na noite anterior a formatura da Kitty, por conta do trabalho do Peter e dos novos livros que estou escrevendo, não conseguimos vir antes com minha família. Perdi todo o ritual que ela fez com eles por Yale.
Na manhã da formatura, estava tão empolgada para ver a Kitty, que faço todos ficarem prontos duas horas antes do combinando.
As crianças amam a Kitty e assim chegamos no campus fizeram a maior festa com ela. Eu queria um momento nos duas, Peter foi andar com as crianças pelo campus.
— Quero saber como minha irmã está no seu grande dia. Me diga. — Olho curiosa para ela.
— Estou tranquila.— Ela fala enquanto ajeita o capelo na cabeça.
— Nem um pouco nervosa? Sei lá ansiosa, ou preocupada?
— Não. Estou bem Lara Jean.
— E qual seu plano agora que você já está formada? — Observo uma foto de nós três irmãs Songs na mesa dela.
Kitty parece hesitar em falar. E insisto.
— Queria contar depois da formatura. Mas como sei que você não vai me deixar em paz. E preciso de um apoio. Dylan e eu, vamos para a Espanha, trabalhar e fazer um curso de especialização, por uns dois anos e depois vamos ver o que acontece.
Ouço atenta tudo que a Kitty fala, ela sempre quis ser livre. Mas eu nunca pensei em dizer adeus para minha irmã.
— Então provavelmente hoje vai ser o último dia que vamos te ver em dois anos ou mais? — Tento processar tudo.
— Não seja sentimental Lara Jean, vocês podem ir me visitar, você disse que amou a Espanha, e se der certo posso vir no natal.
— Ual. — Finjo não estar chocada. Ela me puxa para um abraço.
— Minha vida só está começando...
— Eu sei, e fico muito feliz por você, triste por não saber quando você volta. Mas feliz por saber que está realizada. — Abraço mais. — Sabe que sempre estaremos aqui para você. — Olho para ela, para gravar o rosto dela. — Papai vai surtar, você é a caçula dele, e a Trina. Bem, você sabe.
— Eu sei, isso é o que mais me deixa triste, mas por sorte você e a Margot estão por perto e a creche de vocês. — Dou um tapinha nela que dá uma gargalhada. — Tenha mais um filho e ele não vai ter tempo de sentir tanto a minha falta.
— Ei fala isso para a Margot, eu já tenho dois.
Somos interrompidas quando Dylan entra para buscar ela. Eles estão juntos a uns dois anos, eles parecem muito felizes, estudaram direito juntos, e posso dizer que fizeram muitas viagens e passeios malucos e radicais. Ele se completam.
Encontro Peter e nos acomodamos enquanto a família não chega, ela me lança alguns olhares, mas fica em silêncio.
Logo que chegam as crianças correm para abarcar. Peter fala antes deles se aproximarem.
— Então como foi a conversa com a Kitty que te deixou assim. — Ele passa o braço ao meu redor, e deito a cabeça no ombro dele.
— Nossa Kitty .. . — Conto para ele dos planos dela. — Ela agora vai viver a vida dela.— Ele fica com um olhar triste, Kitty e Peter sempre tiveram uma ligação especial.
A formatura foi ótima, quando chamaram o nome dela, todos nós vibramos, Margot chorou horrores, dizendo que se sentia como uma mãe. Trina também soluçava e dizia cadê minha garotinha.
Aproveitamos o dia juntos com ela, almoçamos, passeamos pela cidade, ela nos mostrando curiosidade, queria aproveitar cada segundo dela, para mim aquele passeio estava com um gosto diferente. Após o jantar em um restaurante especial que papai escolheu, ela contou da mudança dela, que provavelmente seria nos próximos três dias. Meu pai na hora ficou sem palavras, ele e Trina trocaram olhares triste, mas por ela, demonstrou que entendeu. Ou fingiu entender. Mas fizemos como uma comemoração por ela. Peter e ele ficaram conversando por um tempo a sós.
Depois que colocamos Tommy e Hollie para dormir, e deitamos na cama, me aconchego no peito dele, e ele me abraça. Ele ficou bem mexido com a mudança da Kitty.
— Seu pai ficou surpreso com a mudança dela.
— Acho que ele não esperava. Vocês conversaram?
Ele fica em silêncio.
— Um pouco.Eu fiquei olhando ela ali recebendo o diploma, e só me lembrava daquela garota que entrou no meu carro, com uma personalidade, me perguntando Quem é você. — Ele fala imitando ela. — Depois dos passeios, dos filme, todos os momentos com ela, os olhos de admiração em mim, ela foi muito importante para nós. — Ele limpa os olhos.
— Ela sempre te admirou mesmo.
— Parece que foi ontem, que ela pulava no meu pescoço, e eu conseguia carregar ela. Aí olhei nosso filhos, e já como passou rápido o tempo. Tommy vai para o ensino fundamental e a Hollie para a pré escola em agosto. — Ele respira fundo. — E estamos nos despedindo da Kitty, não estou preparado para isso com nossos filhos.
Dou uma gargalhada e ele me olha feio.
— Eu também não estou, quase sequestro a Kitty para ela não ir. Mas é assim.
— Espero que eles realizem os sonhos e sejam felizes. Vamos dormir, não quero mais ficar triste. Boa Noite amor.
Dou uma risada e um beijo nos lábios dele.
— Boa Noite Peter. — Olho para ele novamente, os olhos fechados. — Que nossos filhos tenham uma vida maravilhosa igual a nossa, e encontrem o que temos.
Ele me aperta nos braços dele, e dá um beijo na minha testa.
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Para viver intensamente. (Editando)
FanfictionQuando Lara Jean e Peter entram na universidade, se deparam com o amor a distância, a saudade e o amadurecimento dos dois como um casal e engrenando na vida adulta. Eles querem viver intensamente tudo.