74 Seventy Four

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Na manhã seguinte, não sei dizer se Peter dormiu na cama ou não, ele já está na cozinha preparando alguma coisa, eu levanto e fico enrolando no banheiro, estou disposta a perder a aula, sei que estou fazendo pirraça com ele, mas não quero conversar de manhã.
— Lara Jean ? — Ele bate na porta. — Vamos nos atrasar.
— Pode ir, vou depois. — Respondo seca.
Ouço a respiração impaciente dele.
— Então vou te esperar, não vou sem você.
Droga, já vamos começar o dia discutindo. Me ajeito no meu tempo e sei que ele me olha impaciente, mas permanece em silêncio. Não diz uma palavra.
Quando estamos a caminho ele me pergunta.
— Vamos conversar?
Só faço que não com a cabeça.
— Não é assim que se resolve as coisas Lara Jean, precisamos conversar.
— Você não queria falar comigo primeiro, só ficou bravo por aí, desmarcou compromisso e não me falou nada.
— Me desculpa, eu errei ... mas, acho que precisamos acertar algumas coisas para vivermos bem.
— Preciso ir. Estou atrasada.
Ele me puxa para me dar um beijo mas dou um seco e saio andando.

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Preciso converse com alguém, alguém que entenda, as minhas amigas, não sei se vão entender, Margot vai brigar comigo.
— Trina ela vai me ajudar.
Ligo na hora do almoço dela, estou sentada sozinha perto de umas aulas que faço com a Sarah.
Conto para ela o que aconteceu, ela fica em silêncio me ouvindo.
— Então o que eu devo fazer ?
— Querida, sabe dividir um teto com uma pessoas requer abrir mão de algumas coisas, se ajudarem.
— Não entendi.
— Você está cansada e Peter também, ele também estuda, trabalha, acorda cedo e volta tarde, e ainda ele precisa exercitar o corpo.
— Eu sei mas ele não tem direito.
— Posso falar algo, como quem morou com você?
— Pode falar.
— Você é um tanto bagunceira com as sua coisas, e agora tudo muda, antes era o seu quarto aqui, somente seu, por mais que seu pai, e a Margot mandava você organizar, você não se importava, por que era o seu canto. Agora não tem mais essa, e dos dois.
— Mas e só as minhas coisas, algumas roupas, o material que uso.
— Ele não pisou em coisas suas e chutou algumas outras coisas? Você que me disse.
— Sim, mas ele também deixa algumas coisas jogadas e eu arrumo.
— Então dividem as tarefas, um arruma e outro faz comida. Como era aqui em casa lembra? Mas agora você vai ter que fazer algumas coisas que não gosta também.
— Mas é difícil Trina...
— Isso é um relacionamento, e vou ser sincera, se não conseguir agora, quando casar vai ser pior para você, ainda tem tempo.
Eu agradeço e fico pensando no que ela me disse, sei que eu estou sendo até um pouco folgada com Peter, mas ele também é.
Sarah se aproxima e fica me olhando.
— Que cara é essa de quem não está gostando.
Resisto mas conto da conversa/briga com Peter, do conselho da Trina e digo que estou insatisfeita com o conselho e com a briga, e no final ele está controlando a gargalhada para o professor não brigar. E fico encarando ela com raiva.
— Eu como sua colega de quarto, digo que você é bagunceira.
— Do que está falando?
— Por você ser gentil comigo, eu não reclamava e por que o Peter sempre estava arrumando suas coisas, mas você é bagunceira Lara Jean, não gosta das coisas no lugar.
Fico olhando como se não acreditasse em nada.
— Ele está certo então... eu largo tudo por onde passo, e, poxa. — Dou um beliscão nela. — Por que não me disse antes.
— Sei lá, não queria brigar com você, se o Peter sofreu tudo isso por falar, imagina se fosse eu.
Aperto os olhos e balanço a cabeça para ela. Mas preciso me acertar com Peter.
Pedi para sair mais cedo, e fui para casa, organizei minhas coisas e preparei uma janta com umas coisas que comprei no meio do caminho e mandei mensagem para ele vir direto para casa.

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Ele chegou desconfiado, olhando em volta, preparei a mesa e pedi pra ele sentar. Ele fica olhando para os lados sem entender, se aproxima e me dá um beijo e senta na mesa.
— Isso é uma oferta de paz. — Ele balança a cabeça. — Me desculpa, eu sou bagunceira, e foi difícil saber que não é mais só meu espaço é nosso.
Ele segura minha mão puxa e dá um beijo.
— Me desculpa por ficar bravo e descontar em você sem falar o motivo.
— Vamos dividir as tarefas, por enquanto eu fico com as refeições e você a organização. Mas eu vou te ensinar a fazer algumas coisas.
— Tudo bem, eu prometo que vou aprender, mais uma coisa.
— Diga.
— Nunca mais vamos dormi separados ou brigados resolver antes de dormi.
— Concordo, preciso do seu boa noite e do seu abraço. E vamos terminar logo de comer, que precisamos fazer as pazes.
— Só você Covey. — Me puxa e dá um beijo e passa a mão no meu rosto.

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Já faz mais de um mês que estamos morando juntos, e está perto o aniversário do Peter ele vai completar vinte e um anos e queria fazer algo pra ele, mas meu pai nos evita e a mãe dele só fala o necessário.
Eu já chamei ele para jantar várias vezes e ele não veio, nós sempre estamos indo no final de semana, mas ele me vê sorri e sai sem falar nada.
Não acho certo eles fazerem isso. Decido chamar a mãe do Peter para jantar com a gente, ela é educada e não recusou disse que precisa falar com o Peter.

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Marcamos no final de semana para ter tempo de fazer tudo, deixamos a casa o mais organizado possível, veio ela, Owen e Mitchel. Ela estava meia desconfortável no início, mas foi ficando a vontade, ela trouxe uma sobremesa para nós.
— Por mais que é difícil para mim, que ainda estou digerindo essa história de vocês, aqui é a cara de vocês, e eu espero que estejam felizes.
Peter foi até ela a abraçou por trás e deu um beijo nela.
— Eu nunca fui tão feliz mãe. — Fico ali observando boba.
— Trouxe uma oferta de paz, podem buscar no carro os homens?
Eu e ela retirando a mesa e, ela não fala muito sobre nós comigo, conta da loja e do Owen, eu dou grito quando eles entram, ela nos deu uma escrivaninha, tudo que eu queria. Corro e dou um abraço nela.
— Não sei como agradecer, eu amei e precisava de uma.
— Só cuida muito bem do meu filho, ou melhor continuo cuidando. — Ela sorri. — Bom, como eu já havia conversado com você Peter e falei com Owen, você deu um passo importante na sua vida e eu vou dar na minha, eu e o Mitchel vamos morar juntos.
— Na verdade vamos casa não é? Mas sua mãe ainda não decidiu.
A Sra. Kavinsky fica vermelha na hora. Peter fica um pouco desconfortável, mas dou um toque nele e corro para comemorar com ela, ele logo abre o sorriso educado dele, e cumprimenta a mãe. O clima fica leve e descontraído.
— Fico feliz mãe, se ele te faz feliz, e você está certa, eu estou feliz por você.
Depois que eles vão, Peter está colocando minha escrivaninha no lugar e fico observando ele.
— Você está mesmo tranquilo com sua mãe ?
Ele para senta na cama e me olha.
— Na hora fiquei sei lá, acho que com ciúmes, sempre foi só nos três. Mas pensei em como sou feliz com você, e não quero que ela fique sozinha, se ela está feliz, eu estou. E ele parede ser um homem responsável.
Eu me ajeito ao lado dele, e só consigo admirar ele.
— O que foi que está me olhando assim ?
— Só admirando, você é um bom homem Peter. O melhor.
Ele sorri e puxa meu queixo para um beijo.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora