108 One Hundred Eigth

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Estou dando banho em Tommy, que já se balançou e jogou água em todo o banheiro, e me deixou molhada. Olho para ele faço cara de brava, mas aí ele me abraça.
desculpa mamãe.
Claro filho. — Abro o sorriso para ele.
Quando estou tentando trocar ele, Peter chega e ele já saiu correndo gritando papai papai pela casa. Corro atrás dele para terminar de colocar o pijama, mas ele já pulou no colo, e está sendo jogado para o alto e Peter corre com ele pela casa imitando um avião.
— Encerrado meu turno, agora é o seu. — Dou um beijo no Peter e dou o pijama. — Preciso arrumar as coisas, volto amanhã das férias.
Volto para meu quarto e paro encostada na porta e fico admirando os dois brincando. Passamos quase trinta dias de férias juntos, Peter voltou a trabalhar hoje, e volto amanhã, vou sentir falta.
Passo um tempo organizando meu trabalho, tomo um banho, coloco meu pijama, e vou ver os meninos. Peter está com ele no colo, contando uma história, fico só observando na porta, Tommy já está adormecido. Colocamos ele na cama para dormi, cantamos a música para ele. E saímos em silêncio, fechamos a porta e nos olhamos e caímos na gargalhada, tentando fazer silêncio. Peter me abraça, colocando o peso sobre mim e me carregando para o quarto.
— Senti falta de vocês. Muito. Muito.
— É de volta a realidade, amanhã começa a minha, vamos nos sair bem. Aproveitamos as férias, mas acabou. Só esperar a próxima.
Ele faz uma careta e vai se arrumar.
Estamos nos ajeitando para dormir, Peter encosta na cabeceira na cama.
— Então, o que você acha, procuramos uma casa maior agora, esperamos mais um pouco, quando o bebê número dois estiver a caminho. Precisamos planejar não é? Não vejo a hora de ter um quintal e colocar as coisas para o Tommy brincar.
— Por favor, planejar, o bebê número um, meio que chegou de surpresa.
— Uma boa surpresa. — Falamos juntos, e sorrimos.
Conto um pouco do dia com Tommy, as "artes", que nada mais para no lugar, ele fala do dia dele e quando estamos pegando no sono. Tommy aparece na porta no quarto e nos assustamos.
— Ei amigão o que você está fazendo aqui?
Ele já está subindo na nossa cama e deitando no nosso meio, agarrando meu pescoço. Ele de uns tempo para cá, começou a pular o berço, ficamos com medo dele se machucar, então trocamos e colocamos uma cama, mas as vezes dá um de fujão.
— Filho, você tem seu quarto, não pode ...
Te amo mamãe. — Ele fala e fico toda comovida.
— Não, não, você vai ser vencida por ele. — Tommy puxa o Peter para perto, tentado nos abraçar os dois e fala que ama também ele. — Só hoje tudo bem?
— Ele te venceu. E nos manipulou. — Peter faz careta e coça a cabeça. — Você está muito esperto isso sim. — Me viro e beijo e faço cócegas em Tommy que fica dando risada gostosa.
Ele dorme agarrado em nós dois.
— Desde quando começamos a falar de irmãozinhos, tenho a impressão, que ele está mais grudado em nós. Você não acha?
— Talvez. Mas acho que foi as férias. Espero.
Mal conseguimos dormi, Tommy nos empurrou, se esticou e nos agarrou a noite toda. Levanto antes da hora, e preparo o melhor café para os meninos, vamos voltar todos para a rotina.
Quando chego na editora, sou surpreendida, como meu livro foi aceito, tanto físico, quanto PDF.
— Lara Jean, minha estrela. — o Sr. Kornner, diretor está me recebendo e parabenizando. — Seu livro nos trouxe um retorno incrível, e já quero mais.
— Olá Sr Kornner, como é? Outro? Mas esse meu, não era só um "teste"?
— E foi um sucesso, você é a sensação.
Fico parada tentando pensar em tudo, vou na sala da Clair, ela me conta como está feliz, por mim, e como estou sendo cogitada.
Vou buscar o Tommy e passeio com ele pela cidade, Peter vai chegar mais tarde, ele está com uma nova função, então precisa sair tarde e ir em jantares importantes. Faço algumas coisas para o jantar e coloco filme para assistir com Tommy.
— Vem filho mamãe vai te ensinar desde cedo um gosto bom por filmes, não o do seu pai. — Ele ri.

*************
No último mês o Sr. Kornner, todo dia passava pela minha sala sutilmente perguntando sobre o novo livro, eu sorria para ele e voltava para minhas tarefas. Não estava conseguindo escrever direito, estava editando dois livros, e ainda estava com os dias e horários reduzidos, desde o nascimento do Tommy. Peter estava muito bem no trabalho, o que o fez viajar algumas vezes, e o trabalho ficou dobrado, e além das tentativas para o bebê número dois.
Saímos para jantar fora antes de sua nova viagem, são curtas e rápidas, mas ainda sentimos a falta dele, eu principalmente.
Tommy está tagarela, mesmo falando palavras erradas, fala e fala. Peter só da risada.
— Ele é igual a você Lara Jean, tagarela, ah dois no meu ouvido. — Ele joga a cabeça para trás e ri.
— Então não gosta de nós ouvir? — faço uma careta para ele. — E ainda quer outro filho, sabe que é meu DNA. — Ele puxa minha mãe e segura.
— Amo meus tagarelinhas. — Ele me olha engraçado. — Nada ainda do bebê dois?
— Não, nada de outro tagarela.
— Por que será que Tommy veio rápido?
— Foi nosso presente. Não é Tommy? — Brinco com ele que já está, todo agitado.

Para viver intensamente. (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora