Chamas são atiradas a partir de uma bola de fogo contra os dinossauros restantes do andar. Ao serem atingidos, eles se debatem enlouquecidamente até morrerem, mesmo presenciando isso, os reforços que chegam avançam sem medo do perigo. A dupla de jovens se encontra atualmente no solo da floresta do andar. Renve manipula a bola de fogo com a mão direita à frente, virando seu corpo às vezes para ter os inimigos em seu campo de visão. Seu braço esquerdo está estranhamente caído. Klay, com um martelo de cabo longo, luta com outros desses monstros em uma distância segura da sua companheira.
Algum tempo se passou. Os corpos dos dinossauros se amontoaram pelo lugar. Não há sinais da vinda de mais nenhuma dessas criaturas. Não tão distante da dupla, próximo do território da ruína, está o corpo do T. Rex em uma condição lastimável.
— Não vejo a passagem para o próximo andar. — comenta Klay.
— Ela deve ficar no centro daquela clareira. — responde Renve, ela se aproxima com passos tranquilos. — Se "alguém" não tivesse descido de maneira apressada do quinto andar da ruína, poderíamos ter confirmado isso com a visão lá de cima.
— Hehehe... — ele coça a nuca. — Ah, isso andou me incomodando. Está tudo bem com seu braço? Não vi você o mexer mais.
— Hm... Na verdade ele está assim por não prestar mais.
— Hã...? — sua expressão demonstra confusão. — Como... assim?
— Fufufu... Ele não suportou a pressão da minha aura explodindo para me impulsionar, então por dentro ele está todo acabado.
— Ei, sério?! Isso não dói?!
— Claro que dói, mas não se preocupe com isso. — ela sorri com um olho fechado. — Foi uma decisão que tomei sabendo que poderia me curar logo na transição de andares.
— Mesmo assim...
— Se está tão preocupado, vamos procurar pelas escadas e dar um fora daqui. Afinal você já pegou alguns dos ossos do chefe, não temos mais nada pendente.
— Entendido! — diz com certo nervosismo. — Ainda não sei como "alguns ossos" ficaram inteiros depois daquilo. — pensa.
Ainda com um sorriso, Renve se vira e caminha na direção da clareira, obviamente Klay a acompanha. Depois de algum tempo, a moça tem suas especulações confirmadas. Os degraus de descida para o próximo andar estão no centro desse ambiente, tendo a água vermelha de sempre escorrendo por suas superfícies. Os dois prosseguem em suas viagens.
— Oh, já está quase bom! — comenta Renve, ela balança seu braço esquerdo enquanto conduz partículas e listras de chamas por volta com ele. — A conveniência desses degraus é realmente muito boa.
— É verdade, mas estou mais impressionado por saber que você se feriu tanto. — diz Klay, descendo os degraus atrás da moça. — Não achei que isso fosse acontecer nesse andar.
— Bem... — ela para de movimentar seu braço. — Klay, você não é o único incompleto.
— Hum? "Incompleto"?
— É. Eu ainda não entendi como isso funciona e o propósito, só que uma hora devemos compreender de vez. — fala Renve com um olhar relaxado. — Só me questiono... se até lá, será possível para você- — pensa, seus olhos demonstram um abalo no momento em que se interrompe. — Não... não quero remoer isso na minha cabeça. Se for necessário, eu tomarei uma decisão se acontecer, e isso é tudo.
— Certo. — confirma o rapaz, aceitando a resposta.
— Ora, demorou para o "certo" aparecer de novo. Eu estaria mentindo se dissesse que seus sinônimos pra "entendido" não funcionam. Não me parecem maçantes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Rio Vermelho - A Corrida da Vida (Piloto)
FantasiEssa é a história de Rio Vermelho, a masmorra lendária. "Após uma perseguição violenta pela floresta, um homem encapuzado consegue fugir para Rio Vermelho, perdendo no processo boa parte das suas memórias. Cada andar tem uma ambientação diferente...