33° Capítulo

929 120 25
                                    

Os dois- eu amo-te. - dizem para o ar a espera de calar os demónios da cabeça um do outro. O vento guarda estas palavras verdadeiras e com elas constrói a melodia da sua sinfonia, onde o maestro é o amor e os músicos são os dois idiotas.

**

  #POV'S DAISY#

O sol bate na minha cara e faz-me perceber que talvez seja melhor ir para casa. Vejo que esta rua, que ontem estava deserta, agora tem algumas criaturas que passam, descontraídas talvez por ser fim de semana. Felizmente, com a luz do dia, sei mais ou menos o sitio onde estou, quer dizer, sei voltar para casa.

  Caminho por entre as pessoas, passando despercebida. Ninguém liga à pequena adolescente desfeita por dentro. As pessoas ao meu lado talvez pensem que eu sou mais uma adolescente, com os seus dramas de adolescente e os seus milhentos desgosto de "amor". Ou talvez nem pensem nada, o comum dos adultos estão sempre demasidado preocupado com a sua vida,com o seu dinheiro para pensar no que os rodeia. Não os condeno, eu ainda com 14 anos, também só ligo, neste momento, a minha dor. 

   Chego a casa, passados uns 30 minutos. Já sei que vou levar com mais um dos sermões do meu pai. Já nada me pode afetar mais. As suas palavras não vão ter nenhum tipo de efeito em mim. Sentir-me pior do que já estou, é impossível.

Toco a campainha e uns segundos depois ela é aberta pelo o Calum. Ele abraça-me como nunca o fez. Abraço-o de volta , mesmo que o  abraço não seja para me reconfortar, eu precisava mesmo de o sentir.

Cal- o que te aconteceu? Porquê que não voltas te logo para casa?

Eu- o pai?

Cal- está la dentro?

Eu-falamos depois de eu falar com ele.

   Entro dentro de casa e tanto a minha mãe como o meu pai estão sentados no sofá e pela maneira como eles mexiam os pés no chão, estão muito ansiosos.

   Ambos, mal me vêem, vem-me abraçar. Fico estática, não me acredito que o meu pai me abraçou primeiro e não começou logo a dar-me os seus sermões.

Mãe- Nunca mais voltes a fazer uma coisa destas menina. Deixas-te-nos tão preocupados!

Pai-onde estiveste? - vai começar- diz-me a verdade.

Eu-com o Ashton- ele ia dizer alguma coisa, mas eu continuo- mas para tua sorte, talvez esta tenha sido a última vez.  Boa pai, finalmente conseguiste! Acabou tudo- prendo as lágrimas o mais possível, não quero chorar mais vez nenhuma em frente ao meu pai.

Pai- vai para o teu quarto, depois falamos- subo as escadas. Apercebi-me que o Calum vem atrás de mim.  Entramos no meu quarto.

Cal- porquê que não vieste para casa? - olho para ele, as minhas lágrimas caem, mais uma vez. Estou cansada de chorar, mas não o suficiente para parar. Ele anda até mim e abraça-me, apertando-me, tal como eu precisava- vai tudo ficar bem.

Eu- não vai Cal, por muito que eu queira acreditar, não consigo. Ele cansou-se e eu não o posso julgar. - choro contra o seu peito.

Cal- isso não é verdade, eu sei disso.

Eu- como? Eu ouvi perfeitamente tudo aquilo que ele me disse e o que não me disse.

Cal- confias em mim?

Eu- claro...

Cal- então acredita quando eu te digo que as palavras não foram pensadas e muito menos ditas pelo coração. Dá-lhe um desconto, ele está muito confuso com tudo o que esta acontecer. - porquê que eu não consigo acreditar?- ele está a fazer de tudo para que tu voltes a ser a Daisy que eras.

The Daisy & The Daisy 2 ||  a. iOnde histórias criam vida. Descubra agora