Capítulo 30 - Promessas indecente

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Oi pessoal. Como vcs estão? Espero que bem :)

Muitos de nós estamos em quarentena por causa do surto do coronavirus. Sei que deve ser muito difícil ficar trancado dentro de casa e ainda conviver com o medo dessa doença que se espalhou por todo o mundo, mas acredito que, juntos, conseguiremos ultrapassá-la. Talvez demore um pouco, infelizmente, mas vamos continuar fazendo a nossa parte para ajudar a não disseminar ainda mais e poupar as pessoas que são do grupo de risco.

Lavem bem as mãos e usem alcool em gel quando não foi possível lavar com sabão. Não estoquem comida sem necessidade, e ajudem as pessoas mais velhas e de risco se puderem

Está bem? Boa leitura :3

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— Você errou. — comentou Frederick, abaixando o violino e se aproximando — Já é a segunda vez e isso porque você sequer costuma errar. Geralmente, esse trabalho é meu.

O Dufour tentou esboçar um sorriso e desviou a atenção para as mãos que descansavam sobre as teclas do piano; Frederick, fitando o semblante abatido do amigo, deixou o instrumento de lado.

— O que aconteceu, huh? — indagou, genuinamente preocupado — Você está disperso desde que começamos e é incomum quando se trata de nossos ensaios. Você é sempre tão focado.

Eloïs respirou fundo, sentindo-se um tanto cabisbaixo, e confessou:

— Meu irmão descobriu.

Frederick arregalou os olhos, estupefato, já que não precisava de muitas explicações para entender ao que o mais novo se referia. Aquela descoberta poderia ser o início de um grande problema, porque, apesar de tudo o que disse a Eloïs na Molly House, ainda era um crime.

— Como? Quando?

— Há três dias. Ele flagrou Christian e eu, em uma situação bastante... Escandalosa.

— Deus do céu! — arfou — Isso é....

Eloïs anuiu. As pontas dos dedos deslizando distraidamente sobre o teclado. Seu amigo não precisava terminar a frase para captar o que gostaria de expressar; levou alguns minutos para começar a contar o que sucedeu na tarde anterior. Como discutiu com Julien e se impôs ao dizer que não desistiria de seu amor e estava disposto a renunciar tudo pelo ruivinho.

Frederick ficou impressionado com a determinação do amigo. Ele mesmo era incapaz de imaginar que um dia seria audacioso para assumir a sua família ou outras pessoas além daquelas com quem compartilhava tal segredo. Por isso, irremediavelmente, viu-se mais admirado.

— Ele não voltou a falar com você desde então? — questionou.

— Não. — suspirou — Estamos nos evitando mutuamente e eu acho que é melhor assim. Meu irmão precisa pensar. Não é algo fácil, tenho consciência disso, e devo dar espaço a ele.

— Você é muito sensato, Eloïs, e também atencioso. Apesar da seriedade da situação e da desavença que tiveram, continua levando em consideração os sentimentos de Julien.

— Se eu quero que ele considere os meus, nada mais justo do que fazer o mesmo.

Embora tenha deixado claro que não abandonaria Christian e falado mais do que deveria no calor de sua raiva, Eloïs amava seu irmão mais velho e respeitaria os sentimentos dele, só assim poderia fazer o necessário para que os seus também fossem.

Frederick sorriu e deu palmadinhas no ombro do Dufour, encorajando-o silenciosamente e demonstrando seu apoio, mesmo que as emoções dentro de si continuassem confusas por ele.

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