Capítulo 13

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Quando Natasha me contou sobre seu passado meu coração apertou-se ao imagina-la naquela situação

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Quando Natasha me contou sobre seu passado meu coração apertou-se ao imagina-la naquela situação. Minha primeira reação foi abraçá-la para mostrar que ela não estava sozinha, e de repente me peguei pensando em como desejava protege-la de todas essas dores. Quando a mesma para de chorar a coloquei no colo o que gerou protestos e vários socos em minhas costas, caminhei segurando seu pequeno corpo até repousá-lo sobre a cama e me jogar ali ao lado dela.

Estávamos deitados lado a lado, um silêncio absurdo tomava conta do local, nós dois mantínhamos os olhos fixos um no outro, foi aí que percebi que a conhecia muito bem, não pelo o que ela falava, nunca fomos de ter longas conversas, mas sim longas brigas, entretanto aqueles olhos verdes eram velhos conhecidos e felizmente eu havia aprendido a lê-los com precisão.

A forma como ela se despiu para mim naquele momento, emocionalmente falando, me comoveu de incontáveis maneiras e se antes ainda restava alguma dúvida sobre minha decisão com relação a essa futura criança, foi completamente extinta do meu cérebro. Nós começamos a conversar e ficou obvio como ambos desejávamos aquele bebê, não sabia como, mas sabia que íamos fazer dar certo.

- Eu sempre quis ser mãe, para mim era uma forma de reparar os erros que a minha tinha cometido comigo, equilibrar a balança do universo – ela dá uma risada triste, nós estávamos presos no olhar um do outro – Teve um dia, não lembro o porquê, mas tinha sido uma semana horrível e resolvi dançar, eu caí no meio de um salto, bati a cabeça. Tony e Pepper ficaram desesperados mesmo eu dizendo que estava tudo bem, eles são os papais do grupo, de qualquer forma fomos ao hospital e depois de uma bateria de exames disseram que não tinha nada errado com a minha cabeça, porém outra médica disse que em um dos exames repararam que um de meus ovários não "funcionava" direito e que as chances de engravidar eram mínimas. Então eu fiz o que faço de melhor, empurrei o sonho para dentro de um cofre e tranquei a sete chaves.

- Oito anos atrás eu morava em Portland, minha prima Carol sempre insistiu para que voltasse a morar em Nova York, mas eu tinha uma vida muito boa lá. Não tenho uma infância traumática para compartilhar com você, muito pelo contrário meus pais eram incríveis e isso sempre me estimulou a querer ter uma família, queria um casamento como o deles, filhos com certeza faziam parte dos meus planos – deixo minha voz morrer por uns instantes e passo a encarar o teto, fazia muito tempo que não contava essa história para ninguém – Eu ia me casar, ela era maravilhosa e fazia meu mundo girar, um dia nós brigamos feio, nem lembro o motivo simplesmente discutimos e fomos dormir, um querendo matar o outro. Quando acordei no outro dia, levantei ainda sem olhá-la, depois de um tempo estranhei o fato da mesma ainda estar dormindo e fui insistir que levantasse, ia pedir desculpas, não importava de quem era a culpa mesmo... Infelizmente pedir desculpas não era mais uma opção.

- Sinto muito – Natasha sussurra e sinto a mão dela em meu rosto, de inicio deveria ser só para enxugar uma lágrima que escapou, mas a mesma começa a fazer carinho ali e me permito apreciar o momento.

- Os médicos disseram que foi um aneurisma, que provavelmente rompeu durante a noite. Passei anos me culpando, afinal nossa discussão podia ter apressado aquilo – mordo o lábio antes de continuar, dessa vez volto a encará-la – No dia do enterro dela, eu descobri que a mesma tinha me traído com meu sócio, parecia uma piada cruel do universo. Eu não só ganhei uma noiva morta como um par de chifres. Saí com muitas mulheres depois dela, meus amigos insistiam que eu tinha superar, arranjar outra namorada, esquecê-la, mas mesmo sabendo da traição, estranhamente ela continuou sendo especial para mim. Faz sentido?

- Ela era sua noiva, não casaria com a mesma se não fosse especial – um sorriso surge no canto dos lábios dela e absorvo as palavras dela.

- Você provavelmente está certa – sussurro ainda perdido em pensamentos.

- Quando vai aprender que eu sempre tenho razão? – a ruiva brinca comigo – Não costumo me abrir assim com as pessoas, as coisas que te contei hoje nem alguns dos meus amigos sabem, mas é confortável falar com você e isso é bizarro considerando que a gente briga o tempo inteiro. Para falar a verdade acho que batemos nosso recorde de maior tempo sem uma discussão...

- Na verdade ainda não, dois meses atrás foi o verdadeiro recorde – não consigo segurar o sorriso ao ver suas bochechas corando.

- Bem, nós não falamos muito naquela noite – ela morde o lábio e uma súbita vontade de beijá-la se apossa de mim – O que aconteceu hoje na empresa... Não queria deixa-lo sozinho daquele jeito, sinto muito, mas estava assustada.

- Assustada? – tiro minha atenção de seus lábios e volto para seus olhos.

- Como eu disse tenho dificuldade de me abrir com as pessoas, de confiar nelas e seu convite me assustou porque tive que sufocar um "sim" em minha garganta – agora eu quem estava surpreso – Você disse que não consegue parar de pensar em nós dois juntos e sei que pareço uma megera sem coração... Eu sei que esse é o apelido que você me deu Steve... De qualquer forma, só quero dizer que aquela noite tem dominado boa parte dos meus pensamentos também.

Um sorriso bobo surge em minha boca e me aproximo cada vez mais dela, queria tanto sentir seus beijos de novo, era como se estivesse viciado naquela mulher e definitivamente não queria passar por uma reabilitação. Levo minhas mãos até seu cabelo e ajeito uma mecha que havia caído em seus olhos, depois meus dedos descem até seus lábios fazendo um carinho ali. Sentia nossas respirações ficando pesadas e próximas, quando faço o gesto de beijá-la Natasha se afasta rapidamente, me deixando extremamente confuso.

- Não podemos fazer isso – ela diz e senta na cama de supetão, imito seus movimentos deixando toda a minha incredulidade ser expressa na face – Nós vamos ter um filho juntos, não quer dizer que tenhamos que começar um relacionamento ou que alguma coisa vai mudar entre a gente.

- Bem tecnicamente muda sim – Natasha ia levantar, mas seguro sua mão – Nat eu gosto de você, sempre te chamei de megera e você às vezes me irrita de uma forma que não sei explicar, mas eu gosto de você. Não sei como isso aconteceu, meus amigos sempre me disseram que no meio de todo aquele ódio estava uma atração reprimida e eles estavam certos, por que eu não consigo tirar você da minha cabeça e o engraçado é que... Eu não quero.

A resposta dela nunca veio em forma de palavras, levei um tempo para processar que a corrente elétrica que repassava por todo meu corpo era ocasionada pelo fato de Natasha Romanoff estar me beijando, sem perder tempo retribuo da forma mais carinhosa que consigo. Antes mesmo que eu possa raciocinar tenho a sobre meu colo, as mãos dela arranhavam minha nuca, leve e deliciosamente, as minhas apertavam seu quadril de forma quase possessiva e os gemidos que Nat deixou escapar quando puxei o cabelo dela para trás e ataquei seu pescoço, era uma majestosa sinfonia para meus ouvidos.

- Isso está errado – é a primeira coisa que ela fala quando nos separamos por falta de ar – Steve não quero um namorado, casar e sei lá mais o que só porque estou grávida. Não é justo comigo, com... Com nenhum de nós dois.

- Então me deixe provar – murmuro e deixo um beijo casto em seus lábios – Deixe-me provar que gosto de você e quero isso, não por conta de um bebê, mas porque você é você. Saia comigo para um encontro Nat...

 Saia comigo para um encontro Nat

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1. A Destiny Child - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora