Steve e Natasha trabalham juntos há quase cinco anos, apesar das constantes brigas e afirmações de ódio entre os mesmos são uma incrível dupla nos negócios. Após um convite inesperado, eles se vêem bebendo juntos e é quando um jogo surge com ele rev...
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A forma como os amigos de Steve me encaravam era de certa forma intimidadora. Nunca havia me importado com olhares tortos ou palavras duras, mas alguma coisa dentro de mim se remoía pelo jeito que eles olhavam e falavam, ou deixavam de fazer isso, comigo. Não queria estragar a noite deles, e assim que os vi pensei em dar meia volta, mas um embrulho no meu estômago indicava que se não chegasse ao banheiro o mais rápido possível iria vomitar na sala de estar do Steve.
Por falar em Steve, fiquei realmente preocupada quando ele não retornou as ligações, pensei que algo de grave tivesse acontecido. Deus sabe o quanto fiquei aliviada ao vê-lo na minha frente, sabia que ele provavelmente teria muitas perguntas e estava disposta a responder todas elas. Assim como ele, queria que essa coisa que estava acontecendo entre a gente desse certo, e não podíamos fazer isso mentindo.
Eu entendia o que os amigos dele estavam fazendo, só queriam protege-lo assim como os meus tentavam fazer comigo, mesmo que constantemente eu avisasse para não se meterem na minha vida. Enquanto escovava os dentes me veio na mente como seria quando os dois grupos se juntassem, metade pronta para odiar o Rogers quando ele fizesse qualquer besteira e a outra metade pronta para fazer o mesmo comigo... Seria interessante de se observar, para dizer o mínimo.
Sinto uma pequena ânsia subindo novamente e mentalmente imploro para meu bebê me deixar em paz só por umas horinhas. Não gostava de reclamar dos enjoos, eles vinham acompanhados da gravidez e não queria dar a impressão de estar reclamando dela, mas puta merda todo dia era muito mais do que eu esperava ter que aturar. Felizmente a Dra. Allison disse que eles iriam melhor com o tempo e por falar na médica, eu tinha uma consulta daqui a algumas semanas, espero que Steve possa ir nessa. Ele vai adorar a sensação de êxtase que se apossa da gente ao ouvir o coração do bebê.
Saio do banheiro e entro na porta que ele havia indicado ser o quarto dele, controlo meu impulso de sair olhando ao redor, não gostei quando o loiro fez isso comigo então não faria com ele. Penso em sentar na cama, mas parecia intimo demais, com o canto do olho vejo uma poltrona no recanto da parede e me acomodo lá para espera-lo. Meu pé batia no chão de forma frenética e ritmada, eu olhava fixamente para minhas mãos, precisava me acalmar antes que surtasse de vez. "É só uma conversa, como tantas outras que vocês tiveram. Respire Natasha.", aos poucos vou me acalmando, mas não impede de que tome um pequeno susto ao ouvir as batidas na porta e a mesma se abrindo.
- Por favor, diga que não brigou com eles por minha causa – é a primeira coisa que digo assim que Steve entra no quarto, pela forma como o mesmo corou, já tinha minha resposta – Rogers...
- Eu não briguei com eles, só expliquei a situação – ele interrompe meus protestos – É diferente.
Ficamos em silêncio por um tempo. Ele estava acocado na minha frente e suas mãos brincavam com meus dedos, percebi que de vez em quando os olhos dele paravam em minha barriga e um sorrisinho apontava em seus lábios. A pequena protuberância que nosso bebê formava não se permitia ficar visível com essa blusa, já que era mais frouxa do que as outras que estava acostumada a usar. Só naquele momento percebi o quanto havia mantido ele afastado dessa gravidez, e sei que é um direito meu, mas sabia que ele amava aquele bebê, não me parecia tão justo. Fico de pé rapidamente e levanto em direção à porta, ele parece confuso e pronto para começar um discurso quando acha que vou embora, mas em vez disso sorrio para o mesmo com o intuito de tranquiliza-lo e tranco nós dois no quarto.
