Capítulo 34

1.1K 112 59
                                    

Acho que discutir com meu pai foi uma das coisas mais difíceis que fiz na vida

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Acho que discutir com meu pai foi uma das coisas mais difíceis que fiz na vida. Os olhos marejados de minha mãe também não ajudavam a aliviar o peso da culpa. Os dois sempre fizeram de tudo por mim, inclusive me amar como uma filha. Mas esse era um ponto crucial da minha vida, algo que dessa vez não envolvia somente a mim, mas Steve também. Então, Howard Stark não iria interferir em meu relacionamento, não daquela vez.

Steve passou o restante do dia tentando me distrair. Nós conversamos sobre a absolutamente tudo, desde eu explicando para ele alguns passos tradicionais de ballet, até o mesmo me mostrando diversas fotos de Dodger, que por sinal, eu estava ansiosa para conhecer. Aquele cachorro era praticamente um filho para ele, ou seja, era importante que nós dois nos déssemos bem.

- Eu tive um cachorro quando era adolescente – comento enquanto sorria vendo os vídeos que o pai dele mandou – Mas ele morreu pouco tempo depois que fui para a faculdade.

- Eu sinto muito – ele diz e eu dou de ombros, já fazia muito tempo que aquilo tinha acontecido e não doía mais tanto assim.

- Não acredito que vou passar duas semanas de repouso – bufo e deito na cama de novo, essa era a parte que mais me incomodava – Eu vou enlouquecer e você vai ficar louco junto comigo, porque com certeza vou descontar toda a raiva em você.

- Essa não seria a primeira vez, então acho que posso lidar com isso – faço uma cara de ofendida e ele me rouba um beijo – Pense que serão duas semanas sem fazer nada, simplesmente mandando em mim enquanto eu realizo todas as suas vontades.

- Mas isso já acontece o tempo inteiro, meu bem – arqueio a sobrancelha de forma divertida.

- Você é uma mulher engraçada – Steve finge uma risada ao mesmo tempo em que revira os olhos.

- Eu sou realista, é diferente – continuo a provoca-lo – Pense que serão duas semanas sem sexo.

- Talvez a gente realmente enlouqueça nesse meio tempo – ele resmunga e logo ambos estamos rindo.

Meu sogro, Joseph, veio até o hospital para uma visita, mas não podia entrar porque o horário de visitas já havia passado. Eu ainda tinha uma cópia do primeiro ultrassom que fiz na minha bolsa, carregava ela para todo canto, ajudava a lembrar-me porque não podia simplesmente entrar em colapso. Insisto que Steve a leve para mostrar ao pai dele, não fazia sentido nenhum obvio, era só um borrão e um pontinho minúsculo, mas podia jurar que era o pontinho mais lindo que já tinha visto.

Acabo dormindo de novo quando Steve sai do quarto para ir falar com o pai. Wanda disse que era normal, o sedativo demorava a passar completamente o efeito, enjoos e tonturas nas primeiras vinte e quatro horas também era comum, segundo minha amiga, então eu podia simplesmente ficar tranquila. Não era com isso que estava preocupada, mas sim com o fato de já está com praticamente cinco meses de gravidez e ainda não ter comprado nada para o bebê, absolutamente nada.

Sem surtar Natasha. Vai dar tudo certo.

Respiro fundo e finalmente desligo minha mente de vez.

Acordo minutos, ou horas, depois e por algum milagre estava confortável naquela cama. Só então percebo que Steve estava deitado comigo, basicamente me deixando usar seu corpo de travesseiro e eu podia facilmente me acostumar em dormir assim, mas não parecia muito confortável para ele. Mais uma vez mal me mexo e ele acorda sobressaltado, me segurando pela cintura como se eu estivesse prestes a cair.

- Ei, está tudo bem – sento ao lado dele, colocando seu rosto em minhas mãos – Eu estou bem, calma.

O mesmo suspira e eu sei o quanto toda aquela situação estava sendo horrível para ele também. Observo algumas flores sobre a cama, elas definitivamente não estavam aqui antes de eu pegar no sono. Steve identifica a confusão em meus olhos e se apressa em explicar.

- Meu pai trouxe para você, diretamente do jardim que pertencia a minha mãe – ele diz com um sorriso – E ele trouxe outra coisa também e foi bem especifico com a parte de que eu não deveria abrir sem você.

Acabo rindo emocionada e meus olhos brilham quando uma caixa é delicadamente posta sobre minhas pernas. Algumas lágrimas começam a cair quando vejo um lindo par de sapatinhos brancos assim que retiro a tampa.

- É tão pequeno – falo com a voz embargada – Nós vamos ter um bebê Steve.

- Nós vamos ter um bebê Nat – ambos sorrimos emocionados – Eu amo você.

- Eu amo você também – trocamos um beijo rápido e voltamos a admirar o presente que ganhamos, ou melhor, que o bebê ganhou.

Passamos um bom tempo em um silêncio confortável, depois passamos a conversar sobre como seria quando o bebê chegasse, afinal não morávamos juntos, na verdade começamos a namorar oficialmente a menos de vinte e quatro horas, e antes que a coisa pudesse evoluir para uma discussão ouvimos batidas delicadas na porta.

- E aí, como está a mamãe desse bebê? – a doutora Alisson vai entrando no quarto e Steve levanta da cama me ajudando a sentar – Que susto você nos deu Romanoff.

Antes mesmo que eu possa falar alguma coisa, meu namorado começa a passar todas as informações para a médica, como minha pressão ainda estava meio desregulada e que me sentia enjoada por conta dos medicamentos.

- Bom é normal os medicamentos surtirem esse tipo de efeito, agora Natasha você realmente não pode se alterar assim – o sorriso doce dela some e a mesma assume uma postura séria – Seu corpo nesse momento não é mais só seu e nós duas já havíamos conversado sobre a possibilidade de você voltar com as terapias...

- Eu vou – a interrompo rapidamente – Só quero que as coisas deem certo de uma vez.

Ela concorda com um aceno e Steve deixa um beijo em minha testa, com o canto do olho observo a médica sorrindo com o gesto dele. Depois de alguns comentários sobre finalmente ter o prazer de conhecer o pai do meu filho de quem eu falava bastante, ela começa a preparar o ultrassom.

- O gel é um pouco gelado, você sabe disso... – leva alguns minutos para que a mesma vire o monitor para nós - E aqui está o bebê de vocês – ela aumenta o volume e o barulho de um coração acelerado preenche o ambiente, é instintivo sorrir – Vão querer saber o sexo do bebê?

- Sim – nós dois respondemos juntos de forma apressada e a médica ri com nosso desespero.

- Sendo assim – ela meche mais um pouco a máquina sobre minha barriga buscando uma melhor visualização – Parabéns mamãe e papai, vocês terão um lindo menino. 

 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
1. A Destiny Child - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora