Capítulo 46

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Conversar com Natasha me ajudou de uma forma imensurável

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Conversar com Natasha me ajudou de uma forma imensurável. Saber que ela estava ali por mim independente do que acontecesse trazia uma sensação indescritível de alívio e paz para o meu interior. Superar as dores do passado... Essa era a nova frase da vez. Engraçado como nos últimos meses eu tenho conseguido ajudar minha namorada com todas as coisas ruins que a atormenta, mas não consegui fazer o mesmo, o que me leva a tentar entender o porquê da gente nunca seguir os próprios conselhos.

O sol estava perto de se pôr quando decidimos voltar para casa, nossa casa. Era surreal pensar nisso. Eu achei que depois de toda a loucura que foi meu relacionamento com Peggy, todo o amor que terminou de forma desastrosa, eu não iria mais querer tudo isso, formar uma família, dividir a vida com outra pessoa e mais uma vez Natasha fez o que mais gosta de fazer: provou que eu estava errado.

Natasha também tinha razão sobre outra coisa, não era justo que Sam tivesse que fazer uma escolha. Eu sabia o quanto meu amigo estava feliz ultimamente e a esperança que tinha de que talvez dessa vez conseguisse levar um relacionamento para frente, aparentemente Sharon também gostava dele e apesar de não estar muito animado para voltar a conviver com ela, ia ter que dar um jeito, meu amigo merecia ser feliz da mesma forma que a ruiva ao meu lado me fazia imensamente feliz.

- Ei, seu aniversário está chegando – ela diz e eu levo um tempo para processar a informação, perdido admirando a beleza dela – O que foi? Tem algo de errado com meu rosto?

- Eu acho que isso é impossível – a mesma revira os olhos – Você brilha como o sol meu amor.

- Isso foi horrível, Steve Rogers você já foi melhor – apesar de estar reclamando a mesma estava sorrindo e eu amava aquele sorriso – Não mude de assunto, seu aniversário. Como vamos comemorar?

- Eu tenho uma ideia ou duas – digo de forma mal intencionada enquanto acaricio a perna dela, atraindo brevemente seu olhar que a mesma logo tratou de voltar para a estrada.

- Talvez eu tenha pensado em algo parecido para nossa comemoração particular – Nat responde com um sorriso no canto dos lábios – Mas eu estava me referindo onde vamos comemorar com o resto do pessoal. É quatro de Julho Steve, qualquer lugar que a gente for estará parecendo uma festa enorme só para você.

- Sabia que meu pai já fez isso? – tento me lembrar dos detalhes daquela história e contar para ela, sabia que a mesma iria adorar.

- O que? – mais uma vez ela desvia o olhar brevemente da estrada – Dizer que os fogos do dia da independência eram para você?

- Exatamente – rio me lembrando de como fiquei encantado na época – Antes dos meus cinco ou seis anos nós não éramos exatamente ricos, meu pai estava desempregado e minha mãe trabalhava em dois turnos para conseguirmos sobreviver. Meu pai fazia alguns bicos para conseguir dinheiro extra e no dia do meu aniversário os dois chegaram exaustos em casa só para perceberem que era meu aniversário. Com vergonha de dizer que tinha esquecido e não podia me comprar um presente, Joseph arrastou a mim e a minha mãe para a praia, e disse que tudo aquilo era para comemorar meu aniversário. Tinha algumas pessoas distribuindo doces para as crianças e antes que eu pudesse chegar perto ele anunciava que era meu aniversário, então eu realmente ganhava parabéns e etc. Eu já sabia que era mentira, já conhecia o dia da independência, mas ele estava se esforçado tanto que preferi fingir que acreditava em tudo aquilo, sem contar que foi um dos melhores dias da minha vida. Você está chorando?

- Não – ela fala com a voz claramente embargada e algumas lágrimas silenciosas escapando de seus olhos – Só um pouquinho.

- Tem certeza? – implico mais um pouco.

- Tudo bem Steve Rogers, eu estou chorando. Está feliz agora? É culpa do seu filho que faz meu corpo parecer uma bomba de hormônios que pode disparar e mudar a qualquer momento. Eu sou uma mulher grávida de sete meses que tem o direito de chorar na hora que bem entender – Jesus Cristo, eu tinha esquecido como as mudanças de humor podiam ser sanguinárias.

- Me desculpe meu bem. Você está certa – enxugo uma das lágrimas dela e posso ver que ela está lutando contra um sorriso, porque quer continuar brava.

- Me desculpe, não deveria explodir dessa forma com você – Natasha diz com um bico fofo nos lábios.

- Você está carregando nosso bebê, tem o direito de surtar e explodir dessa forma comigo quando quiser – acho que foi a resposta errada porque a ruiva está tentando não chorar de novo.

Ultimamente eu não sei mais o que responder quando ela me pergunta algo, parece que sempre eu sou a resposta errada, ou a faz chorar, ou ficar brava, ou rir, e rir significa que ela vai ter que voltar para o banheiro e fazer xixi, o que vem acontecendo com bastante frequência agora que James está bem maior. Mais dois meses e meio, era só o que eu precisava tentar sobreviver.

- Eu sei o que está tentando fazer e realmente não precisa – falo e recebo um olhar confuso – Eu estou bem Nat, não vou surtar quando chegarmos em casa ou coisa parecida, não precisa me distrair.

- Eu não sei do que você está falando. Só estou ocasionalmente inserindo assuntos aleatórios a conversa para não pensarmos em outras coisas – foi a minha vez de rir.

Continuei a observa-la por um tempo, aquela mulher era muito linda. Nunca iria cansar de admirar o quanto a mesma parecia ter sido delicadamente esculpida, sem contar que aquela beleza inalcançável não se restringia somente ao físico. Ela era uma mulher incrível, forte e batalhadora, que fazia de tudo por aqueles que ama, e essa mulher incrível aceitou namorar comigo, aceitou morar comigo, iremos ter um filho juntos, ou melhor, outro como ela mesma gosta de dizer "Dodger é o nosso primeiro filho".

- Case comigo – sussurro olhando em sua direção.

- O que? – ela diz rindo sem desviar os olhos da estrada, claramente me achando louco por sugerir isso.

- Amo você mais que tudo, então case comigo – Natasha me encara como se eu fosse louco e estivesse dizendo a coisa mais absurda do mundo – Não estou dizendo que precisamos fazer isso agora, pode ser depois que o James nascer, ou em dois, três até dez anos se for assim que você quer. Mas case comigo, Natasha Romanoff.

Eu conseguia ver o choque e a indecisão brilhando em seus olhos, seus lábios se moviam sem saber o que dizer e quando finalmente parecia que ela iria conseguir dizer alguma coisa, um barulho alto seguido de uma dor absurda toma conta de todo meu corpo. 

Não é segredo para ninguém que eu amo grey's anatomy e adoro uma referência, quem assistiu a série deve ter pegado

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Não é segredo para ninguém que eu amo grey's anatomy e adoro uma referência, quem assistiu a série deve ter pegado. Só lembrando que se matar a autora não tem continuação (essa sou eu, com medo de vocês me matarem por terminar o capítulo assim).

Beijos meus amores, até terça kkk

1. A Destiny Child - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora