Steve e Natasha trabalham juntos há quase cinco anos, apesar das constantes brigas e afirmações de ódio entre os mesmos são uma incrível dupla nos negócios. Após um convite inesperado, eles se vêem bebendo juntos e é quando um jogo surge com ele rev...
Olha só quem veio narrar o capítulo para vocês. Espero que estejam prontos...
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Dor. Era só isso que conseguia registrar naquele momento. Em um momento Steve simplesmente me pediu em casamento, no outro eu estava sentindo dor por todo o meu corpo e tudo sumiu. Eu me preocupava com James, e se algo tivesse acontecido com ele? Jamais me perdoaria.
Após isso não me lembro de muita coisa, exceto aquele amontoado de vozes ao meu redor. Toda a correria e o desespero sumiram quando eu escutei a voz que tinha o poder de sempre fazer todas as coisas ruins desaparecerem. "Eu te amo okay? Você não pode morrer, porque nós ainda temos muito que vivermos juntos, e preciso de você". Steve Rogers você não se atreva a entrar em desespero, James precisa de você. Foi o que eu tentei dizer, mas as palavras não saiam, tentei apertar a mão dele, mas acho que também não consegui ou mais vozes soariam. Aos poucos tudo sumiu de novo.
Eu não sabia o que estava acontecendo, gostaria de dizer as pessoas que conseguia ouvi-las, mas parecia uma tarefa impossível, assim como abrir os olhos ou mexer um dedo sequer como um dos médicos parecia pedir. Não sabia o que estava acontecendo, mas ninguém falava sobre meu bebê e tudo o que eu queria era saber sobre ele, bem como Steve ao meu lado para dizer que tudo ficaria bem. Será que ele também havia se machucado no acidente? Por que houve um acidente certo? Certo. Não tinha como aquilo ser coisa da minha cabeça.
Eu estava exausta, parece que tentar forçar meu corpo a fazer as coisas que ele deveria por conta própria, eram extremamente desgastantes. Então eu parei de tentar... parei de tentar e me entreguei aos flashs de lembranças que apareciam de forma rápida em minha mente.
"- Eu ainda não acredito nisso – falo baixinho e me aconchego mais ao meu namorado.
Estávamos deitados completamente nus no chão do que eventualmente seria nosso quarto. Steve acabou fazendo uma espécie de forro no chão com nossos casacos e simplesmente ficamos por ali, estava muito bom para que qualquer um de nós desejasse sair.
- Em que? – ele me abraça mais apertado e apoia a cabeça na minha.
- Em tudo isso – respondo como se fosse muito óbvio – Que você reformou a casa, que nós vamos morar juntos, que nós vamos ter um bebê e que eu amo você.
- É tão chocante assim para você o fato de eu ser uma pessoa possível de se amar – ele diz rindo e eu reviro os olhos.
- Ah para com isso, você entendeu – reclamo e isso só o faz rir mais alto, antes de vir me beijar novamente.
Era tão fácil me entregar para ele, era tão simples amá-lo que me perguntava como não tinha feito isso antes. Não éramos iguais, não pensávamos do mesmo modo, longe disso, mas ao mesmo tempo era como se nos completássemos. Não que eu acredite nessa história de as pessoas estarem pela metade e ter que se encontrarem para serem completas, isso é ridículo. Afinal, se sua felicidade depende de uma pessoa, se para se amar você precisa amar outra pessoa primeiro, tudo pode ir por água a baixo a qualquer momento e isso não é um relacionamento saudável, a qualquer momento pode virar uma confusão e o que deveria ser o maior momento da sua história pode virar seu pior pesadelo.
